Ninguém sabe explicar bem porque, mas corpos e mais corpos são encontrados, há muitos anos, nos pântanos da Dinamarca. E não é de qualquer tipo de cadáver que estamos falando: os corpos encontrados nos brejos dinamarqueses (e de outras regiões da Europa, como Irlanda e Polônia) têm mais de 2 mil anos e estão completamente preservados!
Arqueólogos ao redor do mundo acreditam que os corpos encontrados se tratam de vítimas de sacrifícios religiosos da Idade do Ferro, período que teve início por volta do ano 1.200 a.C, em regiões que hoje compreendem os territórios da Ásia e da Europa.
Segundo os especialistas, é possível que essas pessoas tenham sido mortas e delicadamente depositadas no fundo dos pântanos da Dinamarca como oferenda aos deuses (o que não era muito raro nessa época, mesmo com relação aos humanos).
Há uma outra corrente de pesquisadores que acredita que os corpos de mais de 2 mil anos encontrados nesses brejos eram de criminosos, imigrantes ou viajantes, mas as marcas da morte brutal que as vítimas exibem deixam o assunto mais confuso. Alguns dos cadáveres contam com marcas de forca, cordas ao redor dos pescoços e gargantas cortadas.
Por que estão nos pântanos da Dinamarca?
Mas, como pouco se sabe sobre a Idade do Ferro na Dinamarca, parece que o mistério vai se estender por mais algum tempo. Conforme os próprios especialistas, não havia uma língua local nessa época e quase nenhum documento escrito por gregos e romanos foram preservados.
Porém, uma coisa se sabe sobre o período: a maioria das pessoas era cremada. É por isso que os corpos dos pântanos da Dinamarca são tão misteriosos para os arqueólogos, uma vez que é difícil especificar porque tiveram um destino tão diferente.
Cadáveres intactos
Mas, nem tudo é inexplicável neste caso. Conforme especialistas, os corpos estão tão conservados por causa da composição da água dos pântanos dinamarqueses. Eles explicam que os ácidos produzidos pelo musgo estão bastante presente nesse ecossistema e teriam ajudado a interromper a decomposição.
O caso do Homem de Tollund, por exemplo, é um dos mais impressionantes. Ele foi enforcado e depositado na lama há 2.400 anos, mas de tão preservado ainda conserva a corda do enforcamento em volta do pescoço e, em seu rosto, existem vestígios de barba.
Na época em que ele foi encontrado, em 1950, as autoridades dinamarquesas chegaram a pensar que o corpo se tratava de um menino desaparecido. Interessante, não?
Outros cadáveres resgatados dos pântanos da Dinamarca também impressionam pela preservação. Há homens e mulheres que foram violentados e mortos há mais de 2 séculos e que ainda têm os cabelos intactos e boa parte do corpo conservada, como você pode ver nas fotos. Todos eles estão expostos e podem ser observados em museus dinamarqueses, como Vejle Museum, Moesgaard Museum e Museum Silkeborg.
Chocante, não? Mas estes não são os únicos casos de corpos humanos que ficaram misteriosamente preservados após a morte, como você poderá conferir nesta outra matéria: 5 cadáveres humanos que jamais entraram em decomposição.
Um comentário em “O mistério dos corpos de mais de 2 mil anos achados em pântanos da Dinamarca”