Além de acessório, as máscaras são usadas também como representação folclórica e cultural. No entanto, as máscaras de teatro carregam outros simbolismos. Um exemplo histórico é a utilização das máscaras negras no teatro da Grécia Antiga. Com efeito, elas representavam significados tanto na tragédia quanto na comédia. Após isso, passaram a ser usadas como adereços teatrais.
É comum o uso de máscaras também em outros tipos de rituais, em rituais feitos por índios, por exemplo e na cultura ocidental. Além disso, a civilização egípcia também marca sua história com os adereços em seus rituais funerários para realização da mumificação. Destaca-se também que o teatro grego era a céu aberto e apresentado para um público numeroso em arquibancada.
O teatro na Grécia Antiga, basicamente, tem origem reportada a Dionísio, deus relacionado à vegetação, fertilidade e ao vinho. Além disso, também estava ligado aos rituais de caráter orgiástico. Ainda assim, não há uma data definida de quando o teatro se consolidou, porém estima-se que entre 550 a.C. e 220 a.C., em Atenas.
História das máscara de teatro
Em primeiro lugar, as máscaras gregas também instituíram o apogeu da civilização no século V a.C. Contudo, historicamente, as máscaras estavam presentes nos principais gêneros de interpretação do da Grécia Antiga. Sendo assim, os artefatos foram usados inicialmente nas celebrações a Dionísio, deus do vinho na mitologia grega. Posteriormente, passaram a ser usadas nas representações teatrais de tragédia e comédia.
Nas festas diosínicas, as celebrações duravam até seis dias e, assim, faziam procissões com fantasias e máscaras gregas. Além disso, cantos líricos também compunham os eventos.
De acordo com alguns registros, Téspis, dramaturgo grego do século VI a. C, foi o primeiro ator da história do teatro ocidental a usar uma máscara. No entanto, também surgem, logo em seguida, os nomes como os de Haerili e Phrynicus.
Referente às encenações com gênero de tragédia, a natureza humana costumava ser o contexto com evidência ao domínio dos deuses sobre os destinos. Enquanto isso, na comédia, a crítica à política e à sociedade de Atenas eram os temas abordados. Não obstante, as máscaras de teatro, ou máscaras gregas, expressavam os sentimentos e emoções de tais apresentações.
Simbolismo das máscaras de teatro
As máscaras, primordialmente, durante muito tempo, simbolizavam os seres sobrenaturais e os antepassados. No entanto, cada cultura pode ter sua própria interpretação baseada em costumes.
Com variadas interpretações, as máscaras de teatro grego eram muito usadas para representar personagens femininos nas apresentações. Isso porque as mulheres não eram consideradas cidadãs e, portanto, também não podiam atuar. Sendo assim, elas também eram excluídas das funções importantes das cidades, e suas tarefas eram exclusivamente os afazeres domésticos e a procriação.
No Oriente, por exemplo, os adereços eram empregados nas danças sagradas. Mesmo que não identificassem a representação de sexo dos personagens, as máscaras encobriam a identidade dos respectivos intérpretes. Dessa forma, apenas olhos e bocas ficam expostos.
Com relação ao material de fabricação, as máscaras de teatro eram feitas com madeira, cortiça, tecido, argila ou couro. Ademais, muitas delas continham cabelos humanos e de animais como decoração. Além de representar as expressões do ator, as máscaras também serviam como megafone para que as pessoas pudessem ouvir melhor os diálogos da encenação.
É interessante destacar que as máscaras de teatro não eram compatíveis com os tamanhos do corpo. Por isso, era necessário aumentar o figurino. Dessa forma, alguns intérpretes usavam botas de saltos altos.
Outras representações
Semelhante aos elementos da cultura grega, os romanos também fizeram uso de máscaras de teatro. No entanto, eles as conceituavam de “personas” e “larvas”, que também indicavam as expressões emocionais e físicas. Diferente da do teatro grego, no teatro romano, os personagens usavam mais de uma máscara, de acordo com as cenas.
Contudo, na Idade Média, as máscaras eram muito usadas em festas profanas, incluindo nas interpretações com tons de mistérios. Esse evento vinha da igreja dominante, para intensificar seus dogmas.
Aliás, foi no Renascimento que as máscaras de teatro passaram a ser usadas pelas “farsas” nos castelos. Assim, os nobres ficavam no mesmo nível dos convidados. Logo depois, passaram a ser características da retomada do teatro popular na Europa com a Commédia Dell’Arte.
Que tal saber um pouco mais sobre a Grécia Antiga – História, divisão, aspectos políticos e econômicos da época ?