Charles Manson: quem foi o líder da seita hippie assassina?

Charles Manson foi o líder de uma seita hippie autodenominada ‘família’, que tornou-se conhecido após assassinato de Sharon Tate.

Charles Manson: quem foi o líder da seita hippie assassina?

Charles Manson foi um guru psicopata que organizou uma série de homicídios nos Estados Unidos. Ele nasceu em 12 de novembro de 1934 e morreu aos 83 anos na noite de 19 de novembro de 2017.

No final dos anos 1960, Manson liderou uma seita responsável por uma onda de assassinatos selvagens em bairros nobres de Los Angeles. Aliás, uma de suas vítimas foi a atriz Sharon Tate, então esposa do diretor Roman Polanski, que estava grávida de oito meses e meio.

Esses crimes provocaram pânico na cidade e chocaram o mundo. Assim, o guru da “família Manson”, sua seita, foi condenado à morte em 1971, sentença que mais tarde mudou para prisão perpétua.

Infância e juventude de Charles Manson

Charles Milles Maddox nasceu em 12 de novembro de 1934, em Cincinnati, Ohio. Ele era filho de Kathleen Maddox, uma garota de 16 anos que era alcoólatra e prostituta. Sua mãe o vendeu por uma caneca de cerveja quando ele era criança, então seu tio teve que rastrear a mulher para encontrá-lo.

Depois que sua mãe foi presa por assalto à mão armada, ela morou com uma tia e um tio em West Virginia. A partir dos nove anos de idade, ele passou grande parte de sua vida em reformatórios juvenis ou na prisão por crimes como furto, assalto à mão armada e roubo de automóveis.

Seita ‘Família Manson’

Charles Manson: quem foi o líder da seita hippie assassina?

Após ficar livre em 1967, Manson se mudou para a Califórnia e usou todo o seu carisma para atrair um grupo de hippies e estabelecer uma seita. Com efeito, drogas e orgias, por exemplo, eram comuns nos arredores de Los Angeles.

Manson pregou sua própria mistura de ensinamentos religiosos excêntricos para seus acólitos, que se autodenominavam sua “Família”. No entanto, ele os enganava ao falar que uma guerra racial entre negros e brancos era iminente e resultaria em grande poder para os membros.

Aliás, Manson também disse que eles deveriam começar a guerra matando gente branca e rica e colocando a culpa em negros.

Em 1968,a “Família Manson”, então, viajou por vários lugares da Costa Oeste antes de criar uma base no Rancho Spahn, em Los Angeles. Eles se estabeleceram lá, ouvindo os ensinamentos espirituais de Charlie, usando drogas, e ficando ao lado dos magnatas da música.

Dessa forma, Charles esperava que esses famosos o ajudasse a se tornar um grande músico – antes que as coisas mudassem no ano seguinte.

Membros da Família Manson

  • Charles Manson (fundador e líder);
  • Susan ”Sadie” Atkins;
  • Patricia ”Katie” Krenwinkel;
  • Charles “Tex” Watson;
  • Linda Kasabian;
  • Leslie Van Houten;
  • Lynette “Squeaky” Fromme;
  • Bobby Beausoleil;
  • Steve “Clem” Grogan;
  • Mary Brunner;
  • Bruce Davis;
  • Sandra Good;
  • Catherine Share;
  • Barbara Hoyt;
  • Paul Watkins.

Amizade com famosos

Enquanto vivia no rancho, Manson cultivou uma amizade com o cantor dos Beach Boys, Dennis Wilson. Foi através dele que Manson viu uma oportunidade de realizar suas ambições de ser um artista musical de sucesso, tanto quanto os populares Beatles.

Wilson e os Beach Boys gravaram uma das canções de Manson e por um momento o ex-presidiário sentiu-se mais perto de fazer parte da glamourosa sociedade de Hollywood.

Contudo, sua rejeição pelo produtor musical de Wilson, Terry Melcher, o transformou. Pois, Terry se recusou a oferecer a Manson um contrato de gravação dos sonhos, levando-o a crer ser vítima de perseguição por parte do empresário.

Logo, a atmosfera no rancho Spahn mudou rapidamente de relaxada e despreocupada para tenebrosa, onde os membros da família tinham acesso a armas. No verão de 1969, os seguidores de Manson concordaram em acender a revolução ‘Helter Skelter’ e pesar o seu desejo de vingança sobre as pessoas.

Era apenas uma questão de tempo até que Manson e sua ideologia perturbada instruíssem seus seguidores a realizar uma série de assassinatos que chocaram o mundo.

Assassinato de Sharon Tate

Manson abalou a América na manhã de 9 de agosto de 1969 com uma sangrenta espiral de violência na qual ele e os seguidores de seu culto satânico, conhecido como a “Família Manson”, assassinaram sete pessoas para iniciar uma guerra racial.

Naquela manhã, na mansão da atriz Sharon Tate e seu marido, o famoso diretor de cinema Roman Polanski, que estava fora do país na época, assassinaram a atriz, que estava grávida de oito meses.

Armados com um canivete Buck (semelhante a uma baioneta) e um revólver Longhorn calibre 22, naquela noite quatro jovens partidários de Manson mataram a atriz Sharon Tate (28) e outras quatro pessoas. Nas paredes escreveram “porcos”, usando o sangue das vítimas.

Esposa do cineasta Roman Polanski, Sharon Tate estava grávida e foi esfaqueada 17 vezes. Posteriormente, ela apareceu pendurada em uma corda na sala de estar da mansão. Entre as outras vítimas estavam um cabeleireiro famoso chamado Jay Sebring; herdeira da fortuna do café, Abigail Folger; o escritor Wojciech Frykowski; e Steven Parent, amigo do zelador da família.

Caso LaBianca

No dia seguinte, 10 de agosto de 1969, outro conjunto de assassinatos ocorreu. O executivo de supermercado Leno LaBianca e sua esposa, Rosemary, foram mortos em sua casa.

Lá, Manson ordenou que dois de seus seguidores os matassem a facadas. Ele os instruiu sobre a maneira correta de fazê-lo e escreveu mensagens com sangue antes de fugir da cena do crime. Assim, embora Manson tenha ordenado os assassinatos, ele não participou diretamente do ato criminoso.

No final daquele mês de agosto, os seguidores de Charlie assassinaram mais um homem: Donald “Shorty” Shea, um ajudante do rancho Spahn. No entanto, Charles e seus seguidores fugiram das autoridades por dois meses antes de serem presos em outubro de 1969, sob suspeita de roubo de carro. Então, os segredos começaram a aparecer.

Condenação e prisão de Charles Manson

Junto com Manson, a ‘Família’ teria cometido cerca de 35 mortes. A maioria nunca foi julgada, seja por falta de provas ou porque já haviam sido condenados à prisão perpétua pelos assassinatos de Tate/LaBianca.

Após um julgamento que durou quase um ano, Manson e três de seus seguidores (Susan Atkins, Patricia Krenwinkel e Leslie Van Houten) foram considerados culpados de assassinato e condenados à morte.

Outro dos réus, Charles “Tex” Watson, foi posteriormente condenado. Contudo, todos eles evitaram a execução e suas sentenças foram comutadas para prisão perpétua após a revogação da pena de morte na Califórnia em 1972.

Morte de Charles Manson

Após sete anos de prisão, Manson foi declarado elegível para liberdade condicional, mas foi repetidamente negado depois que as autoridades concluíram que ele ainda era um prisioneiro muito perigoso.

Enquanto estava na prisão, ele esculpiu uma suástica nazista em sua testa e forçou os membros do clã a fazerem o mesmo. Assim, ao longo das décadas, Manson e seus seguidores apareceram esporadicamente em audiências de liberdade condicional, mas suas tentativas de sair da prisão foram constantemente rejeitadas.

As mulheres sugeriram que haviam sido reabilitadas, mas o próprio Manson parou de comparecer a essas audiências, alegando que a prisão havia se tornado sua casa.

Além disso, os assassinatos inspiraram filmes e séries de televisão. Além disso, o promotor do caso, Vincent Bugliosi, escreveu um livro sobre os eventos, “Helter Skelter”, que se tornou um best-seller. A estrela do rock Marilyn Manson tirou parte de seu nome artístico do assassino.

Por fim, ele faleceu em 19 de novembro de 2017, aos 83 anos, por causas naturais no Kern County Hospital, segundo um comunicado do Departamento de Prisões da Califórnia.

Fontes: Aventuras na História, Revista Galileu, Uol

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