Provavelmente depois de um longo dia de trabalho, hora ou outra você coloca o nariz em meio as axilas para ver como está a situação. Parece indelicado? Pode até ser, mas é a verdade. Ninguém gosta de ficar cheirando mal, porém, de vez em quando acabamos percebendo que o cecê pode estar um pouco forte.
Aliás, para quem não sabe, o cecê também é chamado de bromidrose axilar. Ele se trata de uma condição comum em adolescentes e adultos. Seu principal causador é o suor corporal, que é normal; e normalmente vem acompanhado por um mau cheiro.
O odor característico do cecê, inclusive, é resultado da ação de bactérias que se proliferam nas regiões mais quentes do corpo. A axila e virilha são ótimos exemplos disso.
Finalmente podemos afirmar que na maior parte dos casos pode ser combatido com medidas de higiene e remédios naturais. O Segredos do Mundo vai te contar um pouco mais a fundo como isso funciona.
O cecê
Inicialmente podemos dizer que a bromidrose tem como principal sintoma o odor intenso. O cheiro é tão forte que chega a ser desagradável, para si mesmo e para quem está em volta. O cheiro ruim é resultado do encontro entre o suor produzido pelas glândulas apócrinas e as bactérias que se alojam em algumas partes do corpo.
Existem glândulas sudoríparas espalhadas por toda a pele. Primeiramente, é preciso dizer que elas são as responsáveis pela produção do suor. Além disso, existem no corpo humano dois tipos de glândulas sudoríparas. Elas são as écrinas e as apócrinas.
O primeiro grupo têm função termorreguladora e está distribuído ao longo de toda a superfície do corpo desde o nascimento do bebê, permanecendo ativo até a velhice. Essas glândulas eliminam pelos poros água e alguns sais que não se decompõem, ou seja, o suor. Além disso elas praticamente não exalam nenhum cheiro.
Também existem as glândulas apócrinas. Elas se desenvolvem no início da adolescência em apenas algumas regiões do corpo, como axilas, área genital, couro cabeludo e ao redor dos mamilos. O suor que secretam é eliminado através dos folículos pilosos, contendo restos celulares e do metabolismo que podem produzir odores desagradáveis quando expostos à ação de bactérias e fungos.
Esses odores recebem o nome de bromidrose. Segundo o Manual Merck é uma “condição de odor fétido devido à ação de bactérias e leveduras que decompõem o suor e restos celulares”. Quando o cheiro se concentra na região da axila, a condição é chamada de bromidrose axilar. Neste último caso também popularmente conhecida como cecê.
Bromidrose Axilar
A bromidrose axilar só se manifesta em adolescentes e adultos. Se o cheiro de cecê for muito forte, pode ser necessário procurar um médico dermatologista. O tratamento é baseado na interferência sobre as bactérias que habitam a pele nas regiões mais quentes. Os casos mais sérios podem exigir o uso de antibiótico tópico, para modificar o tipo e a quantidade das bactérias presentes nessas regiões.
Além disso, diabetes, alcoolismo, alimentos como cebola, alho e pimentas, alguns antibióticos e certos hormônios também podem ser os responsáveis pela alteração no cheiro do suor.
Para acabar com o cecê existem algumas opções. Primeiramente esteja atento à higiene pessoal e sempre seque bem a pele depois do banho. Além disso, prefira sabonetes antissépticos e desodorantes antiperspirantes. Também troque de roupas todos os dias e use produtos para eliminar os odores durante a lavagem das roupas.
Finalmente é preciso dizer para evitar roupas de tecido sintético e optar sempre por peças de puro algodão. Por último, deixe os sapatos ventilarem após o uso e prefira calçados abertos e fabricados com matérias-primas naturais.
Como surgiu o termo cecê
Finalmente, como surgiu o termo cecê? A origem do vocábulo parte de uma propaganda de sabonetes. A campanha publicitária americana do produto fez grande sucesso ao exaltar a capacidade de combater o B.O.: ‘body odor’ (ou o odor corporal).
Na década de 1940, o produto começou a ser comercializado por aqui com a mesma estratégia publicitária. Mas, para adequar a linguagem ao público brasileiro, traduziu-se B.O. para C.C., o cheiro do corpo. Consequentemente o termo se popularizou pelo Brasil de tal forma que foi incorporado à língua.
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