O axolote é uma espécie de anfíbio que se mantem na fase de larva até quando adultos. Nesse sentido, é um animal neotécnico, porque conserva durante toda a sua vida as brânquias externas. No geral, essa característica é comum principalmente em estado larval. Ademais, o nome científico do animal é Ambystoma mexicanum.
Em resumo, seu nome tem origem asteca, com uma tradução próxima em português como “monstro aquático”. Curiosamente, aparece na mitologia asteca como a evocação do deus Xolotl. Sobretudo, os axolotes são espécies utilizadas em laboratórios porque possuem uma capacidade de regeneração surpreendente.
Desse modo, a característica natural de regeneração está sendo analisada e estudada para buscar curas ao câncer e enfermidades degenerativas. Assim como seu nome científico sugere, é uma espécie nativa de anfíbio do México, mas está amaçado de extinção por conta da exploração para laboratórios e loja de animais ao redor do mundo.
Como exemplo, pode-se citar a China, onde existe o hábito de criar a espécie como animal de estimação por sua aparência. Paradoxalmente, esses animais costumavam ser abundantes ao ponto de fazer parte da dieta e alimentação diária de povos indígenas mexicanos. No entanto, poucos permanecem no habitat original de Xochimilco, no extemo sul da Cidade do México.
Origem e características do axolote
No geral, um axolote adulto pode medir de 15 a 45 centímetros. Porém, a média é que se mantenha em 23 centímetros, o que faz ser raro encontrar espécies com mais de 30 centímetros. Ademais, a situação se torna ainda mais incomum em decorrência da exploração, que está afetando as novas gerações desse anfíbio.
Sobretudo, suas características consistem nas mesmas do estado larval das salamandras. Ou seja, apresenta brânquias externas e barbadanas caudais desde o fim da cabeça. Ainda é prolongado por toda a extensão da causa, o que acontece por causa de uma tireoide rudimentar que não produz hormônios tireoideanos.
Em resumo, esses hormônios são fundamentais na metamorfose dos anfíbios. Basicamente, ao receber esses hormônios, os anfíbios adaptam-se as características terrestres, com pulmões, patas e afins. Portanto, a ausência dessa substância é o que faz com que o axolote fique na forma larval até a vida adulto.
Nesse sentido, as cabeças do axolote são amplas e não têm pálpebras. Além disso, o que permite a diferenciação entre as espécies é a fase reprodutiva, pois os machos apresentam cloacas mais pronunciadas e visíveis. Comumente, permanecem na água por toda a via porque não tem adaptação para além da forma larval como seus similares anfíbios.
Desse modo, o verdadeiro habitat das espécies são os lagos próximos da Cidade do México. Principalmente no caso do Lago Xochimilco, citado anteriormente, e Lago Chignahuapan. Sendo assim, a retirada dessas espécies e inserção em habitats artificiais, como aquários e criadouros, afeta o ecossistema e a evolução da espécie.
Curiosidades sobre o anfíbio
1) Genoma do axolote
Curiosamente, o genoma do axolote é o maior que se tem sequência. Mais especificamente, existem cerca de 32 bilhões de pares de bases, o que é um número 10 vezes maior que o genoma humano
2) Evolução da espécie
No geral, o que se sabe sobre a evolução do axolote mostra que essa é uma espécie ancestral. Em resumo, acreditava-se que os anfíbios atuais que conservam suas brânquias ao longo da vida são formas mais primitivas desse grupo de animais. Porém, descobertas mais recentes mostraram que os brônquios desaparecem naturalmente com a idade, provando que o axolote é um caso a parte.
3) Regeneração da espécie
Ainda que o axolote seja um animal mais complexo que as esponjas, por exemplo, esse anfíbio mexicano apresenta uma potente habilidade de regeneração. Nesse sentido, é capaz de regenerar por meio da desdiferenciação celular. Contudo, consegue reformular membros inteiros replicando desde nervos até os vasos sanguíneos.
Como consequência, consegue reparar sua própria face, seu coração e o cérebro caso necessário. É justamente essa habilidade de regeneração que o faz ser analisado em laboratório.
4) O axolote em laboratório
Os cientistas buscam compreender esse mecanismo regenerativo em uma espécie tão diferente quanto o axolote. A partir dessa descoberta, pode-se isolar o seu funcionamento e replicar em um nível maior, para outros animais e eventualmente para os humanos. Dessa forma, seria possível buscar uma cura para diferentes tipos de câncer e tratamentos estéticos avançados, por exemplo.
5) Musa artística
A espécie axolote apareceu diversas vezes no mundo das artes. Desse modo, pode-se citar murais do pintor Diego Rivera, poemas de Octavio Paz, em contos do escritor Julio Cortázar e outros exemplos. Sobretudo, é um verdadeiro símbolo do país de origem, com sua capacidade regenerativa natural sendo uma inspiração para resiliência humana nas artes.
6) Axolote é bom pra tosse
Curiosamente, existe um grupo de freiras do município mexicano de Pátzcuaro que está criando e devolvendo alguns animais nessa região. A princípio, o grupo religioso utiliza desses animais para a produção de um xarope para tosse, o que é uma verdadeira tradição. No entanto, porque dominaram a arte de criar e cuidar das espécies, estão ajudando também no combate à extinção.
7) Extinção em números
Mais especificamente, estudos mostram que em 1998 existiam 6 mil axolotores por quilômetro quadrado no habitat natural no México. Porém, estimativas 2018, duas décadas após o primeiro levantamento, mostram que a poluição e a exploração reverteu o número para menos de 35 animais por quilômetro quadrado.
Como consequência, a baixa diversidade genética e problemas evolutivos surgem. Ou seja, é mais provável que as próximas gerações desapareçam totalmente, ou surjam como espécies raras cada vez mais doentes e frágeis até desaparecer por completo.
8) O que eles comem?
Por fim, estima-se que o axolote não possui dentes, porque está na fase larval e também vivem na água. Dessa forma, se alimentam de girinos e pequenos invertebrados, como é o caso das minhocas e insetos. Comumente, optam por locais de água doce e ambientes escuros para fugir de suas presas.
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