Fauno, do latim Faunus ou ainda Fatuus, é um personagem da mitologia romana. O nome provém de destino ou profeta. Visto como rei Lácio, tornou-se um deus. Devido à interferências religiosas, algumas histórias se misturam ao mito original, uma vez que em Roma tinham figuras com o mesmo nome.
Acima de tudo, Fauno é o deus protetor de rebanhos e pastores, sendo identificado por interferência helênica como deus Pã. Basicamente, ele tem cabeça de homem e corpo de bode, usa pele de cabra e uma coroa de folhas. Ele também carrega um vaso em forma de chifre, representando a fertilidade. Com isso, há algumas versões de Fauno com chifres sobre a cabeça.
Ainda assim, a sua mitologia é confundida com demais deuses, como por exemplo o semi-deus Silvano, que possuía as mesmas características e vivia na floresta. Além disso, seu nome possui várias formas de interpretação.
Por fim, também existe uma possível representação de um marinheiro que foi apaixonado por Safo, poetisa grega. Neste último, a lenda diz que teria uma intervenção de Afrodite, que lhe concedeu beleza e sedução.
Outras associações a Fauno
Ademais, pela mistura de mitos e culturas, Fauno é associado à outros reis e deuses e também ganhou outras representações. Contudo, o nome foi associado ao rei Evandro, inicialmente em Arcádio, que depois passou a ser Roma.
Nesse caso, Evandro, que significa em grego “homem bom”, fixou a transição dos Arcádios ao Palatino, conforme descreve a lenda do deus arcádio Pã.
Além disso, outro termo era Fatuus que significa destino ou profeta no templo Lupercal. Os Lupercos eram procurados por aqueles que buscavam fertilidade aos seus rebanhos. Contudo, há outra representações artísticas sobre Fauno e uma delas diz respeito a escultura.
Retratando a imagem mais humana e amenizando os traços animais, Praxíteles, escultor da Grécia Antiga, pode ter sido o primeiro a registrá-lo. Na literatura, no entanto, a mitologia de Fauno chegou à arte barrosa e renascentista com formas diferentes.
Descendência
Baseando na origem latina, Faunos significa “favorável” e descrito com uma parte humana, porém como bode na parte inferior do corpo. Diante dessa representação, chifres de bode também são retratados na mitologia latina e também descrito como gênio dos bosques.
Já a sua descendência tem algumas versões. Enquanto por um lado eram descendentes de Fauno e sua esposa Fauna (Bona Dea), por outro, os romanos diziam que eram parte do cortejo de Dionísio na mitologia grega, identificando-os como sátiros.
Apesar das características entre faunos e sátiros a arte romana e a clássica europeia reportaram ambos como sinônimos. Enquanto os sátiros tinham caudas, orelhas de asno e parte humana, os faunos não tinham o mesmo comportamento.
Em alguns mitos o Fauno foi descrito como filho de Circe, considerada deusa da Lua Nova, e de Júpiter, identificado como deus grego Zeus. Contudo, em outras lendas consta que era neto de Saturno, deus romano, e filho do rei Pico. Outra versão conta que ele era descendente de Marte, deus guardião da agricultura.
Ainda assim, mitologia diz que Fauno se casou e teve um filho, Latino, rei dos Latinos. Em contrapartida, há a história de que ele era esposo ou pai de Fauna (Bona Dea). Porém, não há relatos de essa seja a única verdade. Por fim, há características diferentes que traduzem os faunos ( do latim fauni) que também está na mitologia grega.
Culto de Fauno
Novamente ligado aos lupercos, o culto de Fauno era representado por jovens que corriam seminus, mas apenas cobertos com peles de cabra. Com isso, os jovens açoitavam as mulheres, pois essa atitude era vista como forma de conceder fecundidade.
Apesar disso, dois festivais foram destinados ao deus: os Lupercais e a Faunália. Assim, Fauno Lupércio, como ficou conhecido, era celebrado por ser protetor. O primeiro festival era comemorado no dia 15 de fevereiro, mesma data da criação do templo Lupercal. Nessa celebração as pessoas pediam proteção ao rebanhos e purificação.
Já o segundo festival era realizado no dia 5 de dezembro com comemorações semelhantes aos lupercos. O culta era uma forma de agradecer pelo bem que Fauno fez ao seu povo. Outro fato é que ele fazia previsões para o futuro através de sonhos e isso fazia com que as pessoas dormissem no seu templo sobre as peles.
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Fontes: Brasil Escola Mitologia e Lendas Infopédia O Erro do Mundo
Imagens: Animo Imagem Web Mitologia Grega BR O Erro do Mundo