Depois de conhecer alguns fatos históricos, no mínimo, curiosos que as escolas preferem não mencionar aos alunos, chegou a hora de você conhecer ambientes escolares e métodos de ensino totalmente diferentes do que você esteve acostumado por toda sua vida. Isso porque você vai conhecer algumas escolas bizarras, e interessantes ao mesmo tempo, que existem por aí.
Como você vai ver na lista, fazem parte dessas escolas bizarras colégios que estão localizados em meio a montanhas, cujo caminho é perigoso, sendo necessário enfrentar estradas estreitas à beira dos paredões de pedra e até pontes velhas e bambas. Outra, apesar de fácil acesso, já esteve localizada dentro de uma caverna, onde ficou em funcionamento por 23 longos anos! Dá para acreditar?
Mas estas não são as únicas escolas bizarras que você vai conhecer hoje. Na lista, às vezes a estrutura do colégio não foge em nada do normal, mas o que faz do ambiente mais uma das escolas bizarras pelo mundo é o método de ensino adotado, por exemplo, o a função antiga do prédio onde estas instituições de ensino estão localizadas.
Bons exemplos disso, inclusive, são as escolas bizarras que não têm livros físicos, não possuem qualquer tipo de currículo a ser seguido ou, simplesmente, ensinam coisas nada “tradicionais” para se aprender. Além disso, claro, completando essa história de escolas bizarras, ainda existe a mega estrutura da escola subterrânea, nos Estados Unidos, construída para servir de abrigo, causo estourasse um conflito nuclear durante a Guerra Fria.
Casos interessantes, não? Mas fique sabendo que nossa lista não para por aí. Para conhecer outros exemplo, a receita é mesmo não desgrudar da matéria até o final. Preparado?
Então confira algumas escolas bizarras pelo mundo que vão chocar você:
1. Escola na caverna, China
Localizada em Guizhou, uma das províncias mais pobres da China, a Escola Primária Dongzhong está localizada dentro de um caverna, mais exatamente, na aldeia montanhosa de Miao. Aliás, “Dongzhong” significa “na caverna”.
Foi por receber poucos recursos do governo, que a aldeia aproveitou a estrutura da caverna para abrir sua escola, em 1984, com 8 professores e 186 alunos. Alguns alunos, aliás, demoravam até 6 horas para ir e voltar da escola.
Em 2007, no entanto, 23 anos depois da escola da caverna ser aberta, o governo mandou interromper as atividades no local. Segundo os representantes do governo chinês, a mudança era necessária, já que a China não é uma “sociedade de homens das cavernas”.
2. Escolas-barco, Bangladesh
Com inundações, pelo menos, 2 vezes por ano, Bangladesh encontrou uma maneira de amenizar os prejuízos e os transtornos que as enchentes causavam às escolas, que perdiam seus materiais e tinham as estruturas comprometidas; e aos alunos, que ficavam impedidos de chegar até as salas de aula. Foi por isso que uma organização sem fins lucrativos, chamada Shidhulai Swanirvar Sangstha, construiu casas, centros de saúde e escolas que flutuam.
Hoje em dia, no País, mais de 100 escolas-barco estão em funcionamento. Tudo nesses ambientes é movido a energia solar e as escolas flutuantes contam até com computador portátil, acesso à internet e pequenas bibliotecas.
A iniciativa, que teve início em 2002, já beneficiou mais de 70 mil crianças. Assim, todas as vezes em que as cidades estão inundadas, as escolas-barco buscam as crianças em docas e ribeiras para estudar e as devolvem, nos mesmo pontos, depois das aulas.
3. Escolas nas plataformas de trem, Índia
A Ruchika School Social Service Organization (ou Organização de Serviço Social Escola Ruchika) deu início, em 1985, a um projeto bastantes interessante, em Orissa, na Índia, chamado Escola na Plataforma de Trem. Por meio de trabalho voluntários, mais de 4 mil crianças e adolescentes carentes e em situação de rua estão sendo formados em plataformas de estações de trem no país graças à iniciativa de uma professora, chamada Inderjit Khurana.
A profissional ficava preocupada com as crianças nas plataformas de trem, que sempre encontrava pedindo esmolas, enquanto ia para seu trabalho, em uma escola tradicional. A partir de então, ela procurou ajuda para ajudar às crianças e suas famílias. As escolas nas plataformas, hoje em dia, fornecem até remédios e alimentos ao mais necessitados.
4. Escola subterrânea, Estados Unidos
A primeira escola subterrânea dos Estados Unidos, chamada Abo Elementary School, fica em Artesia, no Novo México. Ela surgiu no auge da Guerra Fria, quando ao atual presidente do País, John F. Kennedy prometeu estruturas públicas e privadas que pudessem servir de abrigos nucleares, caso uma batalha realmente fosse anunciada.
Devido à proximidade da cidade de Artesia com o Campo de Teste de Mísseis de White Sands, hoje em dia a abandonada Base Aérea de Walker, o lugar recebeu a primeira escola abaixo do solo, que também poderia servir de abrigo para um grande número de pessoas.
A única parte exposta da escola é um parque, construído em seu telhado, fora isso, tudo está abaixo da terra. Outro detalhe interessante sobre o lugar é que suas 3 entradas estão protegidas por portas de segurança de aço, de 800 quilos!
Mas não é só isso que torna essa uma das escolas bizarras que existem por aí. O lugar também conta com chuveiros de descontaminação, sem contar que a estrutura do prédio é capaz de resistir a radiação e a uma explosão de 20 megatons! Além disso, a escola tinha um necrotério, um gerador, poço, sistema próprio de ventilação e estoques de alimentos e medicamentos.
No entanto, mesmo com todo esse brilhantismo e segurança, a escola acabou fechada em 1995. Segundo o governo, mesmo sem nunca ter sido usada como abrigo, a escola subterrânea exigia um custo muito alto de manutenção.
5. Escola da montanha, China
Localizada na província de Sichuan, na China, a Escola Primária Gulu fica, literalmente, escondida em uma das montanhas do lugar. Aliás, Gulu é também uma vila chinesa, onde só é possível chegar por meio de passagens estreitas entre paredes de pedra, pontes frágeis e amaranhados de cipós, como você vê na imagem.
A escola de Gulu é gerida por um único professor, chamado Shen Qijun. Ele chegou à vila quando tinha 18 anos, quando o lugar não tinha nem encanamento e vivia em total situação de desleixo pelo governo chinês.
Depois que um estudante caiu e machucou muito enquando tentava chegar ao vaso sanitário da escola, que ficava do outro lada da montanha; Shen reuniu os moradores do lugar e propôs que tudo ali fosse reformado e que um banheiro fosse acrescentado ao prédio. Na reforma coletiva, a escola ganhou até quadra de basquete, feita com os quadros-negros que já não estavam mais em uso.
6. Escolas para gays, Estados Unidos
A Harvey Milk High School, em Nova York, foi nomeada assim em homenagem ao ativista de direitos gays e político Harvey Milk. Ela foi construída exatamente para atender às necessidades de todos os estudantes que fazem parte da comunidade LGBT, além de outros alunos que, por algum motivo, sejam marginalizados e discriminados em escolas regulares.
Em 1985, a escola chegou a ajudar fugitivos e outros adolescentes em situação de risco. Mas, foi só em 2003 que a escola começou, oficialmente, a conceder diplomas de ensino médio.
Embora seja uma iniciativa que ajuda centenas de pessoas a terem uma vida minimamente normal, a fachada da escola já foi palco de inúmeras manifestações anti-gays. A instituição chegou a enfrentar um número sem fim de ações judiciais com pedidos de fechamento do local e o fim do financiamento da escola pelo governo.
7. Escola de prostituição, Espanha
Na Espanha, a prostituição é legal e estima-se que até 400 mil pessoas trabalham nesse “ramo de atuação” no País. Para ajudar a todos esses trabalhadores, foi criada a escola Trabajo Ya (Trabalho Já), em Valência. O lugar oferece um curso básico de prostituição profissional, com o máximo de discrição.
A formação de novos profissionais do amor dura, em média, uma semana e envolve aulas de teóricas e práticas. O custo do curso é de 100 euros e os alunos também aprendem um pouco de história e evolução da profissão mais antiga do mundo, além de sessões diárias de duas horas de habilidades práticas, para se familiarizarem com brinquedinhos e, claro, treinarem um pouco do Kama Sutra.
Apesar das ações judiciais reivindicando o fechamento da escola, o local permanecesse em pleno funcionamento. O argumento dos representantes da Trabajo Ya é de que a prostituição é um campo de trabalho próspero e rentável, que oferece vagas imediatas para pessoas de ambos os sexos, por isso precisa ser aproveitado de forma profissional.
8. Escola sem livros, Estados Unidos
A West Philadelphia School of the Future, ou Escola do Futuro West Philadelphia, foi inaugurada em 2006 e não possuiu um só livro em suas instalações. Todos no lugar, entre alunos e professores, usam computadores ao invés disso.
As aulas de matemática, por exemplo, são ensinadas com um OneNote, aplicativo de anotações. Além disso, os professores usam placas inteligentes informatizadas, ao invés do quadro-negro. Já, os alunos, usam armários digitais, abertos com um cartão pessoal.
Mas, tanta tecnologia se mostrou não ser tão positivo assim. Os alunos não são tão práticos para lidar com os recursos oferecidos pela escola e os professores já tiveram vários problemas para agregar o nível desejado de tecnologia às aulas. Ao mesmo tempo, a escola não cumpria os padrões educacionais exigidos pelo governo.
Hoje, no entanto, tudo isso já foi adequado. Os alunos, em sua maioria, têm boas notas e bons desempenhos nas matérias obrigatórias. Além disso, o acesso a tanta tecnologia dá aos alunos mais oportunidades de emprego. Aliás, a própria carga horária da escola tenta replicar uma rotina de trabalho e se estende das 9h às 16h, para que os alunos estejam acostumados ao horário comercial quando saírem da escola.
9. Escola livre, Estados Unidos
A Escola Livre do Brooklyn, ou Brooklyn Free School, em Nova York, é uma das escolas bizarras desta lista mais interessantes. Isso porque os alunos podem escolher a sala de aula que quiserem ficar e não levam falta. São os próprios estudantes que fazem as regras do colégio.
No lugar, aliás, há espaço para quem quer estudar, sozinha, para quem quer só andar, passear ou, simplesmente, tirar um cochilo. Dá para acreditar?
Todas as semanas são feitas reuniões para decidir como a escola vai funcionar e como os alunos devem ser admitidos no lugar. Inclusive, as aulas são feitas pelos estudantes, já que os professores atuam apenas como moderadores.
Mas, apesar de tanta liberdade, esse não parece ser uma caminho a ser seguido por outros colégios. A falta de currículo é a principal crítica a esse modelo de escola.
10. Escola de bruxos, Estados Unidos
Quem quer aprender bruxarias e já cansou de esperar a carta de Hogwarts, ainda existe uma esperança. A Witch School, ou Escola de Bruxa, ensina feitiçaria há mais de 40 mil alunos em todo o mundo, por cursos online e, claro, em sua sede, em Salem, em Massachussetts. Aliás, coincidência ou não, essa cidade americana teve mais de 200 pessoas acusadas de bruxaria no século 17, entre os anos de 1692 e 1693.
Mas, apesar de ter casado certinho a cidade com o colégio, a verdade é que a Witch School nasceu em Roseville, em Chicago. Ela precisou se mudar de cidade e de Estado porque cristão locais organizavam protestos e jogavam água benta nas rodas dos carros conduzidos por professores, estudantes e outros membros do lugar.
E então, qual dessas leva o troféu das escolas bizarras, em sua opinião?
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