Brasileiro de 18 anos cria máquina capaz de ajudar pessoas “mortas” a se comunicarem

Luiz Fernando da Silva Borges, 18 anos, natural de Aquidauana (Mato Grosso do Sul), foi premiado no mês passado (06/17) na Intel International Science and Engineering

Luiz Fernando da Silva Borges, 18 anos, natural de Aquidauana (Mato Grosso do Sul), foi premiado no mês passado (06/17) na Intel International Science and Engineering Fair, uma feira de ciência e engenharia dos Estados Unidos, por sua invenção extremamente ambiciosa, para dizer o minimo.

Ele desenvolveu o projeto Hermes Braindeck, um sistema capaz de identificar e converter pulsos cerebrais diretamente do cérebro de qualquer pessoa, inclusive de quem está em coma ou em estado vegetativo.

Dando voz aos “mortos”

O objetivo principal do projeto do jovem Luiz Fernando é estabelecer um canal de comunicação entre uma pessoa em coma ou em estado vegetativo com o mundo ao seu redor. A tecnologia utiliza a atividade cerebral dos pacientes para estabelecer essa comunicação.

“Há casos nos quais a pessoa está totalmente consciente, mas não consegue movimentar seus músculos, logo não podem mover os olhos, membros ou falarem. Para tentar contornar esse problema eu propus que criássemos um dispositivo portátil capaz de detectar se a pessoa consegue responder a comandos, sem que mova um músculo, mas apenas usando seus pensamentos”, explica Luiz Fernando.

O equipamento é composto basicamente por uma toca repleta de receptores e uma programa de computador capaz de reconhecer os padrões cerebrais e converte-los em expressões de comunicação. Por exemplo, se o médico perguntar para o paciente se ele sente dor, ele pode relacionar a resposta “sim” a um grupo de pensamentos e a resposta “não” a outro grupo.

“Se a pessoa estiver escutando os comandos, ela gerará estes pensamentos, que geram os pulsos distintos que o computador consegue reconhecer. O computador então transforma estes pensamentos em respostas para perguntas dos médicos e da família por exemplo”, explica o jovem cientista.

Questões éticas

O cientista acredita que seu projeto vai “balançar os pilares da medicina”. Primeiro pela questão da ética médica, uma vez que um paciente, antes considerando inconsciente pela incapacidade de comunicar-se, poderia tomar decisões e relatar seu estado de saúde. Além disso, ele acredita que poderia impactar também investigações relacionadas à crimes, já que a vitima poderia relatar o ocorrido para à polícia.

Para mais informações confira o vídeo que Luiz Fernando publicou em seu canal:

Fonte: Vix

Imagens: Reprodução/Luiz Fernando da Silva Borges

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