Quando a gente fala em florestas, dificilmente o primeiro pensamento na cabeça são ecossistemas aquáticos. Apesar disso, no entanto, é possível encontrar comunidades que são verdadeiras florestas nas águas, graças a existência das algas.
Assim como nas florestas comuns, em ambientes terrestres, essas também contribuem com o ambiente. Isso porque as algas também cumprem a função de despejar oxigênio no ar.
As algas são formadas por diferentes espécies do Reino Protista. Todas elas, no entanto, compartilham alguns traços: ser eucarionte, autótrofas e fotossintetizantes dotados de clorofila.
O que são
Apesar de pertencerem ao Reino Protista, as algas já foram incluídas no Reino Plantae. Atualmente, são estudadas por uma área da biologia chamada Ficologia. Isso porque ficos, em grego, significa algas.
Dentro do grupo, existem espécies unicelulares ou multicelulares. Existem ainda as macroscópicas pluricelulares. Elas podem ser encontradas em água doce (rios e lagos), bem como em água salgada (mares e oceanos). Seus corpos são formados apenas por um talo, ou seja, sem raiz, caule ou folha.
Dispostas na superfície da água, elas consomem o oxigênio dissolvido na água para respirar. No processo de fotossíntese, liberam tanto oxigênio na atmosfera que são conhecidas como pulmão do mundo. Isso porque cerca de 70 a 90% do oxigênio do planeta é liberado pelas algas.
Como vivem as algas
Embora também possam ser encontradas em ambientes de água doce, elas são abundantes nos oceanos. Em ambos ambientes, vivem em comunidades chamadas de fitoplâncton e fitobentos.
O fitoplâncton é formado por várias microalgas que flutuam com as ondas em liberdade. Essa formação é importante para servir de alimento orgânico na base da cadeia alimentar aquático, bem como para a produção de oxigênio. Por outro lado, os fitobentos costumam ser macroscópicos, podem ter dezenas de metros e se fixam no fundo do mar.
A maioria das espécies se reproduz de forma sexuada. Quando estão maturas, as formas unicelulares haploides se fundem e geram um zigoto diploide. Logo após a união, ocorre uma divisão por meio que gera quatro novas células.
Existem algumas algas, no entanto, que podem realizar a reprodução assexuada. Nesses casos, há divisão binária ou fragmentação. Para completar, há ainda espécies multicelulares que se reproduzem por zoosporia.
Tipos de algas
As diferentes espécies são classificadas basicamente por duas características. São elas, o tipo de pigmento fotossintetizante e a presença de substâncias de reservas no interior das células. Sendo assim, podemos listar seis filos diferentes:
Euglenophyta
São unicelulares e possuem dois flagelos. Na parte interna, tem uma estrutura chamada estigma, com função sensorial. Assim conseguem se guiar com a orientação de fontes luminosas. Em situações de baixa luminosidade, podem inativar seus cloroplastos e iniciar a nutrição heterotrófica.
Dinophyta
Também são unicelulares, mas com endoesqueleto formado por placas justapostas na face interna da membrana plasmática. Se unem em colônias e podem produzir substâncias tóxicas capazes de matar peixes e outros animais.
Bacillariophyta
As algas deste filo possuem parede celular sem celulose. Entretanto, elas são ricas em sílica, o que garante rigidez e uma variedade de formas.
Phaeophyta
São encontradas em regiões de água fria e podem chegar a 70 metros de comprimento.
Rhodophyta
Essas algas vermelhas são multicelulares encontradas no mar. Por causa de seu alto teor em vitamina C, são utilizadas na culinária japonesa, principalmente na preparação de sushi.
Chlorophyta
Estes organismos são clorofilados e podem ser uni ou pluricelulares. São encontrados em diferentes ecossistemas aquáticos, incluindo troncos de árvores ou rochas de locais úmidos.
Fontes: Só Biologia, Brasil Escola, Toda Matéria
Imagem de destaque: InfoEscola