Amazonas, quem foram? Origem e história das guerreiras mitológicas

De acordo com a lenda, as Amazonas eram mulheres guerreiras que viviam em uma sociedade única, conhecidas pelas habilidades com arco e flecha.

De acordo com a mitologia grega, as Amazonas eram mulheres guerreiras especialistas em arco e flecha, que montadas a cavalo lutavam contra homens que tentavam submetê-las.

Em suma, eram independentes e viviam em uma estrutura social própria, em ilhas próximas ao mar, composta apenas por mulheres. Dotadas de grandes habilidades no combate, chegavam ao extremo de mutilar o seio direito para poder manejar melhor o arco e outras armas.

Além disso, uma vez por ano, as Amazonas arrumavam parceiros para procriarem, se nascesse menino, elas entregavam para que o pai criasse. Ficando somente com as meninas que nasciam.  Segundo a lenda, as Amazonas eram filhas de Ares, o deus da guerra, dessa forma, herdaram sua audácia e coragem.

Ademais, eram governadas pela rainha Hipólita, que foi presenteada por Ares com um centurião mágico, que representava força, poder e proteção do seu povo. No entanto, ele foi roubado pelo herói Hércules, provocando a guerra das Amazonas contra Atenas.

A lenda das Amazonas surge na época de Homero, cerca de 8 séculos antes de Cristo, apesar de que há poucas evidências de que as famosas guerreiras existiram. Uma das Amazonas mais famosas da antiguidade foi Antíope, que se tornou concubina do herói Teseu. Também são mais conhecidas Pentesileia, que encontrou Aquiles durante a guerra de Troia e Myrina, rainha das guerreiras africanas.

Enfim, ao longo da história, surgiram inúmeros relatos míticos, lendários e até históricos sobre a existência das mulheres guerreiras. Inclusive, nos dias de hoje podemos ver um pouco da história das Amazonas nas HQs e filmes da super-heroína Mulher-Maravilha.

A lenda das Amazonas

Jordana Geek

As guerreiras Amazonas era uma sociedade composta somente por mulheres fortes, ágeis, caçadoras, com habilidades surpreendentes em arco e flecha, equitação e artes de combate. Cujas histórias são retratadas em uma série de poemas épicos e em lendas antigas. Por exemplo, os Trabalhos de Hércules (onde ele rouba o centurião de Ares), a Argonáutica e em a Ilíada.

De acordo com Heródoto, grande historiador do século V que afirmava ter localizado a cidade em que as Amazonas viveram, chamada Themiscyra. Considerada como uma cidade fortificada que ficava às margens do rio Thermodon próximo à costa do Mar Negro (atual norte da Turquia). Onde as mulheres dividiam seu tempo entre expedições de pilhagem em lugares mais distantes, por exemplo, a Pérsia. Já próximo a sua cidade, as Amazonas fundaram cidades famosas, como Esmirna, Éfeso, Sinope e Pafos.

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Para alguns historiadores, elas teriam fundado a cidade de Mitilene, localizada na ilha de Lesbos, terra do poeta Safo, outros acreditam que viviam em Éfeso. Onde construíram um templo dedicado a deusa Ártemis, divindade virgem que percorria campos e florestas, considerada como a protetora das Amazonas.

Quanto à procriação, era um evento anual, geralmente com homens de uma tribo vizinha. Enquanto os meninos eram mandados para os pais, as meninas eram treinadas para se tornarem guerreiras.

Por fim, alguns historiadores acreditam que as Amazonas serviram de inspiração para que os gregos criassem mitos sobre seus ancestrais. De forma que os contos foram se tornando mais exagerados com o passar do tempo. Inclusive, há quem acredite que a lenda tenha se originado de uma sociedade em que as mulheres possuíam um papel mais igualitário. E que na realidade, as Amazonas nunca existiram de fato.

A existência das guerreiras: Lenda ou Realidade

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No ano de 1990, arqueólogos descobriram possíveis evidências de que as Amazonas existiram. Durante explorações na região da Rússia que cerca o Mar Negro, Renate Rolle e Jeanninne Davis-Kimball encontraram túmulos de mulheres guerreiras enterradas com suas armas.

Ademais, em uma das covas encontraram os restos de uma mulher segurando um bebê no peito. No entanto, apresentava danos nos ossos da mão, causados pelo desgaste por puxar cordas de arcos repetidamente. Já em outros cadáveres, as mulheres apresentavam pernas bem arqueadas de tanto cavalgar, além de uma altura média de 1,68 m, considerado como altas para a época.

No entanto, nem todos os túmulos eram de mulheres, na verdade, grande maioria era de homens. Por fim, os estudiosos concluíram que se tratava do povo Citas, raça de cavaleiros descendentes das guerreiras Amazonas. Então, a descoberta comprovava a existência dos descendentes no mesmo local em que o historiador Heródoto havia afirmado que eles viveram.

Seguindo os passos da História

Pois, segundo Heródoto, um grupo de Amazonas foi capturado pelos gregos, porém, elas conseguiram se libertar. Mas, como nenhuma delas tinha conhecimentos de navegação, o navio que as transportava chegou à região onde os Citas viviam. Por fim, as guerreiras acabaram se unindo aos homens, formando assim um novo grupo nômade, chamado Sármatas. No entanto, as mulheres continuaram com alguns de seus costumes ancestrais, como caçar a cavalo e ir a guerras com seus maridos.

Enfim, há a possibilidade de que os relatos feitos pelo historiador Heródoto não sejam completamente precisos. Apesar de que há evidências da cultura dos Sármatas que comprovem sua origem ligada a mulheres guerreiras.

As Amazonas brasileiras

Veja

No ano de 1540, o escrivão da armada espanhola, Francisco Orellana, participava de uma jornada exploratória na América do Sul. Então, atravessando o misterioso rio que cruzava uma das mais temidas florestas, ele teria visto mulheres semelhantes a da mitologia grega. Conhecidas pelos indígenas como Icamiabas (mulheres sem marido). De acordo com o Frei Gaspar de Carnival, outro escrivão, as mulheres eram altas, brancas, cabelo comprido disposto em tranças no alto da cabeça.

Veja

Em suma, houve um confronto entre as Amazonas e os espanhóis no rio Nhamundá, localizado na fronteira entre o Pará e o Amazonas. Dessa forma, os espanhóis foram surpreendidos com as guerreiras desnudas com arco e flecha nas mãos, sendo derrotados, trataram logo de fugir. Então, no caminho de volta, os indígenas contaram a história das Icamiabas, que só naquele território havia setenta tribos delas, onde viviam somente mulheres.

Assim como as Amazonas da mitologia grega, as Icamiabas só tinham contato com homens na época de reprodução, capturando índios de tribos vizinhas subjugados por elas. Então, quando nasciam meninos eram entregues para o pai criar. Agora, quando nasciam meninas, elas ficavam com a criança e presenteavam o genitor com um talismã verde (Muiraquitã).

Por fim, os espanhóis batizaram as Icamiabas como Amazonas, assim como as da lenda, pois acreditavam terem encontrado as tão famosas Amazonas. Por isso, eles batizaram o rio, a floresta e o maior Estado brasileiro em sua homenagem. No entanto, apesar de ser uma história que envolve terras brasileiras, a lenda das mulheres guerreiras é mais disseminada em outros países.

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Fontes: Seguindo os passos da história, Mega Curioso, Eventos Mitologia Grega, Info Escola

Imagens: Veja, Jordana Geek, Escola Educação, Uol, News Block.

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