Elefantíase – O que é, causas, sintomas e tratamento da doença

Sendo uma doença causada pela contaminação parasitária, a elefantíase se não tratada pode causar problema graves, e sequelas irreversíveis.

A filariose linfática, ou apenas elefantíase é uma doença parasitária crônica. Ela é provocada pelos parasitas Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori. Porém ela é transmitida pela picada de muriçocas, mosquitos, carapanã ou pernilongos. Bem como é uma das doenças que mais causam incapacidade permanente no mundo.

Seu nome, elefantíase, é por conta da aparência que as pessoas portadoras da doença ficam. Desta forma, a filariose linfática provoca edemas, espécie de acumulo anormal de líquido, dando um aspecto de pata de elefante aos membros ou locais afetados. Desta forma levando a pessoa a incapacidade de locomoção.

E como sua transmissão é feita pela picada de mosquito ela está presente no mundo todo, porém, em especial em países tropicais e subtropicais. No Brasil, a elefantíase tem maio ocorrência nos estados Recife, Pernambuco, Maceió e Alagoas. Ou seja, ele se manifesta em locais mais quentes.

A doença – elefantíase (filariose linfática)

A elefantíase se dá por meio da picada do mosquito contaminado. Desta forma as larvas depositadas por ele caem na corrente sanguínea, onde se reproduzem, dando origem a vermes adultos. Assim durante o dia ela se fixam nos pulmões, bem como anoite entram na circulação.

Elefantíase - o que é? Causas, sintomas e tratamento da doença
Esquema de contaminação da doença – Doenças Raras Doem

Desta forma elas podem obstruir vasos linfáticos, então causando inflamações, quadros de linfangite e até mesmo erisipela. Bem como, se não forem tratadas podem se repetir várias vezes até levar a uma lesão definitiva do vaso linfático. Assim provocando edemas crônicos, que são as aparências de membros de elefante.

Assim a doença se mostra por meio de episódios de inflamações, bem como pode causar febre, dores de cabeça e muscular. Podendo provocar também vermelhidão e coceira nos membros inferiores. E o pior de tudo é que 2 de 3 casos da doença são descobertas somente na fase crônica, por não apresentarem sintomas. Sendo essa a fase que a elefantíase causa lesões irreversíveis.

Sintomas

Os sintomas da filariose linfática está ligado diretamente ao desenvolvimento da larva. Bem como pode variar de casos graves à até a ausência desses sinais. Além de que eles podem aparecer após um ou vários meses depois da infecção pela picada.

Assim, os sintomas da elefantíase são:

  • Febre alta;
  • Dor de cabeça;
  • Dor muscular;
  • Intolerância à luz;
  • Reações alérgicas;
  • Asma;
  • Coceira pelo corpo;
  • Pericardite;
  • Acúmulo de líquido nos membros, seios e bolsa escrotal;
  • Inchaço ou crescimento exagerado dos membros, mamas ou bolsa escrotal;
  • Aumento do testículo (hidrocele).

Diagnóstico

Para diagnosticar a doença é preciso observar o paciente, além analisar suas queixas. E como ele deve ser preciso é necessário a realização de exames laboratoriais, como o de sangue. Para que assim outras hipóteses sejam descartadas, e a elefantíase seja confirmada e tratada.

Desta forma, os exames que confirmam a presença dos vermes causadores da doença são:

  • Exame direto em lâmina;
  • Hemoscopia positiva;;
  • Teste imunológicos, em especial os apoiados em cartões ICT;
  • Ultrassonografias.

Contudo, a elefantíase é uma doença silenciosa, e evolui lentamente. Portanto geralmente o diagnóstico não é feito a tempo. Desta forma os parasitas vão se multiplicando dentro do hospedeiro, gerando sintomas que podem ser confundidos com outras doenças. Assim como a sua principal característica, o inchaço nos membros, pode acontecer apenas meses depois da contaminação.

Transmissão

A doença não é transmissível pelo ar, pois, após o indivíduo ser picado a lava se instala na corrente linfática, assim se desenvolvendo e criando novos vermes. Então, para que ocorra a transmissão um mosquito deve picar uma pessoa infectada. Desta forma ele ficará contaminado, podendo assim disseminar a doença.

Tratamento para elefantíase

Pelo fato de ser causada por parasitas, como vermes e larvas, o tratamento da elefantíase é feito com antiparasitários. Lembrando que eles sempre devem ser usados sobe prescrição de um profissional infectologista. Desta forma, a exemplo utilizam-se droga Dietilcarbamazina, indicada pela OMS, por sua eficacia contra vermes pequenos e adultos.

Temos também o medicamento Albendazol bem como a Ivermectina, sendo essa a menos usada, pois ela elimina apenas as larvas pequenas. E juntamento com o tratamento antiparasitário são utilizados analgésicos para dor e febre, caso o paciente apresente esses sintomas.

Compressas geladas na região afetada também diminuem as dores e sensações de ardência. Bem como o uso de meias elásticas em casos mais graves, ou a realização de drenagem linfática para a melhora do edema. Ou seja, a cura da elefantíase depende da eficácia das drogas contra os parasitas, e como eles vão reagir a elas.

Contudo, se a fase da doença já estiver avançada, será necessária também a realização de uma cirurgia para correção do sistema linfático. Isso é porque, neste estágio a doença já causou maiores complicações, como inflamações, cicatrizes e obstrução do fluxo de linfa.

Como prevenir a doença

Por ser uma doença transmissível por picada de mosquito, a única forma de prevenção é evitar o contato com eles. Bem como cabe ao governo combater a proliferação desses mosquito e moscas, por meio da pulverização e do saneamento básico.

Contudo podemos tomar algumas medidas para nos proteger, sendo elas:

  • Uso de mosquiteiro na hora de dormir;
  • Telas finas nas janelas e nas portas, evitando assim a entrada do mosquito;
  • Evitar deixar água parada em pneus, garrafas e vasos de plantas, ação essa que previne até outras doenças, como por exemplo a dengue;
  • Uso de repelentes;
  • Evitar locais com moscas e mosquitos;

E você já tinha ouvido falar dessa doença? Conhece alguém que sofre ou já sofreu com ela?

E se gostou confira também: 7 sinais de que podem existir parasitas em seu corpo

Como identificar sinais de infarto, AVC e outras doenças em seus pés

Fonte: Ministério da Saúde, Minha Vida e Tua Saúde

Imagem destacada: Escola Educação

Outras postagens