Diamantes sintéticos existem? Para que servem e como são feitos em laboratório

Diamantes sintéticos são criados em um ambiente artificial que imita a criação natural de diamantes abaixo do manto da Terra. Vamos saber mais sobre eles.

Diamantes sintéticos existem? Para que servem e como são feitos em laboratório

Certamente, você já quis ter um anel ou outro tipo de joia de diamante, mas esbarrou no preço astronômico da peça e desistiu. Para suprir a necessidade de quem não pode desembolsar uma fortuna pela pedra preciosa, surgiram os diamantes sintéticos.

Os diamantes podem ser feitos em laboratório em questão de semanas. Portanto, seus preços costumam ser muito mais baixos do que os diamantes naturais.

Mas, são diamantes verdadeiros? Qual é a diferença entre um diamante sintético cultivado em laboratório e um simulador? Quais são os prós e contras de um diamante sintético? Estas são todas as perguntas que responderemos neste artigo.

Os diamantes sintéticos existem?

Sim, os diamantes feitos em laboratório são diamantes reais. No entanto, o processo pelo qual eles são feitos difere do natural, mas o resultado é quimicamente idêntico.

Os diamantes cultivados em laboratório são às vezes chamados de diamantes “sintéticos”. Mas isso não significa que eles sejam falsos. Significa apenas que eles são feitos pelo homem. Eles podem ser chamados de “diamantes artificiais”, “diamantes sintéticos” ou “diamantes cultivados”.

Em suma, os primeiros diamantes feitos pelo homem à venda foram feitos pela General Electric no final da década de 1950. Eles os fizeram da mesma maneira que a natureza faz: colocando o carbono sob calor e pressão extremos. É só que o calor foi adicionado no laboratório e a pressão veio de uma prensa hidráulica.

Como os diamantes sintéticos são feitos?

Diamantes sintéticos são feitos em um ambiente artificial que imita a criação natural de diamantes abaixo do manto da Terra. Existem dois métodos usados ​​para criar diamantes de laboratório: CVD (deposição de vapor químico) e HPHT (alta pressão e alta temperatura).

Ambos os métodos são eficazes na criação de diamantes autênticos e de alta qualidade, idênticos aos que existem na natureza.

Durante a criação do diamante CVD, uma fatia minúscula de diamante é colocada em uma câmara onde é exposta a gás rico em carbono e amplificada a temperaturas extremamente altas.

Em questão de apenas algumas semanas, o gás carbônico ioniza e as partículas aderem à fatia de diamante original, antes de finalmente se cristalizar em um diamante totalmente perfeito.

Qual a diferença entre diamantes sintéticos e naturais?

Os diamantes de laboratório não têm diferenças físicas em relação aos diamantes naturais, aliás é impossível diferenciá-los sem equipamento de laboratório específico. Existem apenas duas diferenças entre diamantes de laboratório e diamantes naturais: preço e ética.

Os diamantes de laboratório aumentaram em popularidade. Desenvolvido pela primeira vez há cerca de 70 anos, não foi até os recentes avanços na eficiência de sua produção que garantiram diamantes de alta qualidade, que os diamantes de laboratório entraram no mercado de joias.

Para a maioria das pessoas, a escolha de um diamante de laboratório é óbvia: são mais baratos, com garantia de ética, com origens mais sustentáveis. No entanto, outros permanecem céticos, pois pouco se sabe sobre seu valor futuro e se algo feito em laboratório é tão romântico quanto os produtos da natureza.

Portanto, o debate sobre suas diferenças não é tão grande porque tanto os diamantes extraídos quanto os feitos pelo homem são autenticamente diamantes.

A história obscura sobre a exploração de diamantes

Com relação ao preço dos diamantes sintéticos, os compradores de joias pagam até 40% menos por pedras cultivadas em laboratório. Além disso, não precisam se preocupar com os efeitos ambientais da mineração, a exploração de mineradores ou sua pedra sendo contrabandeada para fora de uma zona de conflito.

Especialistas do setor também acreditam que as minas de diamantes não serão sustentáveis ​​por muito mais tempo. Os diamantes vêm principalmente de nove países: África do Sul, Botsuana, Angola, República Democrática do Congo, Namíbia, bem como Zimbábue, Austrália, Rússia e Canadá.

Conforme alguns estudos, a diminuição da produção na maioria das minas principais desses países está forçando as empresas de extração a cavar mais fundo, elevando os custos de produção e diminuindo a vida útil das minas.

Por fim, uma análise da Empresa de Consultoria Frost & Sullivan afirma que a produção global de diamantes brutos diminuiu de 176,7 milhões de quilates em 2006 para 131 milhões de quilates em 2013.

Diferença de preço entre pedras preciosas naturais e sintéticas

Em comparação com outras técnicas de criação de diamantes artificiais, os processos do cultivo em laboratório são mais fáceis e menos dispendiosos, e podem render pedras maiores em períodos mais curtos.

Dependendo do gás inicial usado no processo, as pedras resultantes podem ser incolores ou podem ser de cores extravagantes populares, como rosa, amarelo ou azul.

No geral, o custo de um diamante cultivado em laboratório pode ser de 15 a 40% menor do que uma pedra natural de tamanho e qualidade semelhantes, e não há mineração destrutiva ou interrupção da terra para criar a pedra artificial.

10 prós e contras dos diamantes sintéticos

Prós

1. Eles não são diamantes falsos ou diamantes substitutos;

2. Eles são iguais aos diamantes naturais em quase todos os aspectos (exceto pequenas diferenças ‘insignificantes’ que só podem ser identificadas por dispositivos e equipamentos de teste especiais);

3. Os diamantes cultivados em laboratório não dependem de tantos fatores incontroláveis ​​para serem produzidos e formados quanto os diamantes naturais;

4. O preço de joias com esse tipo é geralmente é mais barato que joias com diamantes naturais;

5. A pegada ambiental e o impacto da sustentabilidade são maiores que no processo de extração de diamantes naturais. Além disso, essas pedras preciosas são feitas em laboratório, de acordo com certos padrões éticos (como direitos dos trabalhadores e padrões livres de conflitos).

Contras

6. Ainda dependem de material de diamante pré-existente para serem feitos;

7. O custo para produzir diamantes cultivados em laboratório pode não ser tão baixo quanto algumas fontes indicam;

8. Pode haver limitação na oferta/produção total, bem como em relação à disponibilidade de alguns tipos e tamanhos de diamantes a curto e médio prazo;

9. Alguns questionam as matérias-primas utilizadas, os subprodutos gerados e o gerenciamento de resíduos de diamantes cultivados em laboratório;

10. Por fim, pode levar à perda de empregos e atividade econômica em comunidades de mineração e regiões em desenvolvimento.

Então, curtiu saber mais sobre os diamantes sintéticos? Pois, leia também: Cientistas criam ouro em laboratório (mais resistente que o natural)

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