Candomblé: história, principais orixás e outros fatos a prática

Você conhece o Candomblé? Descubra o que tem por trás dessa religião que faz parte do Brasil, e ainda sofre preconceito.

Você sabe que Candomblé é uma religião, certo? No entanto, gente não sabe o que se passa nos rituais devido a mistificação e preconceito com uma das religiões raízes do Brasil.

A religião é tipicamente africana, e foi trazida ao Brasil pelos negros que foram trazidos como escravos.

Dessa maneira, o preconceito em torno da cultura começou aí, logo no início. A Igreja Católica proibiu que o ritual fosse feito. Segundo eles, o ato era criminoso, pois os santos católicos eram omitidos, e os Orixás, Inquices e Vodus eram exaltados.

O candomblé é conhecido por ser realizado em terreiros abertos, já que inclui danças ao ritmo de atabaques e cantos que cultuam orixás.

História do Candomblé no Brasil

Candomblé: fatos que você descobre indo a um terreiro
Comunidades

O início da história do Candomblé se mistura com práticas do Catolicismo. Isso porque assim que os escravos africanos foram proibidos de seguir suas práticas religiosas, começaram a utilizar imagens de santos para escapar de ataques e censura.

Também é por causa disso, então, que o sincretismo no Candomblé do Brasil é tão comum, diferente da versão africana.

Por outro lado, muitas casas de candomblé atualmente proíbem o sincretismo, a fim de retornar a religião às origens africanas.

Outra mudança importante, é que na variante brasileira há uma mistura entre orixás de várias regiões diferentes de toda a África. Uma vez que os negros desembarcavam de partes diferentes, suas referências acabavam se misturando nas práticas de rituais e trocas de informações.

A prática religiosas passou a ganhar força na Bahia, em meados do século XVIII, mas teve definição somente a partir do século XX. Atualmente, são milhões de adeptos da religião, com estimativa de 1,5% total da população do país.

Pensando na preservação da herança cultura, a Lei Federal 6292, de 15 de dezembro de 1975, tornou certos terreiros de candomblé patrimônio material ou imaterial passível de tombamento.

Orixás do Candomblé

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TEMS

No Candomblé, os Orixás são entidades que representam a natureza, sua energia e seu poder. Dessa maneira, possuem funções fundamentais dentro dos cultos, especialmente nos momentos de incorporação, quando praticantes mais experientes entram em contato com as entidades.

Uma vez que são muitos, é possível encontrar vários tipos de personalidades, habilidades e rituais específicos para cada um deles.

Dependendo da variação e da região africana de origem, o Deus único do Candomblé pode ser diferente. Para os Ketu, por exemplo, a entidade é Olorum; enquanto para os Bantus é Nzambi; e para os Jeje, Mawu.

Orixás mais cultuados

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Significados

Oxalá: também recebe o nome de “orixá dos orixás”, por ter sido o primeiro de todos, ou seja, o criador do mundo e da humanidade.

Iemanjá: a orixá é uma das mais famosas do Brasil, por ser a soberana dos mares e oceanos.

Ogum: seus cultos o reconhecem como governante da guerra e da metalurgia, mas também do trabalho e da luta do povo.

Oxóssi: outro orixá popular, está ligado à caça e às florestas, bem como à natureza na forma das plantas e dos animais.

Exu: responsável pela comunicação entre os humanos e todos os outros deuses, também chamado de orixá mensageiro.

Nanã: é a orixá anciã e, sendo assim, guardiã de todo o saber ancestral. Além disso, também é dona das lamas, utilizadas para fazer os seres humanos em sua criação.

Iansã: cultuada como senhora dos ventos e das tempestades, mas também como guia de todos os espíritos mortos.

Obaluaê: é o orixá senhor das pestes, o que significa que pode criar ou curar todas as doenças. Também recebe o nome de Omulu.

Xangô: o senhor do trovão e da justiça, representado pelo machado.

Saiba mais sobre o Candomblé

1. Lugares para as cerimônias

Veja o que você pode descobrir em um terreiro de Candomblé

O lugar onde são feitos os rituais são templos chamados de roças, casas ou terreiros. Podem ser do tipo que só mulheres assumem a liderança, mas também mistos ou exclusivos para homens.

2. Como acontece

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O pai de santo ou a mãe de santo ficam responsáveis por guiar a cerimônia. No ritmo de dança é feito o despacho do Exu. Quando o tambor começa a tocar os filhos de santo começam a invoca os orixás. Geralmente, um ritual comum dura o mínimo de duas horas, mas o tempo pode variar.

3. É diferente da Umbanda

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Há ainda quem confunda os dois, mas são religiões diferentes. No candomblé os orixás incorporados são divindades da natureza. Por outro lado, na Umbanda são espíritos encarnados ou desencarnados.

4. Oferendas

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Após a iniciação, são feitas as oferendas e consultas espirituais. É jogado o búzio, conchas do mar usadas como espécie de oráculos para fazer previsões e orientações.

5. Grupos que cultuam

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Os grupos que mais se destacam nos rituais são os sudaneses e os bantos. O primeiro são vindos da Nigéria e do Benin, o segundo são vindos do Congo, Angola e Moçambique.

6. O que faz parte dos rituais

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Os rituais são repletos de apresentações artísticas muito bonitas. Para essas apresentações, utilizam-se atabaques e cantos nos idiomas ioruba ou nagô.

7. Iniciação

Para frequentar um ritual do Candomblé é preciso uma passagem. São 21 dias recruso em um cômodo, o chamado runcó. Você deve vestir apenas branco e ter contato apenas com o zelador da casa. Logo após o processo de saída, você estará apto a frequentar os terreiros.

Fonte: Fatos desconhecidos

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