Stranger Things: conheça a Eleven russa, da vida real

A Eleven da vida real, Nina Kulagina, realmente tinha poderes telecinéticos ou era apenas propaganda soviética? Saiba mais neste artigo!

Stranger Things: conheça a Eleven russa, da vida real

Se você acompanha a famosa série Stranger Things, produção original da Netflix, certamente já viu as habilidades psíquicas da personagem Eleven (Millie Bobby Brown). A Psicocinese , capacidade de manipular objetos com a mente, é um poder notório da personagem que é protagonista do show. Mas, e se existisse uma Eleven da vida real?

Na verdade, ela existiu e por muitos anos desafiou a ciência. Seu nome é Nina Kulagina, mais conhecida como Nina.

Quem é Nina Kulagina?

Nina Kulagina foi operadora de rádio na Rússia, durante os últimos estágios da Segunda Guerra Mundial, se aposentou do campo de batalha e começou uma família.

Foi neste ponto que ela começou a exibir poderes psíquicos. Com efeito, da década de 1960 até sua morte em 1990, Kulagina tornou-se conhecida por suas muitas habilidades paranormais.

A Eleven da vida real tinha apenas 14 anos quando os nazistas começaram o cerco de Leningrado. Assim como muitas crianças de Leningrado, ela teve que se tornar uma combatente e, junto com seu pai, irmão e irmã, ingressou no Exército Vermelho e foi enviada para o meio da ação.

As condições durante o cerco de 900 dias foram terríveis. A temperatura do inverno às vezes chegava a quarenta graus abaixo de zero, as rações de pão eram cerca de 100g por dia, a água e a eletricidade foram cortadas e a cidade foi devastada por bombas e fogo de artilharia.

Nina serviu na linha de frente do tanque T-34 como operadora de rádio e se destacou o suficiente para se tornar sargento sênior. Mas a luta chegou ao fim para ela quando ela foi gravemente ferida por fogo de artilharia. Felizmente, ela conseguiu se recuperar e depois se estabeleceu, se casou e teve um filho.

Poderes da mente

A Eleven da vida real, assim como a personagem de Stranger Things, podia mover objetos sem tocá-los. Assim que a notícia se espalhou, um grupo de especialistas soviéticos a submeteu a uma enxurrada de testes e experimentos.

Aliás, ela se tornou um dos casos mais conhecidos da era da Guerra Fria. Você ainda pode ver gravações em preto e branco de Kulagina separando gemas de claras de ovos e movendo palitos de fósforo com sua mente.

De acordo com Kulagina, seus poderes eram mais intensos quando ela estava com raiva. Após essas exibições, ela se queixou de exaustão, dor nas costas e dor nos olhos.

Com o passar do tempo, mais pessoas começaram a conhecer o fantástico dom desta simples dona de casa. Além disso, os enigmáticos vídeos em preto e branco, supostamente feitos sob condições controladas pelas autoridades soviéticas; foram observados de perto por mais de quarenta cientistas, incluindo dois ganhadores do Prêmio Nobel.

Todos examinaram Nina, e cada um deles confirmou que suas habilidades telecinéticas eram realmente genuínas.

Demonstrações de psicocinese de Nina Kulagina

Em março de 1970, Nina testou seus poderes num experimento científico bizarro, ou seja, no coração de uma criatura real. Curiosos se seu poder psíquico poderia afetar células, tecidos e órgãos, os soviéticos colocaram o coração de um sapo em um tanque cheio de solução salina.

Usando uma pequena quantidade de corrente elétrica, o coração foi mantido batendo. Neste ponto, perguntaram a Nina se ela poderia mudar o ritmo dos batimentos cardíacos.

Surpreendentemente, ela primeiro conseguiu fazer o coração bater mais rápido, depois mais devagar e, finalmente, conseguiu fazer o coração parar completamente. Isso foi um grande choque para todos, e os soviéticos se perguntaram se essa habilidade peculiar poderia ser usada em seres humanos.

Poderia, em essência, ser uma das maiores armas contra um ataque inimigo? Felizmente, Nina admitiu que suas habilidades não podiam penetrar na composição celular dos humanos, cansando-a muito. Portanto, parecia que os corações dos inimigos em potencial estariam seguros.

Resposta norte-americana

Oito anos depois, em resposta às fitas de Kulagina, os EUA iniciaram uma avaliação conjunta de inteligência para estudar o que eles estavam chamando de “ameaça psicoenergética soviética”.

Em suma, o relatório resultante, publicado após dois anos de pesquisa, determinou que os soviéticos estavam desenvolvendo “métodos de controle ou manipulação do comportamento humano; através de meios sutis e não identificáveis”.

Em 1978, a CIA iniciou seu programa Stargate, um programa psíquico dedicado em particular ao cultivo de capacidades de “visão remota”. Isso significava usar o poder psíquico para “ver” lugares distantes. No entanto, o programa chegou ao fim em 1955 durante o governo Clinton.

O que aconteceu com a Eleven da vida real?

Até o final de sua vida, Kulagina esteve sob suspeitas, de mágicos e outros céticos, de manipular seus feitos supostamente psíquicos. Ela foi acusada de fraude pelo jornal russo Pravda, o qual ela processou por difamação em 1987 e obteve uma vitória parcial.

Mas sua exposição não mudou a busca soviética e mesmo pós-soviética de uma vantagem psíquica. No final, Nina afirmou que perdeu suas habilidades devido a tempestades. Ela disse que os fenômenos elétricos do clima afetaram essa habilidade aparentemente extraordinária.

Por fim, Nina Kulagina morreu em 1990, aos 64 anos, vítima de um infarto fulminante. Até hoje, muitos acreditam que ela faleceu por causa do esgotamento físico causado por seus poderes paranormais.

Fontes: Darkside, Exame

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