Os sintomas de pressão arterial alta, ou hipertensão, são mais comuns em idosos, mas podem ocorrer desde a infância e adolescência. No Brasil, por exemplo, a Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que cerca de 36 milhões de pessoas sofram com a condição.
A pressão alta é uma doença crônica, ou seja, sem cura. Sem controle e tratamento, ela é a principal causas de problemas de saúde em órgãos como coração, rins e até mesmo cérebro.
O diagnóstico ocorre quando o nível de pressão sanguínea nos vasos e artérias está muito alto, acima do valor médio de 12 por 8. Dessa maneira, qualquer medição que indicar valores variando acima disso precisa de uma avaliação médica. Também é possível diagnosticar problemas em casos de pressão baixa.
Isso porque o surgimento dos sintomas costuma acontecer somente quando a pressão já está muito alta, o que significa que a condição está avançada e pode oferecer riscos maiores.
Fatores de risco para pressão alta
Os sintomas de pressão alta ocorrem principalmente em pessoas mais velhas. Em homens, o problema é comum a partir dos 50 anos, enquanto as mulheres costumam apresentar os sinais a partir dos 60. A etnia também pode ser um fator de influência, já que os quadros são mais comuns em negros.
Além disso, 90% dos pacientes com hipertensão herdaram a condição dos pais.
Para além das condições genéticas, no entanto, existem outros fatores de risco que promovem o desenvolvimento da doença. O sobrepeso e a obesidade, por exemplo, estão entre os principais fatores. Cerca de 70% dos homens com hipertensão está acima do peso. Em mulheres, o número cai para 61%, mas ainda indica muito risco.
A falta de cuidados com a saúde também favorece o surgimento de sintomas de pressão alta. Sedentarismo e estresse ajudam no desenvolvimento da condição, bem como o consumo diário de álcool, cigarro ou sal em excesso (acima de 5g).
Principais sintomas de pressão arterial alta
Dores de cabeça
Quando o paciente sofre com pressão alta, a dor de cabeça aparece com muita frequência. Especialmente pacientes que não costumam sofrer com o problema com frequência, podem perceber os primeiros sinais como alerta.
Zumbidos no ouvido
Quadros de pressão alta também provocam alguns barulhos incômodos no ouvido, como zumbidos ocasionais.
Falta de ar
Um dos sintomas comuns de pressão alta é falta de ar. Isso acontece porque o problema desencadeia vários mecanismos de compensação pelo corpo, gerando a dificuldade de respiração e quadros de dores no peito.
Visão dupla ou embaçada
A pressão alta provoca problema de distribuição do sangue pelo corpo, o que é sentido com mais intensidade em áreas com vasos delicados. Por causa disso, é normal que a visão seja afetada e até diminuída, em quadros mais graves.
Tonturas frequentes
Da mesma forma que a alteração na circulação provoca problemas de visão, também pode provocar tonturas. Quando a circulação rápida afeta a distribuição de oxigênio, por exemplo, o raciocínio e o equilíbrio podem sofrer alterações.
Outros sintomas
Além dos sintomas mais comuns para pressão alta, também é comum perceber outras alterações no corpo. Os quadros de dor de cabeça e tontura podem evoluir para provocar enjoos e dores na nunca. Da mesma maneira, a má circulação nos olhos pode gerar pequenos pontos de sangue no local.
Alguns pacientes também podem sofrer com maior sonolência ao longo do dia, resultado da elevação da pressão. Em alguns casos, as palpitações cardíacas também são frequentes.
No entanto, é importante lembrar que a hipertensão é uma doença silenciosa, na maioria dos casos. Isso significa que quando os sintomas começam a se manifestar de forma mais agressiva, a pressão já está muito alta.
Pressão alta na gravidez
A hipertensão na gravidez acomete cerca de 5 a 10% das gestantes. Ela pode ocorrer em dois níveis de gravidade e é a principal causa de morte materna no Brasil.
O quadro de pré-eclampsia costuma se desenvolver a partir da vigésima semana de gestação, com sintomas que incluem dores de cabeça, tontura e inchaço de áreas como mãos e rosto.
Já o quadro de eclampsia apresenta a forma mais grave da doença. Nessa situação, as gestantes também podem sofrer com convulsões, hemorragias, perda da função renal, derrame ou mesmo a morte.
Apesar do risco, os sintomas de pressão alta na gravidez surgem a partir de alguns fatores de risco. Entre eles estão a primeira gravidez na adolescência, quadro anterior de pressão alta crônica ou pré-eclampsia em gravidez, bem como diabetes, trombose, doenças renais, lúpus e esclerodermia.
Diagnóstico de pressão alta
Idealmente, todas as pessoas devem medir a pressão ao menos uma vez ao ano. Para pessoas com histórico de hipertensão na família, entretanto, a indicação sobe para uma vez a cada semestre.
O médico pode pedir a realização de um MAPA para o diagnóstico. Nesses casos, o paciente tem a pressão monitorada por um aparelho específico durante 24 horas do dia, para uma medição precisa das alterações diárias.
Dessa maneira, é possível perceber se a indicação de pressão alta ocorreu por um momento isolado ou por quadro real de hipertensão.
Prevenção e tratamento
Antes do surgimento dos primeiros sintomas de pressão arterial alta, é possível tomar alguns cuidados para evitar o quadro. Geralmente, eles estão ligados a hábitos saudáveis de rotina e alimentação.
Ter uma alimentação equilibrada com poucas comidas gordurosas, frituras e embutidos ou industrializados, por exemplo, ajuda a controlar a pressão. Da mesma maneira, sal, álcool e cigarro devem ter o consumo reduzido ou eliminado do dia-a-dia.
Praticar exercícios físicos regularmente também é indicado para o controle da pressão alta. Além de manter a saúde controlada, o hábito também ajuda a evitar o estresse, um dos fatores de risco para o surgimento dos sintomas de pressão alta.
A pressão alta é uma doença que não tem cura, mas com tratamento adequado pode ser controlada. Dessa maneira, os pacientes conseguem manter uma vida normal e saudável, enquanto o tratamento e os hábitos saudáveis forem mantidos.
Alguns medicamentos podem ser utilizados para controlar os sintomas de pressão arterial alta e reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Nesses casos, é comum que o paciente faça uso dos medicamentos durante toda a vida.
Eles estão disponíveis em diferentes categorias, de acordo com a indicação médica. Entre os principais remédios para tratar hipertensão estão diuréticos, inibidores adrenérgicos, vasodilatadores diretos, inibidores da enzima conversora da angiotensina, antagonistas dos canais de cálcio e antagonistas do receptor da angiotensina II.
Além disso, os tratamentos devem estar inclusos em rotinas de mudanças de hábitos de prática de atividades físicas, alimentação e outros que favorecem uma vida saudável.
Fontes: Mais Pfizer, Tua Saúde, Saúde Abril, Part Med Saúde, Euro Farma
Imagens: Unsplash,