Mitos sobre vacinas – Principais fake news sobre os imunizantes

Vacinas ajudam estimular o sistema imunológico do corpo para combater doenças, mas ultimamente elas têm sido alvo de dúvidas e desinformação.

Mitos sobre vacinas: confira as principais fake news sobre os imunizantes

O tema das vacinas sempre geraram muitos debates. Porém, o que antes era uma maravilha da tecnologia moderna, que salvava vidas por meio da criação de anticorpos, agora é ocasionalmente visto com dúvidas. Dessa forma, os mitos sobre vacinas levam muita gente a não se imunizar devido a desconfiança sobre sua eficácia.

Mas antes de tudo, é importante saber o que são vacinas. As vacinas são um meio eficaz de prevenir doenças potencialmente fatais, aumentando a resposta imunológica natural do corpo a doenças causadas por vírus e bactérias. Existem muitos tipos diferentes de imunizantes, mas a intenção é sempre a mesma: treinar o corpo para lidar com um potencial futuro invasor, como bactérias ou vírus estranhos e perigosos.

As vacinas usam vírus ou bactérias enfraquecidos ou mesmo mortos. Eles acionam nossos corpos para criar anticorpos para destruí-los. Dessa forma, se algum dia formos expostos ao invasor, nosso corpo já terá os anticorpos necessários para combatê-los antes que fiquemos doentes.

Como resultado, os programas de vacinas em todo o mundo melhoraram a saúde geral da população, reduzindo a transmissão de doenças e a mortalidade infantil.

Embora as vacinas tenham se mostrado seguras e eficazes com base em evidências científicas sólidas, vários mitos e fake news se espalharam, mantendo as vacinas no centro de discussões e controvérsias. Além disso, essa disseminação de mitos e conspirações pode ser mortal quando se trata de saúde.

Movimento Antivacinas

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Com a crescente queda das taxas de vacinação em muitas partes do mundo, ocorreu o aumento de doenças perigosas e evitáveis como o sarampo, por exemplo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as infecções de sarampo aumentaram 30% em todo o mundo desde 2016. Por conseguinte, a OMS classificou a ‘hesitação vacinal’ (relutância em vacinar) como uma das 10 principais ameaças à saúde global, sendo incentivada por movimentos que disseminam conteúdos com informações falsas sobre a eficácia das vacinas.

Principais mitos sobre as vacinas

Confira abaixo os principais mitos e verdades sobre a segurança e necessidade da vacinação como uma importante intervenção de saúde:

1. Vacinas causam autismo

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O mito de uma possível ligação entre a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) e o autismo surgiu de um estudo de 1998 por Andrew Wakefield publicado no The Lancet. Posteriormente, este estudo foi considerado defeituoso e fraudulento.

2. As vacinas são tóxicas

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Esse mito ganhou fama devido ao tiomersal, que é um composto orgânico contendo mercúrio adicionado a algumas vacinas como conservante. Os conservantes são importantes porque inibem o crescimento de agentes bacterianos e fúngicos. O mercúrio, como o tiomersal, é usado em quantidades muito pequenas e é decomposto rapidamente pelo corpo. É seguro e não há evidências de que a quantidade de tiomersal utilizada seja prejudicial à saúde.

3. As vacinas não são necessárias

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Elas são. A realidade é que a imunização é extremamente segura, com baixíssimo risco de complicações graves ou reações alérgicas. As alegações incorretas sobre a segurança da vacinação e os efeitos colaterais não são científicas e são falsas.

A poliomielite é um dos inúmeros exemplos que confirmam a eficácia das vacinas. Desde que a Iniciativa de Erradicação da Pólio foi lançada em 1988, 10 bilhões de doses da vacina foram enviadas a mais de 100 países para imunizar crianças. Por causa da vacina oral contra a poliomielite, cinco milhões de crianças, que poderiam ter ficado paralisadas pela doença, estão saudáveis.

4. As vacinas podem deixar você doente ou causar a doença que dizem prevenir

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Como lido acima, as vacinas estimulam o sistema imunológico da mesma forma que a infecção, mas sem nos deixar doentes. Além disso, os efeitos colaterais são geralmente menores, como vermelhidão no local da injeção e febre leve ou erupção na pele. Já, os efeitos adversos graves são raros. A maioria das vacinas contém vírus ‘inativados’ ou mortos, ou seja, elas são feitas de microorganismos vivos que sofreram alterações para que não causem doenças.

5. A maioria das doenças não é grave

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Todas as doenças contra as quais as crianças são vacinadas são graves e podem causar doenças graves, complicações e até mesmo a morte.

6. Você está seguro se os demais forem imunizados

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Quando a maioria da população de uma comunidade está imunizada contra uma doença contagiosa, a chance de um surto é reduzida. No entanto, se um número suficiente de pessoas depender da imunidade coletiva para prevenir a infecção de doenças evitáveis ​​por vacinas e as taxas de vacinação caírem, a imunidade coletiva logo desaparecerá.

7. Vacinas enfraquecem o sistema imunológico

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O que acontece é exatamente o contrário. Cada dose permite que o corpo ofereça uma resposta imunológica e crie anticorpos para que o corpo possa lutar contra uma infecção real se ela aparecer. Por isso, as crianças recebem várias vacinas de uma vez para fornecer o máximo de anticorpos e proteção  o mais cedo possível.

8. Somente crianças devem ser imunizadas

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Existem inúmeras vacinas que podem ajudar a manter saudáveis ​​tanto crianças como adultos e idosos. O exemplo mais comum é a vacina contra a gripe, que é aplicada anualmente. A recomendação é que todas as pessoas, independente da idade, mantenham a carteira de vacinação em dia, para prevenir doenças.

9. Mulheres grávidas ou amamentando não podem tomar vacinas

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Esse mito tem um pouco de verdade. Para esclarecer, algumas vacinas como o imunizante contra varicela (catapora) não são recomendadas para gestantes. Por outro lado, a vacina inativada contra a gripe é segura e até recomendada para mulheres grávidas, pois durante a gravidez, o sistema imunológico das mulheres fica comprometido, tornando-as mais suscetíveis a infecções. Além disso, a injeção auxilia na produção de anticorpos da mãe, protegendo o bebê durante os primeiros seis meses de vida.

10. As vacinas não são necessárias se uma doença foi erradicada ou não está atingindo a comunidade local

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A única doença infecciosa humana erradicada no mundo todo é a varíola, segundo a Organização Mundial da Saúde. Desse modo, ainda hoje existem surtos de doenças como covid-19, sarampo, caxumba e coqueluche.

Outros fatos sobre a importância da imunização

Mitos sobre vacinas: confira as principais fake news sobre os imunizantes
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  • Em primeiro lugar, a vacinação é uma das intervenções de saúde pública mais bem-sucedidas e econômicas e, atualmente, previne 2 a 3 milhões de mortes por ano.
  • Em segundo lugar, todas as vacinas são rigorosamente testadas antes de serem aprovadas para uso, bem como reavaliadas regularmente e monitoradas constantemente para efeitos colaterais.
  • Se interrompermos a vacinação, doenças como difteria, sarampo, caxumba e poliomielite podem retornar e matar pessoas.
  • Por fim, as vacinas são importantes ao longo da vida, com diferentes imunizantes recomendados durante a infância, adolescência e idade adulta.

Quer se manter informado sobre o tema? Então, leia mais no próximo artigo: Doenças virais – Riscos, sintomas, tratamentos e principais doenças

Fontes: Ministério da Saúde, Uol, Prefeitura de Curitiba

Fotos: Pexels

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