Katrina, Sandy, Patrícia e, agora, Irma. Já percebeu que a maioria das notícias relacionadas a furacões com nome de mulher chegam aos nossos ouvidos de uma forma mais trágica?
Embora você possa pensar que isso não passa de coincidência, a Ciência já comprovou que isso é verdade e chegou até mesmo a dados que comprovam que furacões com nome de mulher costumam ser mais mortais que os apelidados com nomes masculinos. Dá para acreditar?
Mas não é só isso. Segundo o estudo das Universidades do Arizona e de Illinois, ambas nos Estados Unidos, existe um motivo para isso acontecer e, como você vai ver, ele é bem machista.
Furacões com nome de mulher intimidam menos
Conforme os pesquisadores, as pessoas costumam se sentir menos ameaçadas quando esses fenômenos recebem nomes femininos, uma vez que relacionam a sonoridade do nome com o comportamento supostamente menos agressivo por parte das mulheres. Como resultado, mais pessoas são pegas despreparadas e acabam morrendo.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram dados de furacões que atingiram os Estados Unidos entre os anos de 1950 e 2012, tirando desse cálculo apenas o Katrina, de 2005, já que o grande número de vítimas fatais desse último poderia distorcer os resultados finais.
O que o estudo apontou foi que furacões com nome de homem causam, em média, 15 mortes. Por outro lado, furacões com nome de mulher registram cerca de 42 mortes, ou seja, mais que o dobro de vítimas fatais.
Como são escolhidos os nomes dos furacões?
Agora, se você está se perguntando qual lógica os meteorologistas seguem para nomear os furacões, a explicação é bem simples: os nomes próprios são as melhores opções por causarem mais empatia e por facilitarem que as pessoas entendam melhor e se lembrem com mais facilidade dos alertas e previsões.
Conforme especialistas, a lista de nomes dos furacões são organizadas anualmente e segue uma ordem alfabética, alternando nomes masculinos e femininos. Os nomes das tempestades por outro lado, são determinados regionalmente.
Como surgiu essa lógica?
A primeira vez que os nomes dos furacões foram organizados assim foi em 1953, quando o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, em inglês) listou nomes para os ciclones tropicais do Atlântico. A partir de então esse padrão passou a ser adotado para as listas de outras regiões pelo mundo.
Hoje em dia, embora a lógica seja a mesma, as listas são mantidas e atualizadas pela Organização Meteorológica Mundial, uma agência da ONU com base em Genebra, na Suíça. Esses nomes, aliás, são atualizados a cada 6 anos, o que significa que um novo “Irma”, por exemplo, pode surgir em 2023.
Entendeu agora? E, falando em furacões, você deveria conferir essa outra matéria também: 24 fotos que mostram as consequências devastadoras do furacão Harvey no Texas.
Fontes: BBC, Mega Curioso