Tiranossauro rex tinha quase um ar-condicionado no crânio, diz Ciência

Nova descoberta aponta que o sistema de ventilação do Tiranossauro rex funcionava como mecanismo de controle da temperatura de seu organismo

Tiranossauro - rascunho

A natureza sempre se encarrega de nos fornecer o que precisamos para sobreviver. Sendo assim, não seria diferente no caso de um dos maiores predadores que já pisou na Terra, o Tiranossauro rex. Mesmo que a espécie tenha desaparecido há milhares de anos, ainda hoje nos surpreendemos com descobertas a respeito do assunto.

O Tiranossauro rex era tão grande que precisava de mecanismos de resfriamento no seu corpo. Novas pesquisas indicam que o dinossauro possuía dois grandes orifícios no seu crânio que servia como um aparelho de ar condicionado.

Ou seja, de acordo com pesquisadores estadunidenses, as cavidades estavam cheias de vasos sanguíneos que ajudavam o animal a liberar o calor de seu corpo. Antes, acreditava-se que os buracos eram preenchidos por músculos.

Como os jacarés ajudou na descoberta

Tiranossauro - rascunho
Pixabay

Animais de grande porte que vivem em ambientes quentes precisam produzir maneiras de controlar a temperatura de seus corpos. Isso porque o calor corporal excessivo pode sobrecarregá-los.

Pensando nisso, o pesquisador Casey Holliday e seus colegas de equipe da Universidade de Missouri, resolveram estudar a anatomia dos jacarés. Para isso, a equipe utilizou aparelhos de imagem térmica, que retratam calor como luz, e examinaram os animais do Parque Zoológico de St. Augustine Alligator Farm, na Flórida.

De acordo com ele, é difícil fotografar o crânio do jacaré na natureza. Isso porque eles estão sempre longe de humanos e são perigosos. Sendo assim, estar na fazenda os permitiu subir em cercas e fazer o registro de fotos e vídeos do animal.

Ao analisar as imagens, os cientistas descobriram que os jacarés possuem orifícios cheios de vasos sanguíneos no crânio. Portanto, de acordo com o um dos pesquisadores, Kent Vliet, o calor do corpo do animal varia de acordo com o ambiente.

Segundo ele, quando o clima estava frio e os jacarés tentavam se aquecer, a imagem térmica mostrava grandes pontos quentes nos orifícios na parte superior do crânio, indicando aumento na temperatura. Por outro lado, quando estava mais quente, as cavidades ficavam escuras, como se estivessem desligadas, se refrescando.

Por fim, ao comparar imagens em 3D e fósseis do crânio do Tyranossauro rex, a pesquisa mostrou que o dinossauro possuía orifícios parecidos. A pesquisa foi publicada no periódico “Anatomical Record”.

Anatomia do Tiranossauro rex

Tiranossauro - rascunho
Fóssil tiranossauro rex – Pixabay

O estudo trouxe novas descobertas para a ciência. Isso porque antes se acreditava que as cavidades no crânio do dinossauro eram repletas de músculo que o auxiliavam nos movimentos da mandíbula.

De acordo com Holliday, a teoria parecia estranha, já que o músculo precisava sair da mandíbula fazer uma curva de 90° e seguir para cima. Deste modo, com base na pesquisa com jacarés e outros répteis, o cientista afirma ter evidências convincentes da existência de vasos sanguíneos na área.

Ainda segundo o pesquisador, um predador como o tiranossauro, precisaria liberar e coletar calor de formas iguais. Neste sentido, os vasos sanguíneos no topo do crânio funcionavam como um mecanismo para coleta ou liberação de calor.

Larry Witmer, professor de anatomia da Universidade de Ohio, concorda com o estudo. Comentou, inclusive, que há mais de cem anos acreditava-se na existência de músculos semelhantes nos dinossauros.

Entretanto, segundo ele, após os estudos de anatomia e fisiologia nos animais atuais, podemos derrubar essas hipóteses iniciais sobre a anatomia dessa parte do crânio do tiranossauro rex.

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Fonte: G1

Imagem de destaque: Pixabay

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