10 fatos chocantes sobre a “Mulher da casa abandonada”

Nas últimas semanas, o podcast ‘A Mulher da casa abandonada’ tornou-se viral nas redes sociais, confira dez fatos por trás dessa história.

“A Mulher da Casa Abandonada” é um dos podcasts atuais que viralizou nas redes sociais recentemente. O programa é do jornal Folha de S. Paulo e a cada novo episódio, milhares de pessoas se reúnem virtualmente para ouvir. Aliás, o podcast é apresentado pelo repórter Chico Felitti. Em suma, a história relata um caso real que foi investigado pelo FBI, nos Estados Unidos da América (EUA). Vamos conferir os principais fatos sobre “A Mulher da Casa Abandonada” neste artigo.

10 fatos chocantes sobre a “Mulher da casa abandonada”

1. Quem é Margarida Bonetti

Nas últimas semanas, a história de Margarida Bonetti se popularizou na internet. Aquela que se pensava ser uma mulher maluca e pobre, é afinal uma pessoa procurada pelo FBI, responsável por um crime hediondo que ocorreu há mais de duas décadas.

Assim, o podcast conta sobre a vida de uma empregada doméstica que viveu por 20 anos como uma escrava no país norte-americano. Ela trabalha na residência do casal Margarida e Renê Bonetti. No entanto, a personagem principal era brasileira, ou seja, a famosa “mulher da casa abandonada”.

2. A casa abandonada de Higienópolis

O podcast descreve a mulher como um ponto de destaque em meio a um bairro nobre de São Paulo, pois se veste mal, anda pelos ambientes com uma pomada branca cobrindo o rosto e vive em condições precárias.

Além de se empenhar em salvar as árvores do bairro de podas e derrubadas por parte dos funcionários da Prefeitura, “Mari” como se apresenta na vizinhança também tem o costume de jogar baldes e sacolas plásticas com excrementos pelas janelas, o que causa mau cheiro e incomoda os vizinhos.

3. Passado tenebroso

Segundo Felitti, que investigou o caso e entrevistou a moradora do casarão, ela está foragida do FBI há mais de duas décadas, por ter mantido uma mulher em condições análogas a escravidão nos Estados Unidos.

Conforme o podcast, a mulher não recebia salário e ainda sofria agressões de seus patrões. Todo esse sofrimento só chegou ao fim quando uma vizinha resolveu ajudar a mulher a fugir do local e procurar por ajuda. Cada novo episódio de “A Mulher da Casa Abandonada” revela um pedacinho desse caso chocante e real.

4. A empregada escravizada

Ao longo dos episódios descobre-se que a mulher e seu marido, Renê Bonetti, ambos da alta sociedade paulistana, se mudaram para os Estados Unidos no final dos anos 1970; por conta do trabalho de Renê, que era engenheiro e prestava serviços à Nasa naquele momento.

Contudo, quando o casal se mudou para outro país, levou com eles uma mulher para ser sua empregada doméstica, Dona Hilda. Depois de duas décadas presa em um porão, sem receber salário ou qualquer tipo de assistência, Hilda vivia em um regime de escravidão na casa dos Bonetti.

5. Crime hediondo

Os empregadores estabeleceram uma relação de domínio total sobre a funcionária, que não recebia pagamento pelo seu serviço, sem direito a folgas e férias e sendo vítima constante de agressões e humilhações.

Aliás, em dois episódios de agressões, a empregada sofreu lesões graves, tendo quebrado alguns ossos e fraturado outras partes do corpo. Mesmo assim, Margarida e Renê a impediram de buscar atendimento médico.

O pesadelo finalmente chegou ao fim quando a mulher aproveitou a viagem de férias dos patrões para fugir da casa onde era confinada. Ela pediu ajuda a uma vizinha, que a abrigou e denunciou o crime às autoridades. De acordo com o podcast, o episódio aconteceu no início dos anos 2000.

6. Foragida do FBI

Mais tarde, o FBI assumiu a investigaçãodo caso. Como Renê era naturalizado americano, foi indiciado pelas violações trabalhistas e torturas contra a doméstica e acabou condenado a seis anos de prisão. Em contrapartida, Margarida conseguiu fugir para o Brasil durante as investigações.

Se aproveitando da situação na qual o Brasil, por lei, não expatria seus cidadãos para serem julgados em outros países, a mulher nunca respondeu à Justiça americana e decidiu ficar reclusa na mansão que era de seus pais em Higienópolis.

7. Reabertura do caso

O crime poderia ter prescrito em 2012, contudo a Corte Interamericana de Direitos Humanos ainda analisa se a escravidão contemporânea é um crime; cuja pena pode-se aplicar enquanto o criminoso estiver vivo.

Além disso, a Polícia Civil de São Paulo pediu autorização da Justiça para ter acesso ao local, já que o caso voltou à tona.

8. Cachorros em condições de maus tratos na casa abandonada

Após a repercussão do caso, diversas pessoas foram ver a casa de perto. Aliás, a ONG da Luisa Mell foi até a casa abandonada resgatar duas cadelas que estavam na casa em condições insalubres.

De acordo com o UOL, o delegado Bruno Lima, que entrou na residência junto com profissionais do instituto, a Vigilância Sanitária e o Controle de Zoonoses, alegou que o local tem risco potencial para propagar doenças e bactérias perigosas.

9. Foragida novamente?

Atualmente não há notícias de onde se encontra Margarida Bonetti. Segundo a irmã da mulher da casa abandonada, Rosa Vicente Azevedo, “Margarida não se encontra mais na residência, pois está temerosa pela sua vida e integridade física”, relatou.

10. Podcast ‘A Mulher da Casa Abandonada’

Por fim, para ouvir o podcast da Folha de S. Paulo, basta acessar as principais plataformas de streaming, como Spotify, Apple Podcasts e Deezer.  O jornal divulga um novo episódio todas às quartas-feiras às 7h. Aliás, a última parte da história está prevista para ser lançada no próximo dia 20 de julho.

Gostou de conferir esses fatos sobre a ‘Mulher da Casa Abandonada’? Então, leia também: Os 5 melhores podcasts de negócios do Brasil

Fontes: Metrópoles, Uol, Ne10, Canaltech

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