Pressão alta: o que é, sintomas, causas, fatores de risco e tratamento

Você tem pressão alta? A doença é silenciosa, mas pode ter alguns sintomas decisivos que as pessoas costumam ignorar. Veja quais são eles!

A hipertensão, ou pressão alta, é uma condição relativamente comum que afeta mais de 30 milhões de pessoas no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Todavia, a hipertensão não tratada pode resultar em ataque cardíaco, insuficiência cardíaca, derrame, aneurisma, perda de visão e outras condições graves.

À medida que seu coração bate e o sangue se move pelo corpo, ele empurra as laterais dos vasos sanguíneos. Desse modo, a força com que empurra é a pressão arterial.

Em suma, a pressão arterial é medida com dois números: o primeiro número é a pressão arterial sistólica ou o nível mais alto que sua pressão arterial atinge quando o coração bate. Por outro lado, o segundo número é a pressão arterial diastólica ou o nível mais baixo que atinge quando o coração relaxa entre os batimentos.

Sintomas da pressão alta

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Muitas pessoas com pressão alta não apresentam nenhum sintoma, o que torna a hipertensão um assassino silencioso. Dessa forma, algumas pessoas podem ter falta de ar, bem como sangramento nasal ou dores de cabeça, mas esses sintomas geralmente não aparecem até que a pressão alta alcance um nível de risco de vida.

Assim, a melhor maneira de monitorar sua pressão arterial é por meio de visitas regulares ao seu médico ou especialista, sobretudo se notar alguns dos sintomas abaixo:

  • Tontura
  • Indisposição para as tarefas diárias
  • Cansaço excessivo
  • Palpitações
  • Insônia
  • Dores de cabeça e/ou na nuca

Causas da pressão alta

6 sintomas de pressão alta que as pessoas costumam ignorar
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Existem dois tipos básicos de pressão alta, que são rotulados como primária e secundária. Com efeito, a hipertensão primária ocorre gradualmente ao longo de muitos anos e não tem causa identificável. Portanto, um histórico familiar de hipertensão primária pode aumentar seu risco de desenvolver pressão alta.

Por outro lado, a hipertensão secundária geralmente é o resultado de outra condição ou do uso de certos medicamentos. Ou seja, ela tende a aparecer repentinamente e geralmente resulta em níveis mais elevados do que a hipertensão primária.

Algumas das causas podem incluir apneia do sono, problemas renais ou tireoidianos e certos defeitos nos vasos sanguíneos. Ademais, alguns medicamentos também podem causar hipertensão secundária, incluindo pílulas anticoncepcionais, remédios para resfriado e descongestionantes.

Fatores de risco

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Existem muitos fatores que podem aumentar o risco de hipertensão, incluindo:

  • Idade e histórico familiar, sendo a hipertensão mais comum em pessoas com mais de 60 anos;
  • Pessoas com sobrepeso ou obesidade;
  • Não ser suficientemente ativo, o que faz com que seu coração trabalhe mais para fazer o sangue circular;
  • O uso de álcool e tabaco, visto que o uso prolongado pode causar danos às artérias e ao coração;
  • Muito sal ou pouco potássio na alimentação;
  • O estresse pode aumentar temporariamente a pressão arterial, mas o estresse crônico pode mantê-la elevada;
  • Certas condições crônicas, como diabetes, apneia do sono e doenças renais;

Complicações

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Vale lembrar que se não for tratada, o aumento da pressão nas paredes das artérias causado pela hipertensão pode danificar nossos vasos sanguíneos e órgãos. Portanto, quanto mais alta a pressão e mais tempo ela fica descontrolada, maior o dano. Assim, a pressão alta que não é bem controlada pode levar a complicações de saúde, incluindo:

Ataque cardíaco ou derrame

A pressão alta pode levar à aterosclerose, ou seja, uma condição em que nossas artérias ficam mais espessas, aumentando o risco de ataque cardíaco, derrame ou outras complicações.

Insuficiência cardíaca

Uma pressão mais alta significa que nosso coração tem que trabalhar mais para bombear o sangue pelo corpo, o que pode levar à insuficiência cardíaca. Desse modo, isso pode fazer com que os músculos do coração engrossem em uma condição conhecida como hipertrofia ventricular esquerda, tornando mais difícil para o coração bombear sangue suficiente.

Aneurisma

Os vasos sanguíneos podem enfraquecer e inchar em resposta ao aumento da pressão arterial, formando um aneurisma, que pode ser mortal se rompido.

Falência renal

A hipertensão é a segunda causa principal de insuficiência renal. Com o tempo, o aumento da pressão arterial pode estreitar, enfraquecer ou endurecer as artérias ao redor do nosso rim e limitar o fluxo sanguíneo para os tecidos. Portanto, isso pode causar danos ou insuficiência renal.

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Perda de visão

A visão pode ser prejudicada se os vasos sanguíneos da retina forem danificados. Essa condição é conhecida como retinopatia hipertensiva e pode causar sérios danos se não for tratada imediatamente.

Problemas de memória ou compreensão

A hipertensão pode afetar a capacidade de pensar e aprender. Se os vasos sanguíneos que fornecem oxigênio e nutrientes para as células cerebrais responsáveis ​​pela memória forem danificados como resultado do aumento da pressão arterial, é possível ter perda de memória de curto prazo.

Demência vascular

A demência vascular é um tipo de demência causada por diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro. Desse modo, o aumento da pressão arterial pode levar ao estreitamento ou bloqueio das artérias que limitam o fluxo sanguíneo para o cérebro, resultando no desenvolvimento de demência vascular.

Síndrome metabólica

A síndrome metabólica é um conjunto de condições que incluem pressão alta , açúcar elevado no sangue, grande circunferência da cintura e níveis anormais de colesterol ou triglicerídeos.

Assim, ter uma dessas condições não significa que temos síndrome metabólica. No entanto, se desenvolvermos mais dessas condições, nosso risco de complicações como diabetes tipo 2 e doenças cardíacas aumenta.

Tratamentos para hipertensão

Pressão alta: o que é, sintomas, causas, fatores de risco e tratamento
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Por fim, em alguns casos, a hipertensão pode ser controlada por meio de mudanças na dieta e no estilo de vida. Como resultado, isso pode incluir reduzir a ingestão de sódio, reduzir a ingestão de álcool, perder peso, parar de fumar e mudar sua alimentação.

Além disso, a dieta DASH, que significa Dietary Approaches to Stop Hypertension, é um plano alimentar comum que pode ajudar a reduzir a pressão arterial elevada. Assim, exercícios moderados por pelo menos 30 minutos, cinco a sete dias por semana, também podem ajudar a reduzir sua pressão arterial.

Alguns dos tipos mais comuns de medicamentos para pressão arterial incluem:

  • Diuréticos: esses medicamentos removem algum sal do corpo, o que reduz o fluido nos vasos sanguíneos e faz com que a pressão arterial baixe.
  • Beta-bloqueadores: permitem que o coração bata mais devagar, com menos força, o que resulta em redução da pressão arterial
  • Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (também chamados de inibidores da ECA):  em suma, eles bloqueiam a formação de um hormônio que estreita os vasos sanguíneos, permitindo que os vasos sanguíneos se abram
  • Bloqueadores do receptor da angiotensina II (BRAs): esses medicamentos são mais novos, mas funcionam de maneira semelhante aos inibidores da ECA para dilatar os vasos sanguíneos
  • Bloqueadores dos canais de cálcio: impedem que o cálcio entre nas células musculares do coração e dos vasos sanguíneos, o que relaxa os vasos sanguíneos.

Então, agora falando em remédios fortes, efeitos colaterais e doenças traiçoeiras, você deveria conferir também: 10 medicamentos que você JAMAIS deveria tomar por conta própria.

Fonte: iG

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Bibliografia

MINISTÉRIO DA SAÚDE BRASIL. Cadernos de atenção básica: estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica – hipertensão arterial sistêmica. 2014. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/hipertensao_arterial_sistemica_cab37.pdf>.

SOCIEDADE PORTUGUESA DE HIPERTENSÃO. Hipertensão arterial (HTA): o que é?. Disponível em: <https://www.sphta.org.pt/pt/base8_detail/24/89>.

FUNDAÇÃO PORTUGUESA DE CARDIOLOGIA. Tudo o que precisa saber sobre Hipertensão arterial. 2013. Disponível em: <http://www.fpcardiologia.pt/wp-content/uploads/2013/08/Brochura-CRC-N%C2%BA-9-Hip.-Art..pdf>.

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