Fogos de artifício – por que há tanta polêmica em seu uso?

O uso de fogos de artifício sempre causa polêmica, principalmente em época de final de ano quando ele é mais utilizado. Mas qual é o motivo de tanta falação?

Certamente, alguma vez na sua vida você já assistiu a uma queima de fogos. Principalmente, no ano novo. Todas aquelas luzes explodindo no céu causam certo encantamento. E também, danos. Por isso, entra ano e sai ano e a polêmica quanto ao uso desse artifício continua em pauta. Mas quais são os problemas que eles causam?

O uso de fogos de artifício é antigo. Há registros de seu uso no final do século XIV, na Europa. A princípio, eles foram levados pelos árabes até a Itália. Sobretudo, seu uso era para festividades de caráter cívico e religioso. Mas, posteriormente, também foram utilizados para outros fins. Desde então, se tem registros de seu uso.

Estrelas pirotécnicas

Fogos de artifício - por que há tanta polêmica em seu uso?
Fonte: vuelopharma

Também chamados de estrelas pirotécnicas, os fogos de artifício são nada mais do que uma mistura química. A princípio, a explosão de estrelas acontece graças a pólvora que é misturada a combustível, oxidante, pó metálico e aglutinante.

Nesse processo, o pó metálico recebe muita energia em seus elétrons que só conseguem voltar ao seu estado normal se convertendo em luz. Por isso, os fogos de artifício são manipulados através desse pó químico. Pois ele existe em coloração e formatos diferentes.

Por exemplo, para produzir fogos da cor laranja você deve usar cloreto de cálcio. Para conseguir o azul, cloreto de cobre. Branco e prateado, titânio, alumínio, magnésio e berílio. E assim por diante.

A polêmica dos fogos de artifício

Fogos de artifício - por que há tanta polêmica em seu uso?
Fonte: ornithos

No Brasil, eles são bem populares já que o país é o segundo maior produtor de fogos de artifício. Contudo, é também aqui que se tem um grande registro de acidentes causados pelo seu uso. Visto que, segundo um levantamento do Ministério da Saúde, houveram 7 mil casos de acidentados entre 2007 e 2017. A saber, foram 70% queimaduras, 20% lesões com lacerações e cortes e 10% amputações de membros superiores.

Acima de tudo, se a queima de fogos não for feita por alguém que saiba manusear e em um local seguro, acidentes podem acontecer.

No entanto, não é só quem está perto da queima dos artifícios que pode ser prejudicado. Pessoas com o Transtorno do Espectro Autista podem ficar extremamente perturbadas. Existem casos de quem tem acesso epilético ou ataque cardíaco, principalmente em quem está em leitos de hospitais.

Ao mesmo tempo, a queima dos componentes químicos presentes nos fogos prejudicam o meio ambiente. Segundo um estudo realizado na Índia, após a queima há um aumento de até 7,16% de poluentes na atmosfera. Um deles é o ozônio.

A questão animal

Fogos de artifício - por que há tanta polêmica em seu uso?
Fonte: onacional

Contudo, talvez os mais prejudicados sejam os animais. Sobretudo, os animais silvestres. Mesmo que não há como medir o dano real que o barulho dos fogos causam a eles, já se é sabido de algumas consequências. Muitos animais abandonam seus ninhos, tem acesso epilético e aceleramento cardíaco durante a queimada. Com toda a certeza, isso prejudica o meio ambiente como um todo.

Além disso, existe os danos causados a animais domésticos. Cachorros que tem diarreia, salivam muito ou ficam desesperados durante o barulho. Outros, chegam a enfartar e a vir a óbito.

Em alguns estados do Brasil o uso de fogos de artifício barulhentos já é proibido. No entanto, mesmo que já se tenha alertado sobre os danos, eles ainda são muito utilizados e seus malefícios causados são incontáveis.

Sobretudo, se você tem algum pet não o deixe sozinho ou trancado em dias que terão queima de fogos. E só assista a queimada feita por profissionais e em locais seguros.

Se você gostou dessa matéria, talvez também queira ler: Como proteger seu cão do medo de fogos de artifício.

Fonte: MegaCurioso Ecycle

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