Mercados futuros são ambientes em que se negociam contratos de compra e venda de ativos financeiros para datas futuras – o objetivo é lucrar com a arbitragem.
Também é uma forma de quem negocia se proteger contra o excesso de volatilidade nos preços. Mas afinal, o que é o Bitcoin e o que está por trás do alvoroço mundial em torno da moeda?
O que é o Bitcoin?
O Bitcoin é basicamente um arquivo digital que existe online e funciona como uma moeda alternativa. Ele não é impresso por governos ou bancos tradicionais, mas criado por um processo computacional complexo conhecido como “mining” (mineração).
Todas as moedas e todas as transações feitas com elas ficam registradas em um índice global – conhecido como “blockchain”, uma espécie de banco de dados descentralizado que usa criptografia para registrar as transações.
Dessa forma, os arquivos não podem ser copiados ou fraudados e as transações não podem ser rastreadas.
Existem cerca de 16,5 milhões de bitcoins em circulação, e cerca de 3.600 novos são criados todos os dias. Como outras moedas, ela não tem um “valor inerente”: seu preço é determinado pelo quanto as pessoas estão dispostas a pagar por ela.
“Ele não é reconhecido oficialmente, você não pode pagar impostos ou usar para quitar débitos,” diz Garrick Hileman, economista, pesquisador de criptomoedas e professor da Universidade de Cambridge.
Como comprar Bitcoin?
Hoje existem centenas de diferentes tipos de criptomoedas, mas o Bitcoin ainda é a mais conhecida. Para recebê-la, o usuário deve ter um endereço de Bitcoin –uma série de até 34 letras e números. Esse endereço funciona como uma espécie de caixa postal através da qual as moedas são enviadas.
Não há um registro dos endereços, o que permite que usuários protejam sua anonimidade.
Carteiras virtuais armazenam os endereços e podem ser usadas para gerenciar o dinheiro. Elas operam como contas de banco privadas –com o detalhe de que, se as informações são perdidas, as moedas referentes àquela carteira também se perdem.
As regras de funcionamento da moeda determinam que apenas 21 milhões de bitcoins podem ser criados –e esse número está cada vez mais próximo. Não se sabe o que vai acontecer com o valor das bitcoins quando o limite for atingido.
É possível usar bitcoins para comprar produtos?
Um aumento de 900% no valor de uma moeda normal, como o dólar americano, teria um impacto grande no poder de compra de consumidores e nos negócios que aceitam a moeda.
Não é o caso do Bitcoin, já que a maioria dos donos das moedas não as usam para comprar coisas.
O seu uso como uma moeda normal é até possível –a anonimidade garantida pelas moedas virtuais tem atraído pessoas querendo fazer compra e venda de mercadorias ilegais pela internet.
E um pequeno –mas crescente– número de empresas consolidadas têm permitido que seus clientes comprem mercadorias e serviços com a moeda.
Há desde multinacionais como a Microsoft até pequenas empresas que usam a moeda como uma espécie de novidade chamativa, como um restaurante japonês em Cambridge e uma galeria de arte em Londres.
Mas, segundo Hileman, a grande maioria dos usuários entra nesse universo para fazer investimento. “Eu estimaria algo em torno de 90% dos usuários”, diz ele. “Então hoje seria mais apropriado dizer ‘cripto-ativo’ do que ‘criptomoeda’.”
Leia também: O que é a Iniciativa Q? Conheça a nova (e valiosíssima) moeda virtual
Compartilhe o post com seus amigos!
Fonte: BBC UK
2 comentários em “Bitcoin: o que é e como funciona a moeda virtual mais utilizada do mundo”