Ao longo do dia, nós realizamos diversas tarefas repetitivas que são feitas em modo piloto automático. Isso acontece principalmente em hábitos presentes várias vezes na rotina, como forma de preservar o cérebro.
Assim que algum tipo de ação fica natural, o corpo passa a assumi-las sem muita consciência, a fim de poupar energia. Dessa maneira, sobra mais capacidade para realizar outras tarefas, que possam demandar maior atenção e foco.
O mecanismo está presente em atividades domésticas comuns, mas também podem ser percebido em tarefas repetitivas de trabalhos tediosos. Sendo assim, é comum que também possa trazer alguns prejuízos.
Efeitos no dia-a-dia
A princípio, a ativação do modo piloto automático traz diversas vantagens no dia-a-dia. Isso porque permite que o cérebro administre várias funções, sem precisar destinar foco e energia para todas elas.
É partir daí que são criados hábitos que ajudam a facilitar a rotina, por exemplo. No entanto, além de estarem presentes em tarefas simples e repetitivas, também pode surgir para atrapalhar algumas escolhas de decisões.
Isso pode influenciar tanto na falta de atenção diante de momentos diversos, como na dificuldade para mudar hábitos. Alguns comportamentos destrutivos que devem ser abandonados, por exemplo, podem acabar sendo absorvidos pelo piloto automático, criando mais dificuldade para eliminá-los.
Se por um lado a assimilação e reprodução de hábitos ajuda a economizar energia no cérebro, bem como oferece mais segurança, por outro pode limitar a capacidade de percepção e pensamento.
Como reduzir o modo piloto automático
Trazendo mais atenção para algumas ações, é possível desenvolver atributos como criatividade e memória, por exemplo. Por fazer oposição a ações automáticas, a mudança não ocorre de uma hora para outra, mas pode ser feita a partir de alguns hábitos.
Em alguns casos, abrir mão da tecnologia pode ajudar. Ao invés de simplesmente ativar um GPS sem pensar, por exemplo, você pode tentar visualizar o caminho antes ou prestar atenção nas indicações de placas.
Para outras tarefas do dia-a-dia, pequenas mudanças também podem ajudar a promover novas conexões do cérebro. Tente mudar o caminho que faz para ir ou voltar de lugares comuns, além de mudar o que consome nas refeições ou lugares em que se senta num ambiente. Mudar a mão dominante na hora de escovar os dentes, pentear o cabelo ou tomar banho também pode ajudar.
Alterações no espaço também ajudam o cérebro a pensar. Além de mudar a disposição da mesa de trabalho, tente alterar a organização dos ícones e aplicativos do seu celular. Dessa maneira, antes de abrir um app de uso recorrente, o cérebro precisa parar e pensar, ao invés de simplesmente reproduzir uma ação comum.
Atividades como exercícios físicos e jogos de memória, tabuleiro ou mesmo alguns vídeo games, também podem ajudar a mudar o tipo de atenção. Nesses casos, porém, é bom focar em desafios de quebra-cabeça e lógica, além de tentar variar o modo de pensar.
Exemplos de piloto automático no banho
O banho é uma das atividades mais comuns e repetidas ao longo da vida. Sendo assim, é natural que o cérebro desenvolva padrões de piloto automático para que o momento não demande muito foco e energia. Durante o banho, experimente mudar a ordem em que costuma lavar o corpo, ou mesmo segurar o sabonete com a outra mão, por exemplo.
Outras práticas que são praticadas em piloto automático e merecem reflexão são:
Excesso de banhos: apesar do hábito ser essencial para a saúde, pode remover a proteção da pele quando é feito com excesso. A indicação para banhos saudáveis é que não passem muito de cinco minutos de duração, quando ocorrem uma vez ao dia. Em casos de dois banhos, recomenda-se reduzir a duração.
Água quente: a água quente também é uma decisão que pode vir do piloto automático, pensando no conforto. No entanto, pode remover a oleosidade da pele e promover ressecamento dela.
+ exemplos
Uso do sabonete: caso você tome mais de um banho por dia, é recomendado que passe o sabonete por todo o corpo apenas uma vez. Isso porque o uso em excesso também promove o ressecamento da pele. Nos casos de banhos variados, foque nas partes em que há excesso de transpiração. As partes íntimas também precisam de cuidados especiais, com sabonetes que não prejudicam o pH local e o equilíbrio de bactérias.
Esponjas: o uso de esponjar em excesso também pode prejudicar a pele. A esfoliação pode ser feita em situações específicas, mas com atenção e materiais limpos e higienizados corretamente.
Cabelos: muitas pessoas lavam os cabelos em piloto automático, sem pensar no ato. No entanto, lavar todos os dias ou com água muita quente pode desidratar os fios e o couro cabelo, prejudicando a saúde.
Fontes: Viva Bem, IBC Coaching
Imagens: vix, Conectomus, APM, Grist