Claudia Celeste, a primeira atriz transexual a aparecer em novelas da TV brasileira, ganhou homenagem com o Doodle do Google. Ela ganhou e organizou vários concursos de beleza, foi cantora, dançarina, diretora, produtora e escritora.
Apesar dos problemas e desafios que enfrentou, Celeste se tornou uma figura que inspirou e abriu novos caminhos para as futuras gerações de artistas transgêneros e LGBTQ+ no Brasil. Aliás, em agosto de 1988, ela apareceu pela primeira vez no papel de uma mulher trans na série de televisão “Olho por Olho”.
Carreira de Cláudia Celeste
Cláudia Celeste nasceu no Brasil em 1952. Começou a buscar sua identidade e seus talentos no serviço militar. Após o serviço no exército, aos 20 anos, ganhou um concurso de beleza e tornou-se cabeleireira em Copacabana, no Rio de Janeiro. Aliás, nesse mesmo ano, ela foi a uma audição de teatro com uma amiga e acabou conseguindo um papel.
Primeiros trabalhos de Cláudia
Em 1973, um teatro do Rio de Janeiro foi o primeiro a obter autorização para encenar a peça “O mundo é das Bonecas”. Celeste teve um papel de liderança, com atores transgêneros reconhecíveis ao lado dela.
Desse modo, após o sucesso do show, mais portas se abriram para ela e ela trabalhou em muitas casas noturnas no Brasil.
Revelação de sua sexualidade e repercussão
Em 1976, Celeste decidiu participar do concurso Miss Brasil Pop que ganhou. Um ano depois, em 1977, o diretor Daniel Filho assistiu ao espetáculo Transetê no Fuetê, no qual Claudia atuava, e decidiu chamá-la para incorporar um número na novela Espelho Mágico, da TV Globo, sem saber que ela era travesti.
Na época, a atriz contracenou com uma jovem Sônia Braga, que atuava como a mocinha no folhetim. Entretanto, o episódio que Claudia participou nunca foi ao ar, visto que foi cancelado após ser revelado que ela era travesti. Depois disso, ela se mudou para a Europa para buscar outras oportunidades.
Papel em novela
De volta ao Brasil, Celeste reivindicou e conseguiu um papel na novela “Olho por Olho”. Com efeito, sua devoção ao personagem que ela encarnava era muito grande.
Apesar de enfrentar discriminação e ser expulsa do elenco ao se assumir transgênero, ela continuou sua carreira e se tornou pioneira na luta pelos direitos de artistas transgêneros e LGBTQ+.
Morte de Cláudia Celeste e Homenagens
Por fim, Cláudia Celeste morreu em 2018, aos 66 anos, no Rio de Janeiro, vítima de complicações decorrentes de uma pneumonia. A artista era casada com o ator e bailarino Paulo Wagner. Em 2016, foi homenageada na primeira edição do Festival TransArte, evento que trata de identidade de gênero e sexualidade.
Fontes: Google Discovery, Isto é, Aventuras na História
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