6 experimentos científicos mais bizarros da história

O avanço que a ciência teve nos últimos séculos, com certeza, é algo admirável. Isso porque muitos estudiosos se esforçaram para nos colocar no patamar

O avanço que a ciência teve nos últimos séculos, com certeza, é algo admirável. Isso porque muitos estudiosos se esforçaram para nos colocar no patamar que hoje estamos quanto as tecnologias que dispomos e a forma que a medicina pode atuar e curar os enfermos. Mas, a verdade é que a maioria dos experimentos científicos feitos até aqui não foram nada bonitos, como você já viu nessa outra matéria sobre o exército americano.

Muita gente morreu para que a ciência desvendasse mistérios cujas soluções jamais passariam pelas cabeças de seus pesquisadores. Isso, claro, sem contar nos campos de concentração do nazismo, que além das torturas épicas que abrigavam, também acabaram sendo primordiais para alguns campos da medicina atual devido aos experimentos científicos cruéis que eram realizados ali.

O pior de tudo é que a fase de experimentos científicos bizarros e horripilantes não param por aí. Antes e depois disso muita coisa aconteceu no meio científico, como você vai ter a oportunidade de conferir hoje.

Médicos que tiveram coragem de torturar animais de todas as piores formas possíveis estarão nessa lista, bem como outros responsáveis por experimentos científicos que transtornam a mente humana. Portanto, se você for uma pessoa de “pouco estômago”, sensível à situações chocantes e relatos de arrepiar, melhor mesmo é para por aí.

Veja os 6 experimentos científicos mais bizarros da história:

1. Experimento da obediência

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Esse foi um dos piores experimentos científicos já realizados pelo mundo e prova, basicamente, que dentro de cada um de nós existe um carrasco ou mesmo um assassino em potencial, que só precisa ser estimulado do jeito certo para ser liberado.

Para chegar a essa conclusão, a universidade de Yale, em 1963, realizou uma experiência, em que uma pessoa seria testada em vários quesitos e, todas as vezes que ela errasse, voluntários teriam que acionar botões de choque. A cada vez que os botões fossem acionados, o choque na pessoa avaliada deveria aumentar 15 volts.

Sabe o que aconteceu? No final do experimento o choque que o indivíduo avaliado recebia chegou a 150 volts, sem que nenhum dos voluntários desistisse de torturar o aprendiz, que gritava e se contorcia de dor. As pessoas que não o viam, aliás, nem se mostravam perturbada por estar causando dor em outra pessoa.

O que os voluntários não sabia, no entanto, é que o teste de obediência, na verdade, só estava acontecendo com eles próprios. A pessoa que supostamente levava o choque foi um ator orientado pelo responsável do experimento, Stanley Milgram, a errar de propósito e encenar a tortura do choques.

Mas, e se fosse de verdade? Se a pessoa que errasse as respostas pedidas durante a avaliação realmente estivessem sofrendo dores horríveis? Segundo Milgram, provavelmente, o indivíduo morreria, já que os voluntários eram encorajados a continuar todas as vezes que titubeavam com relação a punir os erros do aprendiz.

2. Experimento da febre amarela

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À primeira vista, o nome não parece se tratar de um dos experimentos científicos mais chocantes da história, não é mesmo? Mas a coisa vai começar a mudar quando você descobrir que tudo isso envolveu muito, mas muito vômito mesmo.

Isso porque um estudante de medicina do século 19, chamado Stubbins Ffirth resolveu provar de um jeito nada higiênica sua teoria de que a febre amarela, o terror daquela época, não se tratava de uma doença contagiosa. Ele estaria até correto, se não acreditasse também que a febre amarela se tratava de uma doença causada por excessos, como de comidas, barulho ou calor.

Bom, provar que seu ponto de vista estava correto, ele passou a usar o vômito das pessoas contaminadas com a doença em si mesmo. Ele pingava vômito em cortes, no próprio braço e nos olhos; inalava vômitos, os fritava e chegou até mesmo ao extremo de beber copos e mais copos de vômitos, fresquinhos. (Meu estômago está começando a enjoar).

Depois dessa fase, ele deixou os vômitos de lado e partiu para mais teste com urina, sangue, saliva e suor dos doentes. E, como sempre, anda disso o contaminou.

Por um lado foi bom, porque as pessoas pararam de temer a contaminação ao cuidar de seus familiares enfermos. Por outro, no entanto, o tal estudante ficou enganado, já que não sabia que sua tese sobre o desenvolvimento da doença estava completamente errada, uma vez que a febre amarela é causada por mosquitos transmissores, como o Aedes argypti (o mesmo da dengue e do zika vírus) e o Haemagogus.

3. Experimento dos choques em cadáveres

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Em meados do século 18 era difícil conseguir descanso mesmo após a morte, pelo menos para algumas pessoas menos afortunadas. Isso porque pesquisadores queriam entender a ação do choque elétrico nos membros de cadáveres. Tenso, né?

Tudo começou quando, em 1780, Luigi Galvani, um professor de anatomia, descobriu que o choque era capaz de movimentar, às vezes freneticamente, os membros de um sapo morto. Não demorou muito até que a notícia viajasse de estudioso a estudioso e, no fim, alguém tivesse a ideia mirabolante de testar isso em cadáveres humanos, proporcionando um dos experimentos científicos mais grotescos da história.

Aliás, quem tentou isso não foi uma pessoa aleatória, mas o neto de Galvani, Giovani Aldini. Em 1803, ele saiu por uma turnê na Europa mostrando ao público espetáculos horrorosos em que pessoas mortas, normalmente criminosos executados pela Justiça, pareciam voltar a vida quando seus músculos se retesavam devido às descargas elétricas.

Contam que Giovani ligava polos de uma bateria de 120 volts na boca e nas orelhas dos cadáveres. Muitas vezes ligava um dos polos também no “furico” do morto infeliz, que se mexia freneticamente, quase dançando. Outras vezes, no entanto, era como se os cadáveres fizessem caretas de dor, chegando até mesmo a abrir os olhos devido à corrente elétrica.

Há quem diga por aí que foram esses experimentos científicos de Giovani, feitos em público, que inspiraram a escritora Mary Shelley a escrever a obra Frankenstein. E, pelo ano do lançamento do livro, 1816, é bem possível que os boatos estejam corretos.

4. Experimento de transplante de cabeças em macacos

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Esse, com toda certeza do mundo, foi um dos experimentos mais absurdos realizados até agora. Isso porque envolve a tortura de animais, como alguns outros que você ainda vai ver por aqui.

Esse, com as cabeças de macacos, aconteceu em 14 de março de 1970 e foi realizado pelo cirurgião Robert White. Tudo, aliás, foi financiado pelo governo dos Estados Unidos.

O pior de tudo é que a cirurgia absurda foi realizada com sucesso: trocaram as cabeças de dois macacos, implantando uma no corpo do outro. Mas o sucesso não durou muito tempo, já que os bichinhos acordaram normalmente, mas sobreviveram somente um dia e meio. Conforme os laudos do ocorrido, eles morreram por complicações cirúrgicas.

5. Experimento do cachorro zumbi

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Outro dos experimentos científicos mais absurdos da história aconteceu em 1920. Um médico russo, chamado Sergei Brukhonenko provou, por meio de uma experiência com um pobre cachorro, que era possível manter uma cabeça viva sem um corpo.

Como esse absurdo foi possível? O médico criou uma máquina que imitava as funções do coração e dos pulmões. Durante um tempo, o russo conseguiu a incrível e horrível façanha de manter o cãozinho vivo, respondendo a todos os estímulos que recebia, inclusive mastigando e engolindo alimentos.

Há um vídeo que documenta a experiência. No entanto, as imagens são bastante fortes. Se for sensível, melhor mesmo é não assistir.

6. Experimento do cão de duas cabeças

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Sim, esse é outro dos experimentos científicos repugnantes realizados com animais. E, mais uma vez, foi realizado por um russo, o médico Vladimir Demikhov, em 1954, durante a União Soviética.

Na época, o médico assustava o mundo e, por incrível que pareça, enchia seu país de orgulho ao criar atrocidades como cachorros de duas cabeças. Ele também implantou toda a parte frontal de um filhotinho em um pastor alemão já em idade adulta.

A barbárie era tamanha que nem mesmo a imprensa conseguia acreditar no que estava sendo mostrado. A imagem das cabeças bebendo leite ao mesmo tempo foi uma das coisas que mais marcou nesse período.

Como a União Soviética apoiava as atrocidades, o médico chegou a criar, cirurgicamente, 20 cães de duas cabeças, durante 15 anos de experimentos. Nenhum dos bichos, no entanto, viveu muito tempo, já que havia grande rejeição dos tecidos enxertados nos corpos dos animais. O recorde dos cachorros de duas cabeças foi um único mês de sobrevivência.

Mas, se tudo isso soa um absurdo, as maluquices de Demikhov acabaram se mostrando úteis para a medicina mais tarde. O médico é um dos destaques e pioneiros no estudo de transplantes de órgãos. Aliás, o médico que fez o primeiro transplante de coração na história (1967), o africano Christian Barnard, visitou algumas vezes o laboratório do russo.

E, para descontrair um pouquinho depois de tanta coisa pesada, um pouco de ciência com leveza: 14 fatos científicos que você, com certeza, não sabe.

Fontes: Superinteressante, Diário de Biologia, Diário de Biologia, Liv Jones

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