Deus Seth, quem é? Origem, história e simbologia do deus egípcio

O deus Seth é a divindade egípcia das tempestades, dos desertos e dos animais. Além disso, representa a vingança, a traição e o ciúme.

Deus Seth, quem é? Origem, história e simbologia do deus egípcio

Em primeiro lugar, o deus Seth faz parte da mitologia egípcia, sendo conhecido como o deus das tempestades. Além disso, ficou conhecido como o deus da violência, da desordem e do ciúme. Porém, grande parte de sua representação envolve uma ambiguidade.

Sobretudo, essa percepção surge principalmente em decorrência da relação de Seth com o deus Osíris, mais especificamente sobre como ele causou a morte do irnão. Mais ainda, essa divindade ficou conhecida como responsável pelo deserto, pela guerra, pelos animais e também as serpentes.

No geral, estima-se que Seth seja a encarnação do espírito do mal e irmão de Osíris, de modo que um seja o oposto do outro. Ademais, costuma ser representado por diversos animais, devido sua proteção às espécies no Egito Antigo. Nesse sentido, pode ser visto com partes do corpo de cães, crocodilos, porcos, asnos e escorpiões.

Comumente, tem aparência marcada por orelhas grandes e nariz pontiagudo, de modo que represente vários animais ao invés de somente um como era tradicional no Egito. Porém, ainda aparece associado à figura do hipopótamo, o que para os egípcios era um sinal de destruição e perigo.

História e origem do deus Seth

A princípio Seth era irmão e marido de Néftis. Curiosamente, a divindade egípcia teria rasgado o ventre de sua mãe Nut com as próprias garras o nascer, tamanho seu poder de destruição. Desse modo, é filho de Geb, que representa a terra, e Nut, que representa o céu.

Primeiramente, o deus era visto de forma positiva, pois auxiliava o deus Rá em sua luta eterna contra a serpente Apófis, que simbolizava a encarnação do caos. Contudo, a partir da Época Baixa e com a popularização do culto de Osíris a narrativa foi modificada. Sobretudo, Seth queria conseguir o controle dos deuses e ficar no lugar de seu irmão Osíris.

Apesar dele ter sido cultuado e coroado em diversas regiões do Egito Antigo, desde os períodos pré-históricos na região, houve uma drástica mudança após os conflitos com Osíris. Consequentemente, ocorreu uma destruição sistemática das representações dessa divindade.

Em resumo, o mito de Seth e Osíris narra que o irmão foi responsável por sua morte devido ao desejo de assumir seu trono. Sendo assim, assassinou o irmão e dividiu seu corpo em 14 pedaços, espalhando-os por diversos cantos do Egito. Contudo, a deusa Ísis, sua esposa, foi atrás de cada uma das partes para reestabelecer sua vida.

Eventualmente, e com a ajuda de Hórus, o deus falcão, ambos ressuscitaram Osíris com feitiços. Ademais, existem versões que narram a morte de Seth por meio de uma vingança exercida pelo filho de Ísis e Osíris, representado pelo deus Hórus. Entretanto, outros mitos relatam que o conflito foi secular, com perdas dos dois lados.

Por fim, essa história explica porque Osíris é representado em um tom esverdeado característico dos mortos, tendo em vista sua ressuscitação. Além disso, essa é origem do deus Seth e sua associação negativa.

Simbologia e associações

A princípio, o Livro dos Mortos posiciona Seth como “O Senhor dos Céus do Norte”, porque ele é responsável pelas tempestades e as mudanças de tempo. Contudo, também é visto como o deus do caos, do deserto e das terras estrangeiras. Apesar disso, há simbolismos que o posicionam como a representação do supremo sacrifício em prol da justiça.

Por outro lado, Seth ainda representa a inveja, a cobiça e a traição. Em especial, essas associações partem do papel que ocupou na morte de Osíris, o que levou à transformação de sua representação como um deus bom. No entanto, alguns historiadores acreditam que a mitologia dessa divindade foi importante para ensinar aos egípcios sobre valores familiares, justiça e respeito.

Apesar disso, a luta entre o deus Rá, Seth e a serpente Apófis colaboram para a ambiguidade positiva desse deus egípcio. Sobretudo, estima-se que ele proteja a proa da barca de Rá durante a viagem noturna ao mundo oculto, na caçada contra a serpente. A partir do conflito entre essas figuras surgiu a noção de equilíbrio das forças e harmonia universal.

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Fontes: Concursos no Brasil | InfoEscola | Infopédia | Egito Antigo

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