Cédulas do Real – História, ferramentas de segurança e notas raras

As cédulas do Real entraram em circulação no mercado no meio da década de 90 e já ganharam a sua segunda versão diferente.

Cédulas do Real - história, ferramentas de segurança e notas raras

As cédulas do Real foram desenvolvidas para a implementação de um novo plano econômico no Brasil. No dia 27 de fevereiro de 1994, o presidente Itamar Franco publicou a medida provisória número 434, dando início ao Plano Real.

Além de promover reformas econômicas necessárias para o plano, o Banco Central atuou em parceria com a Casa da Moeda do Brasil para desenvolver as novas notas. Dessa maneira, ficou definido que o dinheiro seria impresso em cédulas de 1, 5, 10, 50 e 100 reais.

Além disso, a ideia era trazer estampado nas notas de real características diferentes das notas anteriores, de cruzeiro.

Cédulas do Real

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Para definição do visual da nota, ficou definido elas deveriam ter cores diferentes para cada valor, mas compartilhando a imagem da efígie da República. Para o outro lado, a opção foi estampar animais da fauna brasileira, a fim de promover a preservação do meio ambiente.

Acredita-se que a ideia tenha sofrido influência da recente ECO-92, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento que acontecera no Rio de Janeiro, em 1992.

A princípio, foram escolhidos o beija-flor, a tartaruga-de-pente, a garça-branca-grande, a arara-vermelha-grande, a onça-pintada e a garoupa-verdadeira. O beija-flor, escolhido para a nota de R$ 1, não está mais em circulação, já que a cédula não é mais fabricada.

Por outro lado, dois novos animais entraram para o grupo: a tartaruga-de-pente e o mico-leão-dourado, com a criação das notas de R$ 2 e R$ 20.

Animais

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BioOrbis

R$ 2 – Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata)

A espécie de tartaruga-marinha é criticamente ameaçada de extinção e vive em recifes de coral e águas costeiras rasas nos mares tropicais e subtropicais.

R$ 5 – Garça-branca-grande (Ardea alba, sinônimo Casmerodius albus)

A garça estampada nas cédulas de R$ 5 está em lagos, rios e banhados e chegou a ser alvo de muitos caçadores, graças às penas especiais visadas para a produção de chapéus.

R$ 10 -Arara-vermelha-grande (Ara chloropterus)

Esta espécie de arara já está extinta em alguns lugares que vivia naturalmente, como Espírito Santo, Bahia e Rio de Janeiro. Apesar disso, ainda não é considerada ameaçada.

R$ 20 – Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia)

O pequeno primata tem comportamento social semelhante ao de outras espécies parecidas e é especialmente ativo durante as manhas.

R$ 50 – Onça-pintada (Panthera onca)

Mais uma espécie ameaçada de extinção estampada nas cédulas de Real. A onça-pintada perde cada vez mais habitat, tendo dificuldades de sobrevivência.

R$ 100 – Garoupa-verdadeira (Epinephelus marginatus)

É um dos peixes mais comuns do sudeste do Brasil e se alimenta de outros peixes menores ou crustáceos.

Segurança das cédulas de Real

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Além de chamarem atenção para a causa ambiental, os animais cumprem funções de segurança nas notas. Desde 2008, inclusive, as cédulas de Real ganharam novas versões, mais complexas e mais seguras.

Na produção da chamada Primeira Família de notas, as imagens apresentadas contra a aluz variavam entre a bandeira do Brasil e a face da República. Além disso, a nota de R$ 2 mostrava uma tartaruga e a de R$ 20, um mico-leão.

A partir da Segunda Família, cada nota mostra uma figura de seu animal e o valor correspondente na marca d’água. O valor também aparece contra a luz numa espécie de quebra-cabeça impresso nas notas.

Ao colocar qualquer nota na posição horizontal, na altura dos olhos, também é possível ver o número que indica seu valor. Em algumas áreas das cédulas, ainda é possível ver os mesmos números em versões reduzidas com a ajuda de uma lente de aumento.

Além disso, a partir da nota de R$ 10 (em ordem crescente de valores), existe um fio de segurança extra, e a partir da nota de R$ 50, uma faixa holográfica.

Cédulas raras e valiosas

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1News

Existem alguns motivos variados que fazem uma nota de real se tornar mais valiosa. Entre eles, por exemplo, está a quantidade de impressões e número de série. Mas os erros também podem representar muito nesse momento.

Outras notas especiais são as comemorativas, assim como as edições especiais. Além disso, cédulas nunca tocadas (as chamadas flor de estampa) chamam a atenção.

Cédula de plástico: A cédula de R$ 10 feita de plástico circulou no Brasil no ano 2000, em razão da celebração dos 500 anos da chegada dos portugueses. Hoje em dia, ela pode ser encontrada à venda por até R$ 110, dependendo da grafia encontrada: Pedro A. Cabral, ou Pedro Álvares Cabral.

Cédula de R$ 1: A princípio, a cédula de R$ 1 era algo comum, mas acabou sendo extinta em 2005. Por causa disso, cada uma delas pode chegar a valer cerca de R$ 275.

Deus Seja Louvado: As primeiras notas de R$ 100 impressas não apresentam a frase Deus Seja Louvado e, por isso, podem chegar a ser vendidas por até R$ 4,4 mil. Além de não ter a frase, elas estão marcadas pelas séries AA 1199, 1200 e 120.

Assinaturas: ministros e presidentes que ficaram menos tempo no cargo e tiveram o nome impresso nas notas por menos tempo também valorizam uma nota. As cédulas de R$ 100 com o nome do ministro da Fazenda Rubens Ricupero e do presidente do Banco Central Pedro Malan, por exemplo, valem mais de R$ 4 mil.

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Fontes: Ancord, G1, ABAC, BCB, BCB, Valor Investe, Hiper Cultura, Ambiente Brasil

Imagens: Jornal Ciência, BioOrbis, Super, 1News

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