Por que andar de avião tem ficado mais perigoso?

Está com a sensação de que andar de avião tem ficado mais perigoso? Clique e saiba mais sobre o porquê disso estar acontecendo.

Por que será que andar de avião tem ficado mais perigoso? Tem sido muito comum ver nos jornais notícias sobre acidentes envolvendo aviões. Apesar da sensação de maior frequência, a aviação comercial ainda permanece ocupando o lugar de um dos meios de transporte mais seguros do mundo.

No entanto, as mudanças climáticas, por exemplo, vêm sendo apontadas como um dos principais elementos que podem impactar a segurança dos voos. O aumento da turbulência severa, causado pelo aquecimento global, tem sido estudado como um risco crescente, já que alterações nas correntes de ar podem tornar as viagens mais instáveis.

E aí, vamos saber mais sobre isso? Boa leitura!

Por que andar de avião tem ficado mais perigoso?

1- Pistas de pouso alagadas

A maioria dos aeroportos é construída em áreas mais baixas e, muitas vezes, próximas à água, o que facilita pousos e decolagens. No entanto, com o passar do tempo, essas regiões têm sido cada vez mais afetadas pela elevação do nível do mar, tornando a operação de voos mais arriscada.

Estima-se que pelo menos 100 aeroportos ao redor do mundo estejam abaixo do nível do mar, e, até 2100, cerca de 69 deles podem ficar submersos. Além da elevação das águas, outro fator preocupante é o aumento da intensidade dos ventos fortes, impulsionados pelas correntes de jato, que afetam a estabilidade das aeronaves durante pousos e decolagens.

2- Voos mais longos

As mudanças climáticas têm impactado diretamente a aviação, especialmente devido ao fortalecimento das correntes de jato, que geram ventos contrários e tornam os voos mais longos. Esse fenômeno tem sido observado principalmente em rotas transatlânticas, onde aeronaves enfrentam maior resistência ao viajar no sentido oposto ao fluxo dessas correntes de ar.

Diante disso, como consequência, aumenta o tempo de voo, o consumo de combustível e, consequentemente, as emissões de carbono, o que ocasiona o impacto ambiental da aviação.

Por fim, outro ponto importante é que esse efeito pode gerar atrasos e custos operacionais mais altos para as companhias aéreas, que precisam ajustar rotas e considerar escalas extras para reabastecimento.

Em contrapartida, no sentido favorável das correntes de jato, os aviões podem ganhar velocidade e reduzir a duração do voo, mas essa variação imprevisível no tempo de viagem representa um desafio para o planejamento da aviação global.

Leia também: Ebulição global: o que é e quais são as causas desse fenômeno?

3- Aumento do calor

O aumento das temperaturas ao redor do mundo tem se tornado um dos pontos que ajudam a levantar o questionamento sobre o fato de andar de avião estar ficando mais perigoso, uma vez que torna as decolagens mais complexas e, em alguns casos, até muito mais arriscadas.

Isso ocorre porque o calor intenso reduz a densidade do ar, o que compromete a sustentação necessária para que um avião consiga sair do solo com segurança. Dessa forma, como resultado, as aeronaves precisam de pistas mais longas e, muitas vezes, de uma redução no peso transportado, afetando tanto passageiros quanto cargas.

Também, aeroportos localizados em regiões quentes ou de grande altitude são ainda mais impactados, pois já enfrentam naturalmente um ar menos denso. Em dias de calor extremo, algumas companhias aéreas chegam a cancelar voos ou reprogramá-los para horários mais frescos, minimizando os riscos. Ou seja: isso é bem sério!

4- Aumento das turbulências

Como a gente já sabe, as mudanças climáticas têm impactado diversos aspectos do planeta, e isso pode fazer com que fique mais perigoso andar de avião. O aumento das turbulências severas tem se tornado cada vez mais frequentes, especialmente em rotas muito utilizadas, como as transatlânticas.

Um dos principais fatores para isso é a intensificação dos ventos de altitude, provocada pelo aquecimento global, que afeta a chamada corrente de jato, um dos principais motores das turbulências em grandes altitudes.

Um estudo do professor Paul D. Williams, da Universidade de Reading, aponta que as turbulências no Atlântico Norte aumentaram quase 60% nas últimas décadas. Esse crescimento representa um risco maior para passageiros e tripulação, além de impactar economicamente as companhias aéreas, que precisam lidar com custos extras de manutenção e rotas mais instáveis.

Infelizmente, os especialistas alertam que essa tendência deve continuar nas próximas décadas, tornando os voos potencialmente mais turbulentos e exigindo novas estratégias para minimizar os impactos.

5- Danos aos aviões

Voar sob chuva não é um problema para os aviões, já que eles são projetados para enfrentar diversas condições meteorológicas. No entanto, alguns fenômenos climáticos exigem atenção especial de todos os envolvidos para um voo seguro.

O granizo, por exemplo, pode danificar a fuselagem e os motores, comprometendo a segurança do voo. Além disso, as tempestades intensas podem gerar turbulências severas, o que acaba dificultando o controle da aeronave e impactando a experiência dos passageiros.

Outro fator preocupante é a formação de gelo nas asas, que pode reduzir a sustentação e prejudicar a estabilidade do avião. Por isso, às vezes, isso pode trazer a sensação de que andar de avião tem ficado mais perigoso.

6- Aviões muito antigos

Outro fator que contribui para a sensação de que voar está mais perigoso é o fato de algumas companhias aéreas ainda operarem com aeronaves mais antigas. Embora muitos desses modelos passem por manutenção rigorosa, o desgaste natural e a defasagem tecnológica podem impactar a segurança.

Sistemas de navegação e controle mais modernos oferecem maior precisão e eficiência, além de lidarem melhor com mudanças climáticas e turbulências mais intensas, que vêm se tornando mais frequentes.

Além disso, a crescente demanda por voos pode levar algumas empresas a postergar a renovação da frota para reduzir custos, o que aumenta a preocupação dos passageiros. Modelos mais antigos tendem a consumir mais combustível e a exigir mais manutenção, o que pode afetar tanto a segurança quanto a pontualidade dos voos.

7- Colisão com pássaros

As mudanças climáticas continuam impactando diversos setores, e a aviação não é exceção. O aumento das temperaturas e as alterações nos padrões climáticos afetam o comportamento das aves, levando a um crescimento no número de colisões entre pássaros e aeronaves.

Essas colisões, conhecidas como bird strikes, podem causar sérios danos aos motores, colocando em risco a segurança dos voos. Nos Estados Unidos, estima-se que mais de 14 mil incidentes desse tipo sejam registrados anualmente, resultando em prejuízos milionários para as companhias aéreas e até mesmo atrasos e cancelamentos de voos. E, claro, a sensação de que andar de avião tem ficado mais perigoso.

Diante disso, para minimizar esses problemas, aeroportos ao redor do mundo adotam medidas como sistemas de radar para detectar aves, e até uso de sons para espantá-las para bem longe das pistas de voo.

8- Maior tráfego aéreo

Por fim, além das questões climáticas, outro fator relevante é o crescimento no número de voos. Com mais aeronaves circulando simultaneamente, o tráfego aéreo se torna mais intenso, exigindo maior coordenação para evitar incidentes.

DIante disso, esse aumento pode elevar o risco de colisões no ar, especialmente em áreas de grande movimentação, como proximidades de aeroportos e corredores aéreos congestionados.

E aí, o que achou do nosso conteúdo?

Leia também: Acidentes de avião, 10 piores acidentes já registrados na história

Outras postagens