Os livros de Agatha Christie ficaram populares no início do século XX e, com o passar das décadas, tornaram-se verdadeiros clássicos da literatura internacional. Especialmente na figura de Hercule Poirot, personagem que aparece em 33 de suas 93 obras, a autora ganhou destaque na ficção policial.
Com 93 livros e 17 peças teatrais, Agatha Christie foi a maior escritora policial de todos os tempos. Além disso, suas obras ganharam uma série de adaptações para outras mídias, como TV e cinema.
Seu principal personagem, Hercule Poirot, também chega a fazer participações em obras de outros autores, assim como acontece com outro detetive famoso da cultura pop: Sherlock Holmes.
História de Agatha Christie
Agatha Mary Clarissa Miller nasceu em Torquay, condado de Devonshiri, Inglaterra, no dia 15 de setembro de 1890. Filha de mãe inglesa e pai americano, a garota cresceu numa família rica, com acesso a vários professores particulares ao longo da vida.
Desde cedo, já teve uma educação formal e investia boa parte do seu tempo de lazer escrevendo poemas e contos.
Em 1912, aos 22 anos, Agatha conheceu um piloto e coronel do Corpo Real de Aviadores, com quem se casou dois anos depois. É do casamento, então, que ela recebe o sobrenome pelo qual ficou popular.
O início da carreira com livros só começou em 1917, quando a irmão de Agatha Christie, Madge, propôs um desafio. Ela pediu que a irmã criasse uma história policial em que o leitor não fosse capaz de descobrir a identidade do assassino antes do fim da trama.
Foi assim, portanto, que Agatha Christie escreveu “O Misterioso Caso de Styles”, que só chegou às livrarias em 1920.
Livros e carreira
Ainda que já fizesse parte dos livros de Agatha Chrisite, o personagem Hercule Poirot só ganhou mais destaque a partir de 1926, com a publicação de “O Assassinato de Roger Ackroyd”.
Em 1930, já divorciada e reconhecida pelo seu trabalho, casou-se novamente. O novo relacionamento com o arqueólogo Max Mallowan inspirou Agatha Christie a escrever novos livros inspirados nas viagens ao oriente, como “Assassinato no Expresso do Oriente” (1934), “Morte na Mesopotâmia” (1936), “Morte no Nilo” (1937) e “Aventura em Bagdá” (1951).
Além do detetive Hercule Poirot, que aparece em 33 livros, outros personagens também são recorrentes. A curiosa Miss Jane Marple, por exemplo, fez sua estreia em “Assassinato na Casa do Pastor” (1930) e retornou em outras outras.
Para além dos livros, Agatha Christie também escreveu 17 peças de teatro. A mais popular delas, “A Ratoeira” (1951), teve mais de 13 mil encenações somente da Inglaterra.
Agatha Christie morreu em 12 de janeiro de 1976, de pneumonia, na Inglaterra.
Os 10 melhores livros de Agatha Christie
Cai o pano – O último caso de Poirot (1975)
Ainda que tenha sido um dos últimos livros de Aghata Christie (e último trazendo Hercule Poirot), Cai o pano merece destaque entre as obras. Já experiente, o detetive retorna à missão de seu primeiro caso para buscar um novo assassino.
Os cinco porquinhos (1942)
Os cinco porquinhos apresenta a morte do famoso pintor Amyas Crale, que ocorreu 16 anos antes da investigação do livro. A partir daí, o leitor mergulha num triângulo amoroso repleto de tensões. Um dos principais destaques da obra é o desenvolvimento do aspecto psicológico dos personagens, algo menos comum em outros livros de Agatha Christie.
Morte na praia (1941)
No livro, Hercule Poirot interrompe suas férias logo após um assassinato. Sendo assim, o detetive passa a lidar com uma série de álibis e motivos que guiam o leitor entre personagens e suspeitas de motivação do crime.
Testemunha ocular do crime (1957)
Esse é um dos livros de Agatha Christie que traz investigações da simpática Miss Marple. Logo após uma passageira de primeira classe de um trem, Elspeth McGillicuddy, testemunhar um crime, a detetive investiga o caso, que não conta com a crença de mais ninguém.
Convite para um homicídio (1950)
A história tem início com um curioso convite no jornal: presenciar um homicídio dentro da casa de Letty Blacklock. A maioria dos vizinhos acredita que o convite é uma brincadeira e vai ao local mesmo assim, mas o crime realmente ocorre. A partir daí então, Miss Marple passa a investigar o caso para ajudar a polícia.
Os crimes ABC (1936)
Hercule Poirot precisa desvendar a identidade de um assassino misterioso que se identifica somente pelas letras ABC. A princípio, os crimes parecem aleatórios, mas seguem uma regra simples: ocorrem seguindo a ordem alfabética dos nomes das vítimas e das cidades locais.
Morte no Nilo (1937)
Outro dos livros de Agatha Christie que traz um popular caso de Hercule Poirot. Aqui, o detetive precisa desvendar o assassinato da jovem herdeira Linnet Ridgeway, durante sua lua de mel. Em meio a investigação, o detetive descobre uma série de interesses na fortuna da vítima, o que enriquece a complexidade do mistério.
O assassinato de Roger Ackroyd (1926)
Quando Roger Ackroyhd é encontrado mordo dentro de casa, Hercule Poirot faz uma pausa na aposentadoria para investigar o caso e sua relação com outros dois crimes. A obra tem narração em primeira pessoa e é um dos livros mais engenhosos de Agatha Christie.
Assassinato no Expresso do Oriente (1934)
A história se passa dentro um trem que precisa fazer uma pausa no meio da viagem, quando um assassinato ocorre. A partir daí, então, o detetive Poirot passa a investigar os passageiros a fim de descobrir o responsável pelo crime.
E não sobrou nenhum (1939)
O melhor dos livros de Agatha Christie conta um romance policial que lidera as vendas ao longo da história: são mais de 100 milhões de cópias vendidas no mundo inteiro. A história trata de dez suspeitos que encontram-se em uma ilha onde crimes ocorrem, mas não há detetives investigando os casos.