O lobo da Tasmânia – Thylacinus cynocephalus – foi um animal típico da Austrália, natural da ilha da Tasmânia. Durante um período, a espécie chegou a dominar algumas regiões do sul da Ásia e da Oceania, mas perdeu espaço até entrar em extinção.
A espécie chegava a ter dois metros de comprimento e reunia semelhanças com vários outros animais. O lobo da Tasmânia tinha corpo de cachorro, rosto de raposa, bolsa de canguru e listras como tigres.
Por causa da última característica, inclusive, também é conhecido como tigre da Tasmânia.
Características do lobo da Tasmânia
O lobo da Tasmânia é um marsupial da ordem Dasyuromorphia, além de única espécie da família Thylacinidae. O animal tinha hábitos carnívoros e solitários, caçando sozinho ou em grupos bem pequenos. Atacavam principalmente cangurus, durante a noite, e, para isso, contavam com a ajuda de mandíbulas bem fortes.
Os machos costumavam ser maiores que as fêmeas, que geravam cerca de quatro filhotes por ninhada. Logo após o nascimento, cada lobinho ficava protegido dentro de uma bolsa, assim como em outros marsupiais.
Apesar de parecidos com cachorros e lobos, não são parentes próximos desses animais. O último ancestral comum de um canino com o lobo da Tasmânia viveu há cerca de 160 milhões de anos e nenhuma característica física realmente liga esses animais.
Extinção
O lobo da Tasmânia começou a desaparecer do mundo a partir de uma combinação de uma série de fatores. Entre eles estão uma doença desconhecida, a competição de recursos com carneiros e a ameaça humana.
No século XIX, os lobos foram associados a ataques a rebanhos de ovelhas na região. Dessa maneira, fazendeiros começaram a matar e oferecer recompensas por animais mortos. Eventualmente, isso levou ao extermínio da espécie, que ficou restrita a poucos zoológicos locais. Mais tarde, fazendeiros reconheceram que os ataque estavam sendo realizados por outros animais.
O último lobo da tasmânia conhecido morreu em 7 de setembro de 1936, no zoológico de Hobart. Conhecido como Benjamin, ele foi registrado num vídeo feito em 1935 e perdido por 85 anos.
Por fim, na imagem de apenas 21 segundos, Benjamin pode ser visto andando dentro de sua jaula no zoológico.
Lobo da Tasmânia na atualidade
Ainda hoje, cientistas consideram que o lobo da Tasmânia não está realmente extinto. Equipes de busca continuam atuando em regiões da Oceania, apesar de nenhum registro ter sido encontrado. O governo australiano, por exemplo, divulgou nos últimos anos um documento com detalhes sobre supostos avistamentos feitos pelo país.
A busca por novos lobos é tão forte que chegou a inspirar produções cinematográficas. Entre elas estão um thriller com Willem Dafoe, em 2011, e um documentário de 2016.
O mais perto que podemos chegar de um lobo da Tasmânia atualmente é de um feto preservado. O espécime foi resgatado da bolsa da mãe em 1909 e segue preservado em álcool desde então.
Dessa maneira, os cientistas tem acesso a material genético preservado. Graças a ele, por exemplo, uma equipe da da Universidade de Adelaide, dirigida por Jeremy Austin, foi capaz de sequenciar do genoma do animal.
Fontes: Galileu, Brasil Escola, Super, Sapo, Mega Curioso, Mega Curioso, Galileu
Imagens: Daily Mail, Tarkine, How Stuff Works