Nem todo mundo acredita nos ensinamentos da Bíblia e muita gente chega a duvidar da existência de Deus. No entanto, a existência de um profeta chamado Jesus Cristo é algo que a ciência já comprovou.
O problema é que muita coisa sobre a vida do Messias se difere do que está relatado na Bíblia.
Segundo pesquisadores, nem mesmo o aniversários de Jesus Cristo, que comemoramos em 25 de dezembro, está correto. Como você já viu nessa outra matéria aqui (clique), a data foi escolhida estrategicamente pela Igreja. Basicamente, o objetivo era fazer frente à festa pagã que existia nessa época do ano.
Muitos outros detalhes da vida de Jesus Cristo também não parecem ter acontecido como nas Escrituras. Por exemplo, o lugar onde ele nasceu, sua relação com seus pais, a existência ou não de irmãos e seu suposto casamento com uma mulher.
Todos estes, aliás, são fatos que pesquisadores têm descoberto reais ao longo do tempo. Eles, inclusive, ainda chocam muita gente por revelar a humanidade do Messias.
Abaixo, como você vai ver, estão algumas dessas verdades reveladas pela Ciência. Muita coisa que você vai ler podem até mesmo parecer uma blasfêmia aos cristãos mais fervorosos, mas, lembre-se: nada disso é uma opinião desse site.
Todas as respostas que listamos são baseadas em estudos científicos que vêm sendo realizados ao longo dos séculos a respeito da existência de Jesus.
Confira 8 dúvidas que a Ciência já respondeu sobre Jesus Cristo:
1. Os autores dos Evangelhos conheceram Jesus Cristo?
Conforme os historiadores, nenhum dos evangelistas foram testemunhas oculares da vida de Jesus Cristo. Na verdade, esses textos são de autoria anônima e faziam parte de uma variedade de outros escritos que circulavam nos primeiros séculos depois de Cristo falando sobre o que as comunidades cristãs pensavam.
O que se sabe é que, com o passar dos séculos, a Igreja e o Império Romano resolveram filtrar os textos que realmente estariam de acordo com a memória da Jesus. Foi assim que, por volta do século IV, surgiu o Novo Testamento, depois de muitas disputas teológicas.
Os estudiosos defendem, no entanto, que o único que chegou a conviver com Jesus Cristo foi Paulo. Inclusive, eles afirmam que as encíclicas de Paulo foram escritas antes dos Evangelhos, mesmo estes estando à frente no Novo Testamento.
Aliás, para os pesquisadores entenderem melhor a evolução das primeiras comunidades cristãs é preciso que eles comecem a ler pelos textos de Paulo.
2. Como era a família de Jesus?
Em diversas passagens das Escrituras, a família de Jesus é citada como sendo Maria, José e seus irmãos e primos. Esses últimos membros, aliás, levantam muitas discussões, até mesmo porque contraria uma das principais crenças da igreja católica: a virgindade de Maria.
Mas, existem várias explicações para isso. Uma das mais aceitas é sobre um equívoco na tradução do texto, já que a concepção de família e de irmãos era diferente na época de Jesus e seus primos também poderia ser considerados irmãos.
Outros levantam a possibilidade de José ter tido filhos frutos de um casamento anterior à Maria. Logo, Jesus teria meio-irmãos, o que também não recebia esse nome diferenciado na época.
Já, sobre a participação da família de Jesus em seus feitos, é possível notar nos primeiros textos, mais necessariamente no Evangelho de Marcos, que seus parentes o consideravam meio louco. Mais para frente, no entanto, a família de Jesus se reaproxima dele, especialmente Maria, que passa a apoiá-lo em suas pregações.
É possível perceber também que ao longo de sua vida, Jesus Crista cria uma outra concepção de família: aquela formada por seus seguidores, os apóstolos.
3. João Batista realmente existiu?
Sim, João Batista é um personagem histórico como Jesus Cristo. Há registros de que ele foi um importante pregador judeu na Galileia e que tenha vivido no século I.
Conforme os historiadores, o tipo de movimento iniciado por Jesus e por João Batista na época não era incomum e, por isso, pode ter demorado tanto tempo para que as pessoas os levassem a sério. Isso acontecia porque o Império Romano oprimia de várias formas os camponeses judeus, que se apegavam á fé de que uma intervenção divina estava por vir, mudando o rumo de suas histórias.
O próprio movimento de João Batista chegou a ser considerado mais importante que o de Jesus por muito tempo. Em um trabalho desenvolvido pelo historiador judeu Flávio Josejfo, por exemplo, o número de páginas dedicadas aos primeiro é superior às dedicas à história de Jesus.
A própria morte de João Batista, encomendada por Herodes, mostra sua importância na época e como ele desafiava Roma. Alguns historiadores, aliás, chegam a levantar a hipótese de Jesus Cristo ter sido discípulo de João Batista, mesmo as ideias dos dois personagens sendo diferentes: João acreditava em preparar o caminho para um enviado divino intervir na história, enquanto Jesus dizia que essa intervenção divina seria feita por ele mesmo.
4. Jesus sabia ler?
Em dois momentos da Bíblia é insinuado que Jesus Cristo sabia ler: no Evangelho de Lucas, quando ele entra na sinagoga e lê textos escritos pelo profetas Isaías; e no Evangelho de João, quando Jesus aparece escrevendo no chão, logo depois de evitar o apedrejamento de uma mulher.
Mas, existem problemas em ambas as passagens: não existe qualquer indício de sinagoga em Nazaré e o verbo grego para “ler” é o mesmo que para “memorizar”. Então, Jesus Cristo poderia, simplesmente, ter decorado as passagens do profeta.
Conforme as estimativas dos historiadores, na época de Jesus,, entre 95% e 98% das pessoas naquela região do mediterrâneo não sabiam ler ou escrever. Logo, o mais provável é que Jesus, sendo um camponês pobre como a Bíblia prega, fosse analfabeto.
5. Qual era a religião de Jesus Cristo?
Jesus nasceu judeu e foi judeu a vida inteira. Foi só nos séculos seguintes após sua morte que a Igreja católica começou a se distanciar do judaísmo e a se aproximar do Império Romano.
A partir da década de 80 do século I, aliás, é possível perceber até mesmo uma agressividade contra os seguidores do Judaísmo, como se vê no Evangelho de João. Nesses textos, “Jesus” se refere aos judeus como Filhos do Diabo, adoradores de um Deus homicida e mentiro.
A narração também ameniza o fato de Jesus ter sido morto pelos romanos e acentua que seu assassinato aconteceu a pedido dos judeus, quando Pôncio Pilatos lava as mãos.
6. Jesus era casado com Maria Madalena?
Uma das figuras mais controversas em todo cristianismo, Maria Madalena é usada para mostrar que Jesus tinha também mulheres como apóstolas. Isso, inclusive, contraria a doutrina religiosa católica, que prega que apenas homens podem ser pregadores, ou seja, padres.
O problema é que a personagem tem relevância em várias passagens e foi, inclusive, a primeira a visitar o sepulcro de Jesus e a perceber que seu corpo dele já não estava lá. Ela também é a primeira a reconhecer Cristo ressuscitado.
Maria Madalena, aliás, só passou a ser entendida como prostituta depois do ano 591, quando o papa Gregório Magno juntou, em uma homilia, duas personagens em uma só: uma pecadora que seria apedrejada por se prostituir e Maria Madalena.
Isso tudo devido a uma disputa dentro do cristianismo que queria decidir se mulheres poderiam ou não assumir funções de destaques nos ritos religiosos. Depois disso, obviamente, elas ficaram impedidas.
Só no século 19 é que a Igreja volta atrás e promove Maria Madalena a santa. O problema é que, depois de séculos sendo vista como uma personagem impura, ela continuou sendo imaginada como prostituta pelo imaginário dos fiéis católicos (o que ainda hoje acontece).
Sobre a teoria dela ter sido casada com Jesus, tudo tem origem em uma passagem do Evangelho de Felipe, em que ela e o Messias aparecem se beijando. O problema é que Jesus beija seus apóstolos homens também e isso não era anormal para a época. A sexualização do beijo em Maria Madalena só se dá recentemente e passa longe de ser um fato comprovado.
Nessa outra matéria que já publicamos aqui (clique para ler), aliás, já explicamos que Jesus era casado, mas não com Maria Madalena.
7. Jesus foi traído por Judas?
Os historiadores afirmam que Jesus realmente foi traído por um de seus seguidores, mas a identidade da pessoa que o entregou ao exército romano nunca foi revelada. O personagem de Judas, sua personalidade e seus trejeitos, ao que tudo indica, foi criada pela Igreja, para satisfazer seus objetivos teológicos e explicitamente antijudaicos.
O próprio nome Judas remete a Judá, ou seja, a Judeia. As características desse homem, conforme a Bíblia formam o esteriótipo judeu conhecido até hoje: pessoas que amam dinheiro e que, por isso, são capazes de fazer qualquer coisa, inclusive trair e roubar.
Esse conceito de Judas, aliás, a partir do século 2, passou a ser usado como uma propaganda antissemita. Tanto que, logo depois da crucificação e da morte de Jesus, ficou conhecida a malhação de Judas.
Aliás, a morte desse personagem é algo controverso. No Evangelho de Mateus, é dito que Judas se enforca. No Ato dos Apóstolos, no entanto, o texto conta que Judas teria tropeçado e rasgado a barriga, morrendo por causa do ferimento. Uma terceira versão, nos escritos de Papias (um autor cristão da mesma época do Evangelho de João), é dito ainda que ele come até se explodir.
8. Jesus Cristo foi crucificado?
A crucificação é historicamente comprovada, mas a via-crúcis e o julgamento de Jesus, não. Isso porque, naquela época, o governo romano dificilmente se daria ao trabalho de um julgamento, uma vez que Jesus foi preso em Jerusalém, na sexta-feira que antecede a Páscoa.
O problema disso é que, naquela época do ano, a cidade estaria cheia de judeus devido às festividades, até porque a Páscoa judaica não é apenas uma festividade religiosa, mas também política. Para quem não sabe, no Judaísmo, Páscoa celebra a libertação dos hebreus da escravidão.
Por causa desse cenário, os historiadores acham pouco provável que os romanos prendessem um líder judeu tão conhecido, nem que fizesse um julgamento público, ou que o colocasse para desfilar de forma humilhante pela cidade, arrastando a própria cruz… pelo menos não nessa época do ano.
Outra ponta solta dessa história é o fato de Pôncio Pilates, que exercia a função de procurador romano radicado no judaísmo; tenha oferecido ao público a libertação de um prisioneiro judeu. Para os estudiosos, essa passagem só entrou na história para reforçar o caráter messiânico de Jesus, baseadas nas profecias do Antigo Testamento, mas não existe chances de ter sido real.
E então, o que você pensa dessas evidências científicas e históricas sobre Jesus Cristo? Acha que elas podem ser reais de alguma forma ou que os cientistas são racionais demais para entender os mistérios da fé e da vida do Messias? Não deixe de nos contar sua opinião nos comentários!
Agora, falando em Jesus, você pode se interessar em conferir também: Como era o verdadeiro rosto de Jesus Cristo?
Fonte: Veja