Um geoglifo é um desenho no solo (geralmente maior que quatro metros), e é feito com pedras, fragmentos de pedra, cascalho ou terra). Alguns dos geoglifos negativos mais famosos são as Linhas de Nazca, no Peru. Outras áreas com geoglifos incluem a Austrália Ocidental.
Figuras de colinas, labirintos de grama e labirintos de pedra da Escandinávia, Islândia, Lapônia e a antiga União Soviética são todos tipos de geoglifos. O maior geoglifo é o Marree Man no sul da Austrália. No post de hoje vamos saber mais sobre esses curiosos desenhos!
O que são geoglifos?
Em suma, um geoglifo refere-se a um desenho que é feito na terra. Aliás, seu design é criado por elementos da paisagem que são duradouros, como pedras, terra, cascalho e outras coisas.
Dessa forma, existem dois tipos de geoglifos; ou seja, um geoglifo positivo e negativo. Um positivo é feito arranjando elementos no chão como petroformes (que são simplesmente contornos criados usando pedregulhos).
Por outro lado, os glifos negativos são feitos removendo parte das superfícies superiores da rocha, como é o caso dos petróglifos, para criar um desenho.
Há outra variação de um geoglifo que envolve semear plantas em um design especial. O design geralmente leva anos para ser visto, pois depende do crescimento das plantas. Este tipo de geoglifo é chamado de arborglifo.
Onde ficam os geoglifos mais conhecidos?
Linhas de Nazca no Peru
Linhas de Nasca ou Linhas de Nazca são sinônimos de “geoglifo” e se referem ao deserto peruano ou região de Nasca da costa sul, e são padrões geométricos e geomórficos criados pela remoção de pedras da superfície para revelar a terra pálida abaixo.
As linhas foram feitas limpando a superfície de pequenas pedras vermelhas ou marrons e expondo o solo de cor mais clara por baixo. Com efeito, as linhas retas irradiam para pontos em pequenas colinas e sugerem uma função cerimonial.
Alguns pesquisadores acreditam que as figuras representam constelações e as linhas retas têm significado astronômico. Outros acreditam que as linhas apontavam para lugares sagrados.
As linhas de Nazca são virtualmente indecifráveis do nível do solo, mas são claramente visíveis do ar. Elas foram preservadas pela extrema secura do clima da região.
Geoglifos da Amazônia
Os pesquisadores sabem muito pouco sobre a história dos geoglifos do Acre, que, ao contrário dos do Peru e da Inglaterra descobertos há mais de um século, estão entre os mais recentes a merecer a atenção dos arqueólogos.
Essas enormes figuras desenhadas no chão só foram reveladas no final do século XX com o aumento do desmatamento na Amazônia.
A falta de material genético em suas estruturas sugere que ali não havia aldeias. Alguns estudos argumentaram que as estruturas eram vestígios de civilizações que adoravam deuses geométricos e talvez preparassem o cenário para rituais religiosos.
Seja qual for a sua finalidade, os pesquisadores concordam que os geoglifos são essenciais para a compreensão do processo de ocupação e povoamento da região amazônica por civilizações antigas.
Além disso, eles também oferecem pistas sobre se a Amazônia pode ter sido uma savana há milhares de anos, quando a vegetação rasteira permitia os projetos antigos.
Homem Marree na Austrália
O Homem de Marree, também conhecido como Stuart’s Giant, é um geoglifo moderno no topo de um planalto em Finnis Springs, 60 km a oeste de Marree, no sul da Austrália.
Ele retrata um homem indígena australiano caçando com um bumerangue ou bastão e tem 2,7 km de altura com um perímetro de 28 km. Embora seja um dos maiores geoglifos do mundo, sua origem permanece um mistério, sem que ninguém se responsabilize por sua criação.
Inglaterra
O sul da Inglaterra tem várias figuras equinas e humanas cortadas em encostas de giz. Exemplos incluem o Uffington White Horse, Cerne Abbas Giant, Westbury White Horse, Cherhill White Horse e o Long Man of Wilmington. Alguns são antigos, outros dos últimos séculos.
Por fim, outros lugares onde os geoglifos foram descobertos incluem o Cazaquistão, partes do deserto da Grande Bacia, no sudoeste dos Estados Unidos. Figuras de colinas, labirintos de grama e labirintos de pedra da Escandinávia, Islândia, Lapônia e da antiga União Soviética.
Quais são as funções do geoglifos?
Acredita-se que os geoglifos tenham múltiplos propósitos simbólicos e rituais e comunicavam certas informações às pessoas que entendiam seu simbolismo.
Além disso, eles podem ter servido como ponteiros ou pontos de referência, talvez indicando onde se pode encontrar água ou forragem para os animais, ou alertando sobre dificuldades na paisagem e indicando caminhos seguros.
Pode ser ainda que eles façam parte de uma religião ou culto primitivo que pode ter combinado viagens comerciais com religião. Infelizmente, esse conhecimento agora está perdido, se é que já existiu e só podemos especular essas como algumas das possíveis funções dos geoglifos.
Como os geoglifos foram feitos?
Os geoglifos são geralmente construídos a partir de material natural forte, como pedra, e são notavelmente grandes em escala.
No caso dos mais famosos geoglifos de Nazca, eles foram feitos por meio da remoção de pedras que se desgastaram do solo do deserto; ou seja, pedras que desenvolveram uma pátina escura conhecida como “verniz do deserto” em sua superfície.
Uma vez removidas, as pedras mais claras abaixo ficaram visíveis, formando as famosas Linhas de Nasca. As pedras mais escuras extraídas foram postas nas bordas das linhas, formando uma borda que acentuava as linhas mais claras no interior.
Fontes: Pesquisa Fapesp, Revista Galileu, National Geographic, O Eco
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