O calendário juliano foi criado por Júlio césar, em 46 a.C., para corrigir as discrepâncias de data do calendário romano. Assim como o calendário gregoriano, utilizado atualmente na maior parte do mundo, o ano tinha 365 dias, com 12 meses.
A princípio, o calendário intercalava meses de 30 e 31 dias, com exceção de februaris, com 29 ou 30. Eventualmente, o calendário passou por modificações que o deixaram igual ao calendário utilizado atualmente para padronização de datas internacionais.
Apesar de ter sido abandonado pela maior parte dos países, o calendário juliano ainda é utilizado por cristãos ortodoxos.
História do calendário juliano
O calendário surgiu quando Júlio César decidiu fazer alterações no método de controle data utilizado na época, em Roma. Ele tomou a decisão depois de perceber que as comemorações de primavera estavam ocorrendo em dias de inverno, sob conselho de astrônomos egípcios.
A partir das alterações, então, o calendário que era lunisolar (baseado nos movimentos da lua e do sol), passou a ser solar.
A transição oficial para o novo calendário juliano aconteceu em 46 a.C. Para corrigir os erros das datas vigentes, o ano precisou ter 80 dias a mais, totalizando 445.
Calendário romano
Antes do calendário juliano, as datas em Roma eram determinadas pelo calendário romano. Ele foi criado em 753 a.C., por ordem de Rômulo, fundador da cidade.
A princípio, o calendário tinha apenas 304 dias, divididos em dez meses. Durante o governo de Numa Pompílio, então, foram acrescentados os meses de januaris e februaris. Com a adição, o calendário passou a ser regido por um sistema lunissolar, com 355 e 12 meses.
Para poder coincidir com o calendário solar, o calendário romano ainda ganhou o acréscimo de um décimo terceiro mês – mercedinus – que poderia ter 22 ou 33 dias. O mês, no entanto, só estava presente em anos alternados.
Dessa maneira, o calendário romano respeitava um ciclo de quatro anos que incluía: 12 meses (com 355 dias), 13 meses (377 dias), 12 meses (355 dias) e 13 meses (388 dias).
Calendário juliano
O calendário romano deixou de ser oficialmente utilizado a partir da adoção do calendário juliano, na intenção de eliminar alguns problemas de datas. Incomodado com o desajuste das estações do ano, Júlio César contou com a ajuda do astrônomo Sosígenes para fazer novos ajustes de tempo.
Com as alterações, todos os anos passavam a ter 365 dias, com 12 meses. Além disso, o ano passou a ter o início oficial no dia 1º de januaris.
Os meses do calendário juliano seguiam os mesmos nomes do romano: januaris, februaris, martius, aprilis, maius, junius, julius, augustus, september, october, november e december.
Ao longo dos anos seguintes, o calendário chegou a passar por outras modificações. O mês quintilis, por exemplo, passou a se chamar julius para homenagear o governante, morto em 44 a.C. Mais tarde, o Senado também decidiu homenagear César Augusto, dando seu nome ao oitavo mês do ano.
A alteração também fez com que augustus passasse a ter 31 dias, para receber a mesma importância que julius. Por causa disso, februaris perdeu um dia, passando a ter 28 ou 29, de acordo com a ocorrência de anos bissextos.
Ano bissexto
Antes da definição de ocorrência de anos bissextos a cada quatro anos, ele surgia no calendário juliano a cada três. Dessa maneira, o calendário ainda incluía alguma diferença em relação ao ano solar.
O governo do Imperador Augusto, em 8 d.C., decretou a alteração que intercalou o ano cada quatro anos. Apesar disso, a regra ainda era diferente da conhecida hoje.
Atualmente, o calendário gregoriano considera que o ano bissexto também ocorre a cada quatro anos, mas com uma exceção: anos múltiplos de 100 mas não múltiplos de 400.
Fontes: Calendarr, Conhecimento Científico, Ensinar História, Calendário do Ano
Imagens: Rupert Shepherd, time and date, twitter, LINE, Forbes