O que os formatos das fezes revelam sobre a nossa saúde?

Bolinhas secas, linguiça com ranhuras ou uma cobrinha lisa? Saiba os formatos das fezes no vaso sanitário indicam sobre sua saúde.

O que os formatos das fezes revelam sobre a nossa saúde?

Você sabia que tem ciência no cocô? Pois é, as fezes são uma parte importante do nosso corpo e podem fornecer informações sobre a nossa saúde. A cor, a textura e o formato das fezes podem indicar possíveis problemas de saúde que precisam ser investigados.

Uma das coisas mais interessantes a se observar é a cor das fezes. As fezes saudáveis têm uma cor marrom escura, que é causada pela presença de bilirrubina, um pigmento produzido pelo fígado. Fezes vermelhas ou pretas podem indicar sangramento no trato gastrointestinal e devem ser investigadas imediatamente. Fezes amarelas ou esbranquiçadas podem ser um sinal de doença hepática ou obstrução biliar.

Outra coisa importante a se observar é a textura e o formato das fezes. Fezes duras e secas podem indicar constipação, enquanto moles ou aquosas podem ser um sinal de diarreia ou infecção gastrointestinal. Fezes muito finas ou em forma de lápis podem ser um sinal de estreitamento do cólon, o que pode ser um sintoma de câncer.

Por causa da importância da consistência das fezes, foi criada a Escala de Bristol, que tem a finalidade de apresentar possíveis causas para cada tipo de consistência. A escala consiste em sete tipos de fezes, que vão desde as duras e separadas até as líquidas.

O que os formatos das fezes indicam sobre nossa saúde?

Em geral, as fezes devem ser formadas e ter uma consistência macia. Qualquer alteração significativa no formato ou consistência das fezes pode ser um sinal de que algo não está certo com sua saúde digestiva ou geral. Se você tiver dúvidas ou preocupações sobre suas fezes, é sempre melhor consultar um médico para obter orientação e tratamento adequados.

Conheça, a seguir, a Escala Bristol de classificação das fezes:

Tipo 1

As fezes do Tipo 1 na Escala de Bristol são descritas como fezes duras e separadas, que podem indicar constipação crônica. Isso significa que o paciente tem dificuldade para evacuar, passando dias sem conseguir defecar ou sentindo dor ao fazê-lo.

São caracterizadas por serem secas e difíceis de passar pelo canal anal, muitas vezes requerem muito esforço e podem causar hemorroidas ou fissuras anais. Além disso, a constipação crônica pode levar a outros problemas de saúde, como cólicas, inchaço abdominal, flatulência e mau hálito.

As causas da constipação crônica podem variar, desde uma dieta pobre em fibras e líquidos até o uso de medicamentos que afetam o trato gastrointestinal. O estilo de vida também pode desempenhar um papel importante, como a falta de exercício físico regular ou a procrastinação em ir ao banheiro quando se tem vontade.

Para tratar as fezes tipo 1, é importante adotar hábitos saudáveis, como beber bastante água, aumentar a ingestão de fibras e praticar exercícios físicos regularmente. Além disso, é importante seguir uma rotina regular de evacuação, não ignorar a vontade de defecar e não passar muito tempo sentado no banheiro.

Em casos mais graves de constipação crônica, pode ser necessário o uso de laxantes ou outros medicamentos sob prescrição médica. É importante consultar um médico caso a constipação seja persistente ou se a pessoa apresentar outros sintomas como sangue nas fezes, dor abdominal ou perda de peso inexplicável.

Tipo 2

As fezes do Tipo 2 na Escala de Bristol são descritas como fezes em forma de salsicha, porém duras e compactas. Elas são difíceis de passar e podem indicar constipação.

Embora as fezes tipo 2 sejam mais macias que as fezes tipo 1, elas ainda são consideradas anormais e podem indicar que a pessoa não está evacuando regularmente ou que não está bebendo água o suficiente.

A constipação pode ser causada por diversos fatores, incluindo uma dieta pobre em fibras, baixa ingestão de água, sedentarismo, uso de medicamentos e estresse. É importante abordar esses fatores para prevenir a constipação crônica e problemas de saúde relacionados.

Para tratar as fezes tipo 2 e prevenir a constipação, é importante beber bastante água e aumentar a ingestão de fibras. Alimentos ricos em fibras incluem frutas, verduras, grãos integrais, nozes e sementes.

Também é importante estabelecer uma rotina regular de evacuação e evitar adiar a ida ao banheiro quando sentir vontade de defecar. Além disso, o exercício físico regular pode ajudar a melhorar o trânsito intestinal.

Se a constipação persistir apesar das mudanças na dieta e no estilo de vida, é importante consultar um médico para avaliar outras possíveis causas e discutir opções de tratamento, como laxantes ou outros medicamentos.

Tipo 3

As fezes do Tipo 3 na Escala de Bristol são descritas como fezes em forma de salsicha, com fendas na superfície. Elas são mais macias que as fezes tipo 2, mas ainda podem indicar constipação leve.

Embora as fezes tipo 3 possam ser consideradas normais, é importante lembrar que cada pessoa tem sua própria “normalidade” em termos de frequência e consistência das fezes. Se as fezes tipo 3 forem acompanhadas de sintomas como dor ao evacuar, inchaço abdominal ou flatulência, é importante consultar um médico para avaliar possíveis causas subjacentes.

Para manter a saúde intestinal e prevenir a constipação, é importante beber bastante água e consumir uma dieta rica em fibras. Alimentos ricos em fibras incluem frutas, verduras, legumes, grãos integrais, nozes e sementes.

Além disso, é importante estabelecer uma rotina regular de evacuação e evitar adiar a ida ao banheiro quando sentir vontade de defecar. O exercício físico regular também pode ajudar a melhorar o trânsito intestinal.

Se a constipação persistir ou se houver outros sintomas, um médico pode sugerir o uso de laxantes ou outros medicamentos sob prescrição médica.

Tipo 4

As fezes do Tipo 4 na Escala de Bristol são descritas como fezes em forma de salsicha, com uma superfície lisa e macia. Elas são consideradas normais e saudáveis.

Elas são indicativas de um sistema digestivo saudável e uma dieta equilibrada. A consistência ideal das fezes é firme, mas macia o suficiente para ser passada sem esforço ou dor. Se as fezes forem muito duras ou muito moles, pode indicar problemas de saúde ou desequilíbrios na dieta.

Para manter a saúde intestinal e promover a regularidade intestinal, é importante consumir uma dieta rica em fibras e beber bastante água. Alimentos ricos em fibras incluem frutas, verduras, legumes, grãos integrais, nozes e sementes.

Além disso, é importante estabelecer uma rotina regular de evacuação e evitar adiar a ida ao banheiro quando sentir vontade de defecar. O exercício físico regular também pode ajudar a melhorar o trânsito intestinal.

Se a pessoa notar mudanças significativas na consistência ou frequência das fezes, é importante consultar um médico para avaliar possíveis causas subjacentes. Isso pode incluir problemas digestivos, alergias alimentares ou outras condições de saúde.

Tipo 5

As fezes do Tipo 5 na Escala de Bristol são descritas como fezes em forma de salsicha com fendas na superfície, mas com bordas mais suaves do que as fezes do tipo 3. Elas são um pouco moles e podem indicar uma leve diarreia.

Embora as fezes tipo 5 possam ser normais em algumas situações, se a pessoa tiver sintomas como dor abdominal, cólicas ou diarreia persistente, é importante consultar um médico. Diarreia crônica pode levar à desidratação, desequilíbrio eletrolítico e outros problemas de saúde.

As causas da diarreia podem variar desde infecções gastrointestinais, intolerâncias alimentares, síndrome do intestino irritável até medicamentos e outras condições de saúde. Um médico pode ajudar a identificar a causa subjacente da diarreia e recomendar o tratamento adequado.

Para prevenir a diarreia e promover a saúde intestinal, é importante manter uma boa higiene pessoal, consumir alimentos e água limpos e evitar alimentos que possam irritar o trato gastrointestinal. Além disso, é importante consumir uma dieta rica em fibras e beber bastante água.

Tipo 6

As fezes do Tipo 6 na Escala de Bristol são descritas como fezes moles com bordas irregulares e frouxas. Elas podem indicar uma diarreia mais acentuada.

Elas podem ser um sinal de problemas de saúde como infecções gastrointestinais, síndrome do intestino irritável, doença inflamatória intestinal, intolerância à lactose, doença celíaca, entre outras condições. É importante consultar um médico se as fezes tipo 6 persistirem por mais de alguns dias ou se acompanhadas de outros sintomas, como cólicas abdominais, dor ou febre.

Para tratar a diarreia, o médico pode recomendar medicamentos, probióticos ou outras terapias, dependendo da causa subjacente da diarreia. Além disso, é importante manter-se bem hidratado, consumir alimentos leves e evitar alimentos que possam irritar o trato gastrointestinal.

Para prevenir a diarreia, é importante manter uma boa higiene pessoal, lavando as mãos regularmente e evitando, portanto, o contato com pessoas que estejam doentes. Além disso, é importante consumir alimentos e água limpos e evitar alimentos que possam irritar o trato gastrointestinal.

Tipo 7

As fezes do Tipo 7 na Escala de Bristol são descritas como fezes líquidas sem forma definida. Elas são consideradas uma diarreia grave e podem indicar problemas de saúde mais sérios, como infecções gastrointestinais, doença inflamatória intestinal, doença celíaca, entre outras condições.

Elas são acompanhadas por uma sensação de urgência em ir ao banheiro e podem ser acompanhadas por outros sintomas, como cólicas abdominais, dor, náusea, vômito, febre e desidratação. É importante consultar um médico imediatamente se as fezes tipo 7 persistirem por mais de algumas horas ou se os sintomas forem graves.

O tratamento da diarreia depende da causa subjacente. Em casos de infecções bacterianas ou virais, o médico pode prescrever antibióticos ou antivirais. Em casos de doença inflamatória intestinal, o tratamento pode incluir medicamentos para controlar a inflamação e a diarreia. Já com a intolerância alimentar, pode ser necessário evitar certos alimentos.

Para prevenir a diarreia, é importante manter uma boa higiene pessoal, consumir alimentos e água limpos e evitar alimentos que possam irritar o trato gastrointestinal. Além disso, é importante manter-se bem hidratado, especialmente durante os períodos de doença.

Concluindo, ao observar suas fezes e compará-las com a Escala de Bristol, você pode ter uma ideia melhor do que está acontecendo em seu corpo. Se você, ainda assim, notar uma mudança significativa na cor, textura ou formato das suas fezes, é importante procurar um médico para um exame mais aprofundado.

Qual é a consistência e formato de fezes ideais?

As fezes ideais devem ter uma consistência formada, macia e fácil de passar, ou seja, sem ser muito líquida ou muito dura. O formato ideal das fezes é em forma de banana ou salsicha, com cerca de 2,5 a 5 centímetros de diâmetro e cerca de 10 a 20 centímetros de comprimento.

Fezes muito líquidas podem indicar diarreia, enquanto fezes muito duras ou secas podem indicar constipação. É importante manter uma boa hidratação e uma dieta equilibrada e rica em fibras para ajudar a manter as fezes ideais.

É importante notar que a consistência e o formato das fezes podem variar de pessoa para pessoa, e que pequenas variações são normais. No entanto, se houver mudanças significativas nas fezes, como sangue, muco ou dor ao defecar, é importante consultar um médico para avaliar possíveis problemas de saúde.

Como melhorar o formato e consistência das fezes?

Existem algumas maneiras de melhorar o formato e consistência das fezes:

1. Beba mais água

A desidratação pode levar a fezes duras e secas. Certifique-se de beber bastante água durante todo o dia para manter seu corpo hidratado.

2. Consuma mais fibras

As fibras ajudam a amolecer as fezes e facilitar a passagem. Alimentos ricos em fibras incluem frutas, verduras, legumes, grãos integrais e nozes.

3. Evite alimentos que podem causar constipação

Alguns alimentos, como queijos processados, ricos em gordura e carne vermelha, podem contribuir para a constipação. Assim, tente evitar esses alimentos ou limitar a quantidade que você consome.

4. Exercite-se regularmente

O exercício pode ajudar a manter o trato digestivo funcionando corretamente e, desse modo, prevenir a constipação.

5. Evite o uso excessivo de laxantes

O uso excessivo de laxantes pode tornar o intestino preguiçoso e levar à constipação crônica. Portanto, tente usar laxantes apenas ocasionalmente e sob orientação médica.

6. Consulte um médico

Se você está tendo problemas persistentes com o formato ou consistência das fezes, é importante consultar um médico para avaliar possíveis problemas de saúde e obter orientação adequada.

É importante lembrar que mudanças significativas nas fezes ou problemas persistentes devem ser avaliados por um médico para garantir que não haja problemas de saúde subjacentes.

Fontes: Fabio Lopes, Dra Ana Carolina Procto, Summit Saúde, Gástrica

Bibliografia 

GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I.. Goldman-Cecil Medicina. 25.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. 892-898.

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