Estamos familiarizados com o calendário gregoriano, que apresenta 365 dias, divididos em 12 meses. No entanto, existem diversos outros calendários espalhados pelo mundo, ou que já existiram no passado. Por exemplo, o calendário asteca. Em suma, o calendário asteca foi utilizado pela civilização que habitou a região do México até o século XVI.
Ademais, ele é formado por dois sistemas de contagem do tempo independentes. Ou seja, ele consistia em um ciclo de 365 dias chamado xiuhpōhualli (contagem de anos) e um ciclo ritual de 260 dias chamado tōnalpōhualli (contagem de dias).
Ademais, o primeiro é denominado xiuhpohualli, que consiste no calendário solar civil, voltado para a agricultura, contando com 365 dias divididos em 18 meses de 20 dias. Por outro lado, há o Tonalpohualli, que consiste em um calendário sagrado. Logo, ele era utilizado para previsões, contendo 260 dias.
Em resumo, esse calendário asteca de baseia no uso de uma pedra do sol, em formato de disco. E, em seu centro, possui a imagem de um deus, que provavelmente seria o deus do Sol. Dessa forma, os espanhóis enterraram o disco na praça central de Tenochtitlán, durante uma invasão ao território. Posteriormente, essa pedra foi fonte da criação de um sistema de calendário de 56 anos.
O que é o calendário asteca?
O calendário asteca consiste em um calendário formado por dois sistemas de contagem do tempo independentes. No entanto, apresentam uma relação entre si. Ademais, esses sistemas eram denominados de xiuhpohualli e tonalpohualli, que juntamente formavam ciclos de 52 anos.
A princípio, conhecido como Pedra do Sol, o calendário asteca foi desenvolvido durante 52 anos, entre 1427 e 1479. Em síntese, ele não era utilizado exclusivamente para medir o tempo. Isto é, também era como um altar de sacrifícios humanos dedicado a Tonatuih, o Deus Sol que aparece no centro do artefato.
Por outro lado, a cada 52 anos, quando o ano novo dos dois ciclos coincidia, os sacerdotes realizavam um ritual de sacrifício no centro do artefato. Logo, o sol poderia brilhar por mais 52 anos.
Calendário asteca e a Pedra do Sol
A Pedra do Sol, ou pedra do calendário asteca, consiste em um disco solar. Ademais, em seu centro apresenta a imagem de um deus. Conforme estudos, essa imagem pode representar o deus do sol do dia, denominado de Tonatiuh, ou o deus do sol da noite, denominado de Yohualtonatiuh.
Ademais, a pedra se encontra exposta no Museu Nacional de Antropologia, no México, descoberto em dezembro de 1790, na Cidade do México. Além disso, ela mede 3,58 metros de diâmetro e pesa 25 toneladas.
Xiuhpohualli
O xiuhpohualli consiste em um calendário solar civil, utilizado para fins agrícolas. Ademais, esse calendário asteca contava com 365 dias, sendo distribuído em 18 meses de 20 dias, totalizando 360 dias. Assim sendo, nos 5 dias restantes, conhecidos como nemontemi ou dias vazios, eram considerados dias maus. Por isso, as pessoas deixavam todas as suas atividades e faziam jejum.
Tonalpohualli
Por outro lado, o Tonalpohualli trata-se de um calendário sagrado. Desse modo, ele era utilizado para previsões, possuindo 260 dias. Ademais, esse calendário asteca possuía duas rodas. Logo, em uma delas, havia a numeração de 1 a 13, e na segunda havia 20 símbolos. Em síntese, no início do ciclo, com o início do movimento das rodas, o número 1 combina com o primeiro símbolo. No entanto, a partir do número 14, a roda dos símbolos recomeça, combinando o 14 com o primeiro símbolo da segunda roda.
Contexto histórico
Em 17 de dezembro de 1790, na cidade do México, alguns trabalhadores mexicanos encontraram uma pedra no formato de disco. Ademais, esse disco apresentava quatro metros de diâmetro e um de espessura, pesando 25 toneladas.
A princípio, em 1521, ocorreu uma invasão no Império Asteca, promovido pelos espanhóis, com o objetivo de destruir os símbolos que organizavam aquela civilização. Então, eles derrubaram o grande santuário pagão na praça central de Tenochtitlán, construindo uma Catedral católica acima dele.
Além disso, enterraram na praça o grande disco de pedra com símbolos diferentes. Posteriormente, durante o século 19, após se tornar independente do Império Espanhol, o México desenvolveu um apreço por seu passado indígena, devido à necessidade de modelos para a criação de uma identidade nacional. Desse modo, fez com que o general Porfirio Diaz exigisse que a pedra, que foi achada e colocada no interior da Catedral, fosse enviada ao Museu Nacional de Arqueologia e História em 1885.
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Fontes: Aventuras na História, National Geographic, Calendarr
Imagens: Info Escola, WDL, Pinterest