O álcool etílico, ou etanol, é um dos mais conhecidos tipo de álcool, uma vez que é o único utilizado na produção de bebidas. Seu consumo é antigo e oriundo de acidentes ou experimentos com fermentação culinária.
A fermentação é um processo químico em que fungos específicos atuam sobre ingredientes, gerando o teor alcoólico. Com o tempo, a tecnologia também desenvolveu o processo de destilação, permitindo a produção de bebidas com maior teor alcoólico.
Ainda que tenha o consumo aceito e normalizado na sociedade, o seu consumo pode provocar danos. Isso porque o álcool é uma droga psicotrópica com atuação no sistema nervoso central, capaz de gerar dependência.
Álcool: estimulante ou depressor?
O álcool é classificado como depressor, por desacelerar funções vitais e reduzir a capacidade de raciocínio do usuário. Apesar disso, ele também possui efeitos estimulantes.
Logo após a ingestão das primeiras doses, por exemplo, é possível sentir os efeitos de euforia. Entretanto, quando o consumo cruza a linha de tolerância do corpo, os efeitos depressores passam a agir. A partir daí, começam a aparecer efeitos de perda de raciocínio, coordenação, controle e discernimento.
Efeitos do álcool
Assim que os efeitos de euforia e desinibição passam, com as primeiras doses, chegam os efeitos depressores. Com eles, é possível perceber sintomas como descontrole, falta de coordenação motora e sono. Além disso, o consumo também pode provocar vermelhidão no rosto, dores de cabeça e mal-estar.
Quando consumido em excesso, o álcool é visto como ameaçador da saúde, já que pode causar danos a órgãos como fígado, coração, vasos e estômago. Entre as principais doenças causadas pelo consumo estão cirrose, gastrite, polineurite, anemia, pelagra e úlceras cutâneas. A gravidade e intensidade das reações depende da quantidade e velocidade do consumo, bem como da resistência de cada usuário.
Caso provoque uma overdose, os efeitos são ainda mais graves. Alguns pacientes ficam com sequelas que podem envolver incapacidade para sentir dor, intoxicação, inconsciência ou até mesmo a morte.
Por outro lado, quando um dependente corta o consumo. A síndrome de abstinência é caracterizada por sintomas como confusão mental, visões, ansiedade, tremores e convulsões.
Teor alcoólico
Em média, bebidas fermentadas possuem um teor alcoólico que pode ir de 2% a 20% de álcool. Já as destiladas, possuem cerca de 40% a 50% a mais do que as fermentadas.
- Cerveja: de 2 a 6%
- Cidra: de 4 a 8%
- Vinho: de 8 a 20%
- Tequila: 40%
- Rum: 40% ou mais
- Conhaque: 40% ou mais
- Gim: de 40 a 47%
- Uísque: de 40 a 50%
- Vodca: de 40 a 50%
- Licores: de 15 a 60%
Álcool no corpo humano
A absorção do álcool consumido tem início no estômago, onde cerca de 20% é digerido. Os 80% restantes são absorvidos no intestino delgado e distribuídos rapidamente para todos os tecidos e líquidos do corpo. Entre eles, estão inclusos até mesmo o cérebro a placenta (onde pode atingir o feto).
Assim que é absorvido, atinge a concentração máxima no sangue de 30 a 90 minutos. A partir daí, é eliminado a uma média de 0,1 a 0,2 g/l por hora.
Para ser metabolizado, ele passa pelo fígado, onde a enzima ADH (álcool desidrogenase) atua, transformando-o em gordura.
Fontes: Mundo Sem Drogas, Brasil Escola, Pol BR, FURG
Imagens: Veja Saúde, India TV, Medical News Today, The Times, Inside Edition