Horário de verão pode realmente causar infarto?

Embora ainda seja cedo para afirmar que a mudança no horário de verão cause infarto, médico alerta para a necessidade de manter rotina de sono.

Não tem choro nem vela: o horário de verão de 2018 tem início no dia 4 de novembro e será válido para os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

Para quem não gosta da mudança no horário, a novidade esse ano é que o horário de verão contará com duas semanas a menos que em 2017. Ano passado, para quem não se lembra (e nos demais anos anteriores), o horário de verão teve início no terceiro domingo de outubro.

A mudança se deve a um pedido feito pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (SE), o ministro Gilmar Mendes, que solicitou que os ponteiros dos relógio fossem ajustados apenas após o segundo turno das eleições de 2018, a fim de evitar transtornos com os horários das votações no país e atrasos nas apurações dos votos.

Afinal, horário de verão pode causar infarto?

Seja como for, a verdade é que, embora uma minoria goste ou não se importe com o fato dos relógios serem adiantados em uma hora durante o Verão; o mais comum é encontrar por aí pessoas que abominam essa alteração.

E, como você já conferiu nessa outra matéria (clique para conferir), quem não gosta tem motivos concretos para isso, já que as consequências dessa alteração são reais em nosso organismo.

Aliás, segundo a medicina, a dificuldade de adaptação ao horário de verão pode causar mudanças comportamentais, bioendócrinas e até de ativação do sistema cardiovascular no curto prazo.

E, para os “haters de plantão” desse novo horário, existe até mesmo a possibilidade de que a mudança drástica no estilo de vida, causada pelo horário de verão, possa causar até mesmo mais acidentes cardiovasculares, como o temido infarto. Ou mais ou menos isso.

Acidentes cardiovasculares x alterações no sono

Em entrevista ao site Sputnik Brasil, o cardiologista Evandro Tinoco – diretor clínico do Hospital Pró-Cardíaco do Rio de Janeiro e professor da Faculdade de Medicina da UFF -, explicou que os estudos sobre o assunto ainda estão sendo iniciados e gera muita controvérsia, já que existe uma grande complexidade na observação dessa reação em diferentes populações afetadas pela alteração de horário.

No entanto, segundo ele, dependendo da intensidade da privação do sono e dos efeitos da luminosidade, além do tipo de atividade de uma população; é possível que haja consequências para o sistema cardiovascular.

Segundo o especialista, apesar da mudança proporcionada pelo horário de verão ter potencial para ser um fator de risco, ainda é cedo para alegar uma causalidade entre esse evento e o risco de infarto.

“Posso dizer a vocês que ainda não temos dados definitivos. Um sujeito ficar muitas horas sem dormir faz mal para o sistema cardiovascular e cardiometabólico. Estamos começando a entender isso como um fator de risco”, acrescentou ele.

Todo cuidado é pouco

De toda forma, o médico ressalta que todo cuidado é válido com a saúde. Além de manter os exames em dia para saber como anda seu organismo, e não só o sistema cardiovascular; tentar manter o período de sono habitual, mesmo durante o horário de verão, é muito importante para a recuperação do corpo.

Ir se deitar mais cedo e preservar a baixa luminosidade no quarto, por exemplo, são algumas medidas que podem ajudar você a manter o tempo e a qualidade do sono em dia, mesmo durante essa alteração no relógio, que permanece vigente até o dia 17 de fevereiro de 2019.

E então você sente muitas mudanças no corpo durante o horário de verão? Você sofre com a mudança ou conhece quem sofra? Não deixe de comentar!

Agora, falando em alterações no sono, você precisa conferir ainda: 7 problemas graves que dormir pouco pode trazer à saúde.

Fontes: O Povo, Piranot, Sputnik Brasil

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