Primeiramente, o caviar faz tanto sucesso assim por conta de seu preço que é exorbitante. No entanto, por ser tão caro, apenas pessoas com um custo de vida maior conseguem consumir esse tipo de alimento com frequência. Ou seja, uma pequena parte da população.
Basicamente, se você for olhar como é o caviar você verá que são bolinhas gosmentas. Porém, a verdade é que o caviar são ovas não-fertilizadas de peixes selvagens.
Se você é a parcela de pessoas que ainda está sem entender do porquê esse tipo de alimento faz tanto sucesso, vem com a gente que iremos explicar todos os detalhes, procedimentos, culinária e ainda, o preço desse alimento tão “famosinho”.
O que é o caviar?
Como já dizemos o caviar são ovas que ainda não foram fertilizadas de peixes selvagens. Em específico, o peixe mais conhecido, é o esturjão, os quais são encontrados no Mar Cáspio. O esturjão depois do tubarão baleia é o maior peixe de água salgada do mundo.
No entanto, antigamente o caviar só “prestava” se fosse do peixe esturjão, porém ele começou a se tornar difícil de se encontrar, por isso a regra foi mudada, ou seja, hoje em dia o caviar pode ser extraído de outros peixes selvagens. Como por exemplo, o salmão, truta, lumpo e a tainha.
Enfim, o caviar são bolinhas pretas, rosas ou outra cor. Essas bolinhas possuem um intenso sabor de peixe e são consideradas no mundo todo como um alimento requintado.
O caviar é encontrado principalmente em canapés sofisticados, os quais aparecem mais em festas de milionários. Esse tipo de alimento não possui nenhum aditivo, corante ou conservante. Além de, as ovas podendo ser distintas entre frescas ou seja, não-pasteurizadas ou também pasteurizadas, as quais se tornam mais baratas.
Principais tipos
Caviar Almas
Almas quer dizer diamante, em russo. Sendo assim, o nome é utilizado para o tipo mais exclusivo de caviar, consumido desde a Grécia Antiga. Segundo o Livro dos Recordes, Guinness, o alimento é o mais caro do mundo, com custo de US$ 34,5 mil por quilo. Isso porque ele vem exclusivamente de peixes esturjão beluga albinos com mais de 100 anos de idade.
Caviar Beluga
Essa variante de caviar também vem do e esturjão que vive no Mar Cáspio, no Irã. As suas ovas são as maiores entre os tipos de caviares, podendo atingir o tamanho de uma ervilha. Ainda que seja mais comum que o Almas, ainda é raro e comum especialmente em jantares de famílias reais. Em questão de valor, é o segundo tipo de caviar mais caro do mundo.
Caviar Oscietra
O esturjão Oscietra também é natural do Mar Cáspio, mas é diferente do Beluga no tamanho. Dessa maneira, suas ovas também são menores, mesmo tendo grãos consistentes com sabor definido. As ovas mais claras possuem um sabor mais rico e costumam ser mais caras, por serem encontradas em esturjões mais antigos.
Caviar Sevruga
Esse é o tipo de caviar mais comum, principalmente por vir de um esturjão que se reproduz mais rapidamente do que suas contrapartes. Por causa disso, suas ovas também são as mais disponíveis do mercado, apesar de serem menores.
Esturjão em extinção?
Como é de costume, quando um alimento se populariza, mesmo sendo para um grupo pequeno de pessoas, as pescas e a comercialização aumentam. E esse aumento desenfreado gera a diminuição de algumas espécies de seres vivos, como por exemplo, o esturjão.
No caso, o esturjão está começando a ser considerado extinto, justamente pela produção e comercialização do caviar, a qual provoca uma pesca excessiva dessa espécie.
Além disso, de acordo com a conclusão da comissão de aconselhamento científico da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES) das Nações Unidas, o comércios dessas ovas estão sendo insustentáveis.
A preocupação ainda aumenta, pois esses peixes se reproduzem com pouca frequência e bem tarde. Basicamente, um esturjão pode demorar entre seis a 25 anos para atingir a maturidade sexual. Ainda que as fêmeas em sua grande maioria desse peixe se reproduzem apenas a cada três ou quatro anos.
Com base nesses estudos, algumas entidades ambientalistas já alertaram sobre o perigo da extinção dessa espécie. E ainda afirmaram que se continuar com tamanha pesca excessiva e muitas das vezes clandestina, correrá o risco de não existir mais essa espécie.
No entanto, por esse motivo, o caviar continua cada vez mais caro no mercado.
Extração das ovas
Levando em conta, a pesca desenfreada, e a quase extinção do esturjão. Já se pode imaginar, que a extração das ovas também não será uma coisa “bonita” de se falar.
Primeiramente, as ovas são retiradas da fêmea ainda viva, pois as ovas ainda não foram fertilizados. Até porque se ela estiver morta, ela libera toxinas nefastas nas ovas, o que ficaria impróprio para o consumo. No entanto, após tirar as ovas da fêmea viva, eles são peneiradas, lavadas e escorridas, triadas, conforme a consistência, tamanho e cor.
Depois são salgadas em um tempo máximo de 15 minutos após extração. Em seguida são levemente secas e acondicionadas em latas hermeticamente fechadas, onde pode ocorrer processos de maturação, elas não podem ser pasteurizadas. Por fim, a fêmea é morta e encaminhada para produção e comercialização de sua carne.
No entanto, há casos diferentes de esturjões, como por exemplo, os de aquacultura. Em casos como esses, deve se retirar as ovas da fêmea sem matar ela, pois assim ela pode continuar produzindo por mais tempo.
Comercialização do caviar
Como já dissemos, o caviar hoje é um tipo de alimento, que praticamente fica só entre a socialites.
Para lhe explicar melhor, esse produto consegue render mais de milhões de dólares anuais. Basicamente, o preço do caviar pode chegar até R$ 6 mil reais ou até mais, por uma simples lata de 125 gramas. De uma forma geral, 1 kg do alimento pode custar 1.000 dólares.
Enquanto, as marcas mais baratas no Brasil podem custar cerca de 150 reais por 100 g. Agora deu para entender melhor porque eles estão mais presentes em festas de pessoas com uma renda a mais.
Contudo, o caviar mesmo ele sendo tão caro, ele não é utilizado somente na gastronomia. Ele também serve de ingrediente para a produção de alguns cosméticos para tratamento de rejuvenescimento da pele. Isso ocorre devido à uma substância nutritiva chamada vitelline, a qual é rica em fosfolípidos e fosfoproteínas.
Agora deu para entender melhor sobre o universo dos caviar? Ficou com vontade de experimentar essa beldade?
Eu se fosse você não sairia não, pois ainda temos muitos conteúdos interessantes para você: Comer peixe muda a estrutura do seu cérebro, segundo a Ciência
Fontes: Terra, Greenme
Imagens: Terra, Greenme, The caviar, Canapes and chocolate, Say famous, Imperial Caviar
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