Os Três Mosqueteiros, ou Les Trois Mousquetaires, como é conhecido em francês, é um romance de aventura histórico escrito por Alexandre Dumas. A história foi publicada pela primeira vez como uma série de jornal em 1844. Em suma, ‘Os Três Mosqueteiros’ conta sobre as muitas aventuras de D’Artagnan, um jovem que viaja a Paris para se juntar a guarda do rei.
Dumas foi fortemente influenciado pela verdadeira história e política francesa do século XVII, baseando muitos de seus personagens – incluindo D’Artagnan e cada um dos três mosqueteiros – em pessoas reais.
Com efeito, os três mosqueteiros fizeram muito sucesso na França. As pessoas esperavam em longas filas por cada nova edição do Le Siècle, o jornal parisiense em que a história de Dumas foi publicada pela primeira vez. Quase dois séculos depois, Os Três Mosqueteiros tornou-se um clássico ainda bastante procurado.
Atualmente, Dumas é lembrado por revolucionar o romance histórico, combinando história real com diversão e aventura. Desde sua publicação em 1844, Os Três Mosqueteiros foi adaptado inúmeras vezes para o cinema, televisão, teatro, bem como jogos virtuais e até de tabuleiro.
História dos Três Mosqueteiros
O enredo se passa em 1625 e se concentra nas aventuras de D’Artagnan, um jovem de 18 anos, que foi a Paris em busca de uma carreira. Assim que ele chega, as aventuras começam quando ele é atacado por dois estranhos que são na verdade agentes do Cardeal Richelieu: Milady de Winter e o Conde de Rochefort. Na verdade, o último rouba dele a carta de recomendação que seu pai havia escrito para apresentar ao Sr. de Tréville, capitão dos mosqueteiros do rei.
Quando D’Artagnan finalmente consegue conhecê-lo, o capitão não pode, portanto, oferecer-lhe um lugar em sua companhia. Ao sair, ele conhece Athos, Porthos e Aramis, três mosqueteiros do Rei Luís XIII, que estão se preparando para um duelo. A partir desse momento, D’Artagnan alia-se aos mosqueteiros dando início a uma longa amizade, além de ganhar a gratidão do rei.
O que se segue a esse encontro coloca D’Artagnan diante do perigo, intriga e glória que qualquer mosqueteiro poderia desejar. Mulheres bonitas, tesouros inestimáveis e segredos escandalosos abrilhantam esse conto fascinante de aventura, além da série de desafios que colocará Os Três Mosqueteiros e D’Artagnan à prova.
Curiosidades sobre Dumas e Os Três Mosqueteiros
Origem da frase: “Um por todos, todos por um”
A frase é tradicionalmente associada ao romance de Dumas, mas se originou em 1291 para simbolizar a união dos três estados da Suíça. Posteriormente, em 1902, as palavras ‘Unus pro omnibus, omnes pro uno’ (um por todos, todos por um) foram gravadas na cúpula do Palácio Federal de Berna, capital do país.
Dumas era um esgrimista talentoso
Quando criança, Alexandre gostava de caça e exploração ao ar livre. Assim, ele foi treinado pelo mestre de esgrima local, a partir dos 10 anos, e portanto compartilhava da mesma habilidade dos seus heróis.
Dumas escreveu duas sequências de Os Três Mosqueteiros
Os Três Mosqueteiros, ambientado entre 1625 e 1628, é seguido por Vinte Anos Depois, situado entre 1648 e 1649. Por conseguinte, o terceiro livro, O Visconde de Bragelonne é ambientado entre 1660 e 1671. Os três livros juntos são conhecidos como “romances de D’Artagnan”.
O pai de Dumas era um general francês
Conhecido por sua coragem e força, o general Thomas-Alexandre Dumas é considerado lendário. Por este motivo, Alexandre Dumas, que tinha apenas quatro anos na época da morte de seu pai, escreveu muitas das façanhas dele nas páginas de Os três mosqueteiros.
Os personagens dos três mosqueteiros são baseados em pessoas reais
Os três mosqueteiros foram baseados em pessoas reais, que Dumas descobriu enquanto fazia pesquisas.
Dumas foi vítima de ataques racistas
Muita gente se surpreende ao saber que Alexandre Dumas era negro. A sua avó paterna, Louise-Céssette Dumas, era uma haitiana escravizada. Conforme Alexandre Dumas se tornava bem-sucedido, seus críticos lançaram ataques públicos racistas contra ele.
O livro Os Três Mosqueteiros foi escrito por Dumas e Maquet
Embora apenas seu nome apareça na assinatura, Dumas deve muito a seu parceiro de redação, Auguste Maquet. Aliás, Dumas e Maquet escreveram dezenas de romances e peças juntos, incluindo Os Três Mosqueteiros, mas a extensão do envolvimento de Maquet segue em debate até hoje.
Traduções do livro de Dumas passou por processo de ‘higienização’ para se adequar aos padrões de moralidade vitorianos
Por fim, algumas traduções inglesas de Os três mosqueteiros foram publicadas em 1846. A mais conhecida delas é a tradução de William Barrow, que é fiel ao original, em sua maior parte. Barrow, no entanto, removeu quase todas as referências de Dumas à sexualidade e ao corpo humano, tornando a representação de certas cenas, menos impactantes.
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Fontes: Superinteressante, Letacio, Folha de Londrina, Jornal Opção, Infoescola
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