O Instituto Schimidt Oceânico, nos primeiros dias de 2019, começou uma aventura por montanhas e vulcões marinhos no Oceano Pacífico. A localização é muito próxima ao Parque Nacional Isla del Coco, na Costa Rica.
O navio Falkor, até os últimos dias de janeiro, levou o robô-submarino, chamado SuBastian, para 19 mergulhos. O objetivo do robô, que possui a capacidade de descer até 4,5 mil metros abaixo do nível do mar, era explorar uma área marítima profunda até antes, não explorada pelo homem.
Essa viagem marítima levou a descoberta de 10 novas espécies marinhas. Ao todo foram quatro novas espécies de corais adaptadas às profundezas do oceano e seis outros animais que nunca haviam sido descritos. Além disso, outros bichos do mar já conhecidos, porém, não na Costa Rica.
Espécies marinhas das profundezas do oceano
Erik Cordes, ecologista de águas profundas da Temple University, dos Estados Unidos, afirmou em comunicado que: “Descobrimos espécies de corais duras que constroem recifes a uma profundidade de mais de 800 metros em dois montes submarinos diferentes. Os registros mais próximos desta espécie são das águas profundas ao redor das Ilhas Galápagos.”
Quase toda a superfície do Planeta Terra é constituído por água oceânica, ainda assim, conhecemos muito pouco as profundezas do mar. “O mar profundo é o maior habitat da Terra. Entender como esse habitat funciona nos ajudará a entender como o planeta como um todo funciona”, acrescentou Erik Cordes.
Apesar de pouco explorado, nós atingimos o oceano negativamente com nossas ações. O robô descobriu muitos resíduos humanos nas profundezas daquela regiões, de plástico a restos de material de pesca.
Risco ao meio ambiente
A co-fundadora Wendy Schmidt, do Instituto Schmidt Ocean, criado em 2009 com o objetivo de descobrir e catalogar conhecimento e informação sobre os oceanos, afirmou que “esta nova pesquisa apoiará os esforços da Costa Rica para conservar esses importantes habitats fornecendo uma linha de base das espécies e ecossistemas incríveis encontrados nas áreas mais profundas que nem sempre atraem a atenção que merecem.”
“Uma das coisas mais importantes que podemos fazer agora é entender como essas comunidades funcionam para que, se houver mudanças no futuro, possamos medir o impacto humano”, finalizou.
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Fonte: Galileu
Imagem: Magnus Mundi