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Cobra – Características, como saber se é venenosa + curiosidades
Quase todo mundo tem medo ou pelo menos aquele sentimento ruim relacionado a cobra. Nós reunimos algumas informações sobre o animal.

Certamente a cobra é um dos animais da natureza mais temidos pelo ser humano. Nós realmente sentimos repulsa por esses bichos que rastejam e podem nos matar com o seu veneno. Acima de tudo isso, é bom lembrar que existe uma espécie que pode quebrar todos os seus ossos e te engolir.
A nossa relação de medo e desconfiança com a cobra não começou ontem. Ela existe desde os primórdios da humanidade. Isso acontecia quando nos escondíamos em cavernas e um dos poucos predadores que conseguia se aproximar e entrar sem ser visto eram as cobras.
Primeiramente, as cobras são répteis rastejantes, de corpo alongado e sem patas. Na verdade, seria mais correto chamar esses animais de “serpentes”. Isso por que “cobra”, em alguns países, é uma palavra usada somente para falar das najas, encontradas na África e na Ásia.
Por fim, o que você sabe de fato sobre cobra? O Segredos do Mundo reuniu algumas informações básicas sobre o animal que vão te abrir os olhos e ampliar seus horizontes.
Confira tudo o que você precisa saber sobre cobra
1 – Animais peçonhentos
Inicialmente, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a maioria das cobras não são uma ameaça para os seres humanos. Apesar do medo, as realmente perigosas são as peçonhentas. Ou seja, aqueles que produzem veneno muito concentrado e possuem, em seu corpo, uma estrutura capaz de inocular a substância peçonha.
As serpentes peçonhentas do Brasil possuem algumas características em comum que permitem com que sejam identificadas e diferenciadas das espécies que não inoculam veneno.
Elas podem ser dividas em dois tipos. Primeiramente, temos a Família Elapidae (gênero Micrurus e Leptomicrurus). Suas presas fixas estão localizadas na parte anterior da maxila e possuem pupilas arredondadas. As venenosas são menos agressivas e representam menos de 1% dos acidentes com serpentes no Brasil.
Além disso, a segunda espécie é a Família Viperidae (gêneros Bothrops, Bothrocophias, Crotalus e Lachesis). Possuem orifícios entre o olho e a narina, chamados de fosseta loreal, que são utilizados para orientação das serpentes, como detectores de calor das suas presas. A pupila é vertical e a dentição solenóglifa, na parte anterior da maxila.
2 – Cobras peçonhentas no Brasil
Primeiramente, as serpentes não peçonhentas também podem ser bem perigosas. Você lembra de algumas? Temos por exemplo as jiboias, salamantas, dormideiras e caninanas. Além disso, temos a mais temida de todas: as sucuris. Apesar disso, quais são as cobras peçonhentas?
Inicialmente, temos a cobra coral. Elas são ovíparas, diurnas, comem lagartos e outras serpentes. Vivem em matas debaixo de folhas secas, troncos e pedras. Além disso, possuem veneno neurotóxico, causando dificuldade respiratória que pode levar a vítima à morte em poucas horas, senão receber o soro antielapídico.
Também existe a Jararaca. Elas são vivíparas, comem principalmente roedores, possuem hábitos noturnos e vivem mais nas matas. Medem entre 1 e 2 metros. São responsáveis por 90% dos acidentes com cobras peçonhentas no Brasil. O veneno é proteolítico, coagulante e hemorrágico. Pode levar à necrose do tecido atingido e insuficiência renal.
As Cascavel podem chegar a quase 1,5 metros de comprimento. Habitam as regiões mais abertas e secas. Possuem um guizo na ponta da cauda, que faz barulho de chocalho. Além disso são vivíparas, comem principalmente roedores e possuem hábito noturno. Veneno neurotóxino, miotóxico e coagulante. São responsáveis por 8% dos acidentes com serpentes no Brasil.
Por fim temos a surucucu, que podem ultrapassar os 4 m de comprimento. Ocorrem nas regiões amazônicas e de Mata Atlântica. São ovíparas e comem roedores. São noturnas. O veneno é proteolítico, hemorrágico, coagulante e difere do das Bothrops por ser também neurotóxico. Pode levar à morte por insuficiência renal. Geram 3% dos acidentes.
3 – Cobras no Brasil
Primeiramente, no Brasil existem pelo menos 370 espécies de serpentes, de variados tamanhos, formas e cores. Além disso, todas as serpentes peçonhentas do Brasil possuem uma estrutura padrão, somente a coral-verdadeira que não.
A cobra coral é facilmente identificável. Isso acontece devido a sua estética com a presença de anéis vermelhos, pretos e brancos em todo o seu comprimento. No entanto, existem as corais verdadeiras, que são peçonhentas. Também existem as falsas. Todas elas são muito parecidas, sendo bem difícil distingui-las.
Exceto as corais-verdadeiras, todas as outras serpentes peçonhentas possuem cabeça triangular. Além disso, a jararaca, urutu-cruzeiro, jararacuçu, jararacão, cortiara e caiçara possuem um padrão na pele bem interessante. Elas tem manchas semelhantes a “V” invertidos (ou um gancho de telefone). Finalmente, sobre as surucucus e surucutingas, tais serpentes possuem a cauda com escamas arrepiadas, e ponta lisa e afilada.
5 curiosidades sobre cobras
1 – Caça
Primeiramente, vamos focar na caça das cobras. Para caçar, algumas cobras procuram ativamente suas presas, enquanto outras simplesmente esperam até que animais passem próximos a elas.
2 – Relação
Além disso, cobras não têm relações sociais e nem familiares. Elas só se relacionam na época do acasalamento. Quando os filhotes nascem eles passam a viver sozinhos e não recebem nenhum tipo de cuidado maternal.
3 – Canibalismo
Algumas espécies comem os filhotes que não sobrevivem. Isso é conhecido como canibalismo após parto. Consequentemente, elas recuperam boa parte da energia perdida durante o parto e não precisam sair para caçar alimento.
4 – Cobra que voa
Além disso, existem algumas espécies que conseguem “voar”. Elas pertencem ao gênero Chrysopelea. Quando pulam de uma árvore para outra achatam o corpo fazendo ondas em formato de S, o que faz com que elas planem e pareçam estar voando. Dependendo da altura do local do pulo essa espécie pode planar por cerca de 100 metros.
5 – Salvação
Por fim, as cobras podem salvar vidas ao invés de tirar. Isso se deve as propriedades farmacológicas presentes no veneno de algumas serpentes peçonhentas.
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Fonte: Escola Kids
Imagens: VB Metro Jornal AMDA G1 Brilhantemente HypeScience MVC