Um tesouro de joias, medalhões e artefatos históricos foi desenterrado nas Bahamas. A descoberta remonta ao lendário naufrágio de um navio espanhol do século XVII – e o público agora pode vê-lo.
Nuestra Señora de las Maravillas (Nossa Senhora das Maravilhas), um navio espanhol de dois decks, afundou em 4 de janeiro de 1656 ao largo do Little Bahama Bank, no norte das Bahamas, em uma viagem de Cuba para Sevilha.
Ele carregava vários tesouros, tanto do tesouro real quanto de propriedade privada. Em suma, o navio de 891 toneladas afundou após colidir com a capitânia da frota. Vamos saber mais sobre os tesouros do naufrágio neste artigo.
Tesouros encontrados no naufrágio espanhol
Sob uma nova licença de escavação concedida em 2020, a Allen Exploration, uma empresa de investimentos que fez parceria com o governo das Bahamas, finalmente encontrou os tesouros no naufrágio espanhol. Aliás, os itens estão exibidos no novo Museu Marítimo das Bahamas, em Freeport.
Entre as descobertas estava uma corrente de filigrana de ouro de 1,76 metro de comprimento e vários pingentes de joias que pertenceram a cavaleiros da Ordem de Santiago, uma ordem religiosa e militar centenária.
Um dos pingentes de ouro apresenta uma grande esmeralda colombiana oval e uma dúzia de esmeraldas menores, que os especialistas acreditam que podem representar os 12 apóstolos, ao lado da Cruz de São Tiago.
Outros artefatos incluiam porcelana chinesa e jarros de azeitona, bem como um cabo de espada de prata. Por fim, três outros pingentes de cavaleiro também foram descobertos, incluindo um em forma de concha de vieira dourada.
Sobre o naufrágio
O Nuestra Señora de las Maravillas afundou em 1656 depois de colidir com outro barco de sua frota e colidir com um recife de coral nas Bahamas.
O navio carregava um tesouro, parte do qual estava reservado como imposto real para o rei Filipe IV, de Cuba para Sevilha, na Espanha. Aliás, a embarcação continha mais carga do que o normal, pois também estava transportando tesouros recuperados de outro navio que havia afundado dois anos antes.
A trilha do tesouro se estendia por mais de 13 quilômetros e estava enterrada sob areia e corais mortos no Little Bahama Bank desde então. Sob a Lei de Antiguidades, Monumentos e Museus, todos os destroços nas águas das Bahamas são de propriedade do Governo das Bahamas.
Desse modo, a Allen Exploration (AllenX) obteve uma licença de pesquisa em 2019 e uma licença de escavação em 2020.
Fontes: Canaltech, CNN, Aventuras na História, Correio Braziliense
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