Saber o destino que nosso corpo tem depois da morte nunca foi algo agradável, mas às vezes, informações arrepiantes como essa são extremamente úteis para alguma área da Ciência. Foi pensando nisso, aliás, que pesquisadores da Simon Frase University, no Canadá, decidiram realizar um estudo que mostrou quais os processos pelos quais os corpor de mamíferos terrestres passam, caso estejam no fundo do mar enquanto mortos.
Segundo os responsáveis pela pesquisa, aliás, o grande objetivo disso tudo foi entender como os decompositores respondem aos corpos que estão em seu ambiente, mas que não pertencem a ele; além de ajudar cientistas forenses a resolverem crimes, cujas vítimas foram descartadas em águas salgadas. Mas, calma, para isso, claro, não foram usados corpos humanos. Porcos mortos foram os “eleitos” para o estudo por se aproixarem de nossa espécie quanto ao tamanho, a pela e a quantidade de pelos no corpo.
Bom, como você vai ter oportunidade de conferir no vídeo, o que os cientistas descobriram disso, basicamente, é que a decomposição desses organismos debaixo d’água pode ser extremamente rápida e, ao contrário do que a maioria poderia pensar, não são os tubarões os grandes “vilões” da decomposição. Isso porque, deixados em pontos diferentes da bacia canadense de Saanich Inlet, os três corpos “cobaias” foram, literalmente, comidos em poucos dias… por pequenos organismos.
Dois dos corpos, por exemplo, precisaram de apenas três semanas para serem completamente consumidos pelos crustáceos, até restarem apenas seus ossos. O terceiro corpo, no entanto, levou 90 dias até se devorado pelos decompositores.
Esse acontecimento, aliás, foi interpretado pelos cientistas como resultado da falta de oxigênio nesse ponto do oceano, que impedia os crustáceos de se aproximarem do corpo. Dessa forma, pelo monitoramento químico da água, os especialistas descobriram que, embora os organismos nativos da região estejam acostumados com a falta de oxigênio, esse fator impede que eles sejam impedidos de chegarem até os corpos. Somente as lagostas, que fazem um “trabalho” mais grosseiro – digamos assim – e não conseguem passar pela pele, conseguem se aproximar do cadáver.
Isso, inclusive, finalmente desvendou, para os pesquisadores, o mistério de pés que boiam no oceano. Segundo eles, devido à falta de oxigenação nas águas e a incapacidade de crustáceos como camarões e caranguejos não conseguirem se mover até o corpo; se um vítima morrer usando tênis, os decompositores que conseguem chegar até o cadáver acabam separando esses membros, que boiam até a superfície por causa das solas (já que as lagostas não conseguem ultrapassar essa camada de pele).
Tudo isso é muito trágico, claro, mas esperamos que você tenha conseguido entender os resultados do estudo. Para deixar as coisas um tanto mais claras, disponibilizamos abaixo o vídeo acelerado da experiência. Assista apenas se você não tiver problemas com esse tipo de imagens e, obviamente, se tiver estômago forte, porque as cenas são um tanto nojentas.
Confira: