Sekhmet: a poderosa deusa Leoa, que cuspia fogo

A temível figura com cabeça de leão, Sekhmet, era perigosa por natureza, mas ao mesmo tempo protegia e curava; saiba mais sobre essa deusa enigmática.

Sekhmet: a poderosa deusa Leoa, que cuspia fogo

Você já ouviu falar da deusa egípcia Sekhmet? Liderando e protegendo os faraós durante a guerra, Sekhmet, a filha de Ra, é retratada como uma leoa e é conhecida por seu caráter feroz.

Ela também é conhecida como a Poderosa e é capaz de destruir os inimigos de seus aliados. Sekhmet também tem um disco solar e uraeus, uma cobra egípcia, que estava associada à realeza e ao divino.

Além disso, ela ajudou a deusa Ma’at na Sala do Julgamento de Osíris, que também lhe rendeu a reputação de árbitro.

Ela era conhecida como a deusa com muitos nomes como por exemplo, “A Devoradora”, “Deusa Guerreira”, “Senhora do Júbilo”, “A Bela Luz” e “A Amada de Ptah”, só para citar alguns.

Vamos conhecer mais sobre essa deusa do Egito.

Sekhmet – a poderosa deusa Leoa

Na mitologia egípcia, Sekhmet (também escrito Sachmet, Sakhet e Sakhmet), era originalmente a deusa da guerra do Alto Egito; embora quando o primeiro faraó da 12ª dinastia mudou a capital do Egito para Memphis, seu centro de culto também mudou.

Seu nome combina com sua função e significa ‘aquela que é poderosa’; e como você leu acima, ela também recebeu títulos como ‘senhora da matança’. Além disso, acreditava-se que Sekhmet protegia o faraó em batalha, perseguindo a terra e destruindo seus inimigos com flechas de fogo.

Ademais, seu corpo assumia o brilho do sol do meio-dia, ganhando o título de dama das chamas. De fato, dizia-se que a morte e a destruição eram um bálsamo para seu coração, e acreditava-se que os ventos quentes do deserto eram o hálito dessa deusa.

Personalidade forte

O aspecto de força da personalidade de Sekhmet era particularmente popular entre muitos reis egípcios que a consideravam uma poderosa patrona militar e símbolo de sua própria força nas batalhas que travavam.

Sekhmet era o espírito deles, presente com eles em todos os lugares como os ventos quentes do deserto, que se dizia ser o “sopro de Sekhmet”.

Com efeito, a deusa leoa recebia convites de rainhas, sacerdotes, sacerdotisas e curandeiros. Seu poder e força eram necessários em todos os lugares e ela era vista como a deusa Incomparável.

Sua personalidade – muitas vezes ligada a outras divindades – era realmente muito complexa. Alguns pesquisadores sugerem que a misteriosa Esfinge representa Sekhmet e muitas lendas e mitos dizem que ela estava presente no momento da criação do nosso mundo.

As estátuas de Sekhmet

A fim de aplacar a ira de Sekhmet, seu sacerdócio sentiu-se compelido a realizar um ritual diante de uma nova estátua dela a cada dia do ano. Isso levou a estimar que mais de setecentas estátuas de Sekhmet estiveram no templo funerário de Amenhotep III, em margem oeste do Nilo.

Dizia-se que seus sacerdotes protegiam suas estátuas de roubo ou vandalismo revestindo-as com antraz, e assim a deusa leoa também era vista como portadora da cura das doenças, a quem se rezava para curar tais males aplacando-a. O nome “Sekhmet” literalmente se tornou sinônimo de médicos durante o Império Médio.

Assim, sua representação é sempre feita com a imagem de uma leoa feroz ou de uma mulher com cabeça de leoa, vestida de vermelho, a cor do sangue. Aliás, leões mansos costumavam guarda os templos dedicados a Sekhmet em Leontopolis.

Festivais e ritos de adoração à deusa

Para pacificar Sekhmet, celebravam-se festivais no final da batalha, para que não houvesse mais destruição. Nessas ocasiões, as pessoas dançavam e tocavam música para acalmar a selvageria da deusa e bebiam grandes quantidades de vinho.

Por um tempo, um mito se desenvolveu em torno disso em que Ra, o deus sol (do Alto Egito), a criou de seu olho de fogo, para destruir os mortais que conspiraram contra ele (Baixo Egito).

No mito, no entanto, a sede de sangue de Sekhmet a levou a destruir quase toda a humanidade. Então Ra a enganou para beber cerveja cor de sangue, deixando-a tão bêbada que ela desistiu do ataque e se tornou a gentil deus Hathor.

No entanto, essa identificação com Hathor, que originalmente era uma divindade separada, não durou, principalmente porque seu caráter era muito diferente.

Mais tarde, o culto de Mut, a grande mãe, tornou-se significativo, e aos poucos absorveu as identidades das deusas padroeiras, fundindo-se com Sekhmet e Bast, que perderam sua individualidade.

Não deixe de conferir esse vídeo para saber mais sobre Sekhmet, e leia também: 12 principais deuses do Egito, nomes e funções

https://www.youtube.com/watch?v=Qa9zEDyLl_g

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