O Planeta Terra é antigo, cerca de 4,6 bilhões de anos. Todo esse tempo levou a uma evolução gradual, que alterou bruscamente a sua foram. A sua aparência, como era, já não é mais. Além disso, no principio, não havia seres vivos povoando essa grande bola azul.
Demorou alguns milhões de anos para que a vida na Terra surgisse de vez. Para ser mais exato, os primeiros seres vivos só “nasceram” há cerca de 3,5 bilhões de anos. Muitas hipóteses foram levantadas sobre como a vida humana surgiu. Duas delas se destacam
Geração espontânea e hipótese extraterrestre
Uma das primeiras hipóteses sobre a origem da vida humana surgiu a mais de dois mil anos, através de Aristóteles. O filósofo grego propôs que a vida possa ter surgido de uma matéria sem vida, um objeto com “força” capaz de criar vida.
Até o século XIX, imaginava-se que a vida tinha realmente surgido de uma geração espontânea, como proposto por Aristóteles. Essa teoria explicava, por exemplo, o aparecimento de vermes no intestino humano, como a lombriga, ou o surgimento de ”vermes” no lixo ou na carne em putrefação. Ainda não havia ocorrido o florescer da ciência.
Outra hipótese marcante foi a de Svante Arrhenius (1859-1927), um físico e químico sueco, que acreditava que poeiras espaciais e meteoritos caíram em nosso planeta, no passado, trazendo certos tipos de microrganismos, provavelmente semelhantes a bactérias. Esses microrganismos, então, foram se reproduzindo, dando origem à vida na Terra.
Mas, como surgiu a vida na Terra
Na prática, a origem da vida na Terra é bem menos sobrenatural, e muito mais prática. Foi só em 1936, que o russo Alexander Oparin formulou a hipótese de Oparin, que a teoria mais aceita no campo cientifico sobre a origem da vida no Mundo.
A teoria mostra que na atmosfera primitiva, existiriam metano, amônia, hidrogênio e vapor de água. Sob altas temperaturas, em presença de centelhas elétricas e raios ultravioletas, tais gases teriam se combinado, originando aminoácidos, que ficavam flutuando na atmosfera. Com a saturação de umidade da atmosfera, começaram a ocorrer as chuvas. Os aminoácidos eram arrastados para o solo. Submetidos a aquecimento prolongado, os aminoácidos combinavam-se uns com os outros, formando proteínas.
A hipótese de Oparin
A teoria continua mostrando que as chuvas lavavam as rochas e conduziam as proteínas para os mares. Consequentemente surgia a “sopa de proteínas” nas águas mornas dos mares primitivos. As proteínas dissolvidas em água formavam coloides. Os coloides se interpenetravam e originavam os coacervados. Os coacervados englobavam moléculas de nucleoproteínas. Depois, organizavam-se em gotículas delimitadas por membrana lipoprotéica. Assim surgiam as primeiras células.
Essas células pioneiras eram muito simples e ainda não dispunham de um equipamento enzimático capaz de realizar a fotossíntese. Eram, portanto, heterótrofas. Só mais tarde, surgiram as células autótrofas, mais evoluídas. E isso permitiu o aparecimento dos seres de respiração aeróbia. Atualmente, se discute a composição química da atmosfera primitiva do nosso planeta, preferindo alguns admitir que, em vez de metano, amônia, hidrogênio e vapor de água, existissem monóxido de carbono, dióxido de carbono, nitrogênio molecular e vapor de água. Esses organismos simples, foram os primeiros seres vivos.
Na década de 1950, os cientistas Stanley Miller, em 1953, e Sidney Fox , em 1957, propuseram testes científicos para comprovar a veracidade da hipótese de Oparin com sucesso, tornando-a a teoria mais aceita sobre a origem da vida.
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Fonte: Portal Brasil Só Biologia
Imagem: Manual dos Curiosos Método Fine Art America, Professor Moises de Oliveira
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