Jeffrey Epstein foi um predador em vida. Ele era um banqueiro de investimentos que, especificamente, tinha uma clientela com ativos no valor de mais de US$ 1 bilhão de dólares. Desse modo, Epstein dirigia seu negócio nas ilhas Virgin Island nos Estados Unidos por motivos fiscais. Além disso ele era também muito rico, todavia a fonte dessa riqueza permanece desconhecida.
Apesar dos crimes cometidos por ele, Epstein mantinha as aparências realizando grandes doações para a caridade, e trabalhando com pessoas como Bill Clinton, Donald Trump, o filho da rainha Elizabeth – o príncipe Andrew e Ghislaine Maxwell.
Esta última, é a britânica e também multimilionária filha mais nova de Robert Maxwell Apesar de não saber com precisão o tempo que durou a relação entre ela e Jeffrey, acredita-se que eles namoraram por um período em 1992, e que ela também estaria envolvida na rede de tráfico sexual.
No entanto, nem sua rede distinta de contatos conseguiu esconder o passado criminoso de Jeffrey Epstein.
História de Jeffrey Epstein
Nascido de pais judeus em 1953, Epstein cresceu em Coney Island, em Nova York, e foi descrito pelo Miami Herald como “pobre, inteligente e louco para ficar rico”. Então, como um verdadeiro gênio da matemática, ele pulou duas séries no ensino médio e estudou na Universidade de Nova York, mas não se formou.
Apesar disso, ele passou a ensinar cálculo e física em uma faculdade preparatória para os filhos da elite de Nova York antes de se tornar um corretor de investimentos. Em seguida, ele se tornou um importante administrador de fundos para os ricos e poderosos, apesar de não ser um profissional devidamente registrado.
Oficialmente, sua fortuna chegava a meio bilhão de dólares em dinheiro, investimentos e seis propriedades – um rancho no Novo México, uma vila na Flórida, um apartamento em Paris, duas ilhas em Virgin Island e uma mansão em Nova York. Ademais, sua riqueza também pode ter se estendida a diamantes e valiosas obras de arte.
Máscara da caridade
Epstein doou muito dinheiro para instituições de pesquisa, escolas e programas esportivos, alguns inclusive, envolvendo crianças. Um de seus atos filantrópicos mais conhecidos foi uma doação de mais de 6 milhões de dólares para a Universidade de Harvard.
Desse modo, ele tinha particular interesse em financiar pesquisas sobre eugenia (uma ciência desacreditada de controle de populações por meio de práticas de procriação) e criogenia (congelamento de corpos para revivê-los no futuro).
Devido a isso, surgiram boatos de que ele esperava semear a raça humana com seu DNA, engravidando mulheres em seu vasto rancho no Novo México, e que ele havia oferecido jantares ‘regados de presentes’ a vários cientistas proeminentes.
Crimes de Jeffrey Epstein
Jeffrey Epstein era um criminoso sexual. Em 2008, ele confessou ser culpado de crime de solicitação de prostituição envolvendo um menor e foi condenado a 18 meses de prisão. Ademais, ele cumpriu 13 anos após ser registrado como agressor sexual.
Epstein foi preso em julho de 2019 sob a acusação de tráfico sexual em Nova Jersey, depois de voltar da França para os Estados Unidos. De acordo com a acusação, Epstein “explorou e abusou sexualmente de dezenas de meninas menores em suas casas em Manhattan, Nova York e Palm Beach, Flórida, entre outros locais”.
Em outras palavras, o inquérito apontou que Epstein atraiu e recrutou, e fez com que fossem atraídas e recrutadas, meninas menores para visitar suas propriedades com intuito de envolvê-las em atos sexuais a troco de centenas de dólares em dinheiro.
Por este motivo, ele foi preso pela Força-Tarefa Conjunta de Crimes contra Crianças do FBI no aeroporto de Nova Jersey. Contudo, Jeffrey se declarou inocente das acusações. Acreditava-se que ele podia pegar até 45 anos de prisão se fosse condenado pelas acusações de tráfico sexual. Dessa forma, seu julgamento foi definido provisoriamente para meados de 2020, entretanto ele morreu antes disso.
Assassinato ou suicídio?
Em 24 de julho de 2019, Epstein foi encontrado ferido em sua cela numa prisão federal em Manhattan, nos Estados Unidos. Cerca de um mês depois, Epstein, segundo a polícia, teria cometido suicídio. Como resultado, teorias da conspiração surgiram quase imediatamente.
Algumas pessoas acreditavam que o círculo social da elite de Epstein queria que ele fosse silenciado para sempre. Por outro lado, alguns achavam que a ideologia de Epstein o levou à morte. Mas, a teoria mais aceita é que ele se matou antes de ser condenado e enviado para a prisão.
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