Em primeiro lugar, as Amazonas de Daomé são guerreiras da etnia fon que formaram um dos principais regimentos militares da África Ocidental. Nesse sentido, estiveram em atividade até o final do século XX, de modo que respondiam também ao nome Ahosi ou Mino. Sobretudo, tem semelhança com as míticas amazonas da Grécia Antiga.
Desse modo, eram o exército feminino do Reino do Daomé, sendo as mulheres mais temidas em todo o continente Africano. Curiosamente, sua representação na cultura pop envolve as guerreiras retratadas no filme Pantera Negra, da Marvel. Apesar disso, a história das Amazonas de Daomé partem dos séculos XVII e XIX, na atual região do Benim.
Em resumo, Daomé foi um dos reinos africanos mais prósperos e poderosos, com cerca de 15 reis ao longo de sua existência. No geral, essas figuras eram treinadas desde a infância com exercícios árduos, participando de guerras desde a adolescência. Como exemplo, pode-se citar o caso de Nansica, uma Amazona de Daomé que aos 16anos decapitou um sargento francês.
Porém, suas companheiras nesse mesmo conflito chegou a rasgar a garganta do inimigo com os próprios dentes após ser desarmadas. Ou seja, as Amazonas de Daomé eram treinadas para agir com qualquer meio necessário para dominar o inimigo. Por fim, mulheres lutando em exércitos não é novidade na história do mundo, mas um exército de mulheres é algo monumental.
História das Amazonas de Daomé
A princípio, as Amazonas de Daomé surgiram a partir do arroçu de Daomé Uebajá. Ou seja, a partir do reinado dessa entidade em 1645. Basicamente, ele iniciou o treinamento militar de mulheres ao formar um grupo de caçadoras de elefantes sob o nome gbeto. Além disso, no mesmo século, estima-se que algumas esposas reais receberam treinamento especializado.
Sobretudo, a principal missão desse treinamento era transformá-las em armas, para que pudessem agir como guarda-costas do rei No entanto, o filho de Uebajá, Agajá, transformou as guarda-costas numa milícia armada com mosquetes de pederneira. Dessa forma, utilizou a força militar para derrotar o Reino de Savi, em 1727.
Além disso, comerciantes europeus relatam ataques e ações militares por parte das Amazonas de Daomé durante o período de invasão da África. Ademais, muitos comparam-nas com as guerreiras de Axântis, uma outra etnia com organização diferente. Apesar disso, estima-se que nos cem anos posteriores ao surgimento desse grupo, as Amazonas ganharam uma grande reputação.
Geralmente, não se envolviam em conflitos porque sua presença garantia segurança na região de Daomé. Apesar disso, treinavam constantemente e mantinham a boa forma através de rotinas rígidas. Mais ainda, estima-se que as Amazonas de Daomé respondiam ao nome Mino, que significa nossas mães na língua fom pelo exercito masculino de Daomé.
Posteriormente, durante o reinado de Guezô, as Amazonas de Daomé tornaram-se cada vez mais militaristas. Sobretudo, o rei aumentou o orçamento e formalizou as estruturas das guerreiras, porque deu a elas grande importância. Nesse sentido, houve um treinamento ainda mais rigoroso, com uniformes e armas dinamarquesas.
Porém, esses itens e armas eram originais do tráfico de escravos. Dessa maneira, estima-se que o regimento comportou 6000 mulheres em seu ápice. Ou seja, elas representavam mais de um terço do exército total de Daomé.
Curiosidades sobre as guerreiras
Primeiramente, as Amazonas de Daomé eram soldados e oficiais do exército. Desse modo, ocupavam uma posição de renome, possuindo escravas, morando no palácio do rei e tendo uma boa vida. Ademais, costumavam se tão respeitadas que os homens comum davam um passo para trás quando as viam, permitindo passagem e olhando para o outro lado.
Em resumo, era proibido dirigir o olhar às Amazonas de Daomé. Por outro lado, eram caracterizadas por seus uniformes e pelos hinos de guerra que cantavam. No geral, o treinamento desde a infância permitia que elas fossem fortes e velozes. Nesse sentido, poderiam escalar paredões, empunhar espadas, ter uma excelente mira e sentidos aguçados.
Como consequência, ocupavam a linha de frente dos ataques aos reinos inimigos, À frente dos homens. Além disso, optavam pela decapitação como principal ataque. No entanto, houve declínio da população masculina como resultado. Por fim, estima-se que a última vez que ela entraram num campo de batalha foi em 1894, quando a França venceu a 2ª Guerra Franco-Daomeana.
Em resumo, esse processo subjugou o reino africano. Mais ainda, o colonialismo da nação europeia e a invasão aos costumes tradicionais fez com que as mulheres tornassem-se esposas e parideiras, com sustento por parte dos maridos europeus que as compravam. Sendo assim, a tradição das Amazonas de Daomé tornou-se história e tradição em famílias ancestrais da África Ocidental.
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