Um dos assassinos mais odiados em todo o mundo, Charles Manson morreu no domingo (19), aos 83 anos, no hospital de Bakersfield, na Califórnia. Como divulgado até o momento, a morte de Manson teria sido por causas naturais, mas autoridades americanas não confirmaram essa informação.
Segundo jornais e sites americanos, Charles estava internado há quase 5 dias. Ele foi levado às pressas para o centro médico escoltado por nada menos que 5 policiais.
Desde o início do ano a saúde do criminosos já demonstrava sinais de fragilidade.
Em janeiro ele teria que ter passado por uma cirurgia por lesões no intestino e uma hemorragia interna, mas seu estado foi considerado muito frágil para enfrentar a operação e ele acabou voltando para a prisão, onde viveu por mais de 40 anos.
Quem foi Charles Manson?
Para quem não sabe, Charles Manson foi o líder de uma seita chamada A Família, que espalhou pânico pelos Estados Unidos no final da década de 60.
Com seu carisma e seu incrível poder de convencer as pessoas, ele foi condenado à prisão perpétua depois de conseguir recrutar seguidores e instruí-los a matar com “o máximo de crueldade” pelo menos 7 pessoas, incluindo a atriz de Hollywood Sharon Tate.
Tate, morta em agosto de 1969, era uma das estrelas mais aclamadas da época e era esposa do cineasta Roman Polanski. Conforme registros policiais, a atriz estava grávida de 8 meses e meio e foi morta, a facadas, em sua própria casa; juntamente com outros 4 amigos.
Abaixo, como você vai ver, estão algumas outras curiosidades, um tanto sinistras, sobre Charles Manson, sua vida e seu legado de medo e de dor.
Conheça 7 curiosidades sobre o legado de Charles Manson:
1. Infância difícil
Ninguém pensa nisso, mas Charles Manson também foi criança antes de se tornar um monstro (como você já viu nessas fotos aqui). Nascido em 12 de novembro de 1934, em Cincinnati, no estado americano de Ohio, Manson passou por uma infância complicada.
Conforme seu biógrafo Jeff Guinn, ao 5 anos de idade, Charles Manson viu a mãe e os irmãos mais velhos serem presos por roubarem uma garrafa de ketchup em um posto de gasolina.
Depois disso, a mãe, alcoólatra, chegou a trocá-lo por uma garrafa de cerveja, oferecida por uma garçonete. A troca, no entanto, foi desfeita alguns dias depois, por um parente de Manson.
E esses foram apenas alguns dos episódios de altos e baixos de sua infância (que durou poucos anos aliás).
2. Seita macabra
Como já deixamos subentendido, a infância de Charles Manson não durou muito. Aos 12 anos de idade, ele já havia começado a praticar crimes e a ter problemas com a polícia.
Em 1966, ele fundou a seita A Família, uma comunidade hippie que reunia cerca de 30 pessoas, especialmente mulheres (segundo as autoridades que investigaram o caso), que demonstravam extrema hostilidade contra a sociedade.
Eles também eram intolerantes aos negros (motivo pelo qual tinha o símbolo da suástica tatuado na testa). Manson dizia aos seus seguidores que, um dia, brancos e negros travariam uma disputa sem precedentes nos Estados Unidos. Seu objetivo, então, era acelerar essa guerra racial por meio de assassinatos falsamente associados aos afro-americanos.
Charles Manson chegava a dizer que o Álbum Branco dos Beatles, especial a música Helter Skelter; traria uma espécie de quebra-cabeças com revelações codificadas sobre a proximidade do confronto racial no País.
3. Ideais sinistros
A maior parte dos seguidores de Manson vinham de famílias de classe média.
Mesmo considerado semianalfabeto, o criminoso era tão carismático e persuasivo que conseguiu fazer a cabeça desses jovens muito mais estudados e socialmente bem-resolvidos a integrarem ao seu culto, cometerem crimes e se preparem para a guerra racial da qual tanto falava.
4. Seguidores fanáticos
Os seguidores de Charles Manson seguiam suas orientações à risca e, embora apenas 7 mortes tenham sido oficializadas, é possível que tenham matado a sangue frio mais de 35 vítimas.
Os crimes de maior impacto cometidos pela seita ficaram conhecidos como Tate-LaBianca. Depois disso Manson e seu grupo foram presos, julgados e sentenciados à prisão perpétua.
As investigações sobre as atividades dos seguidores da Família revelaram detalhes assustadores dos crimes cometidos pelos integrantes do culto, que matavam com requintes de crueldade.
5. Lista negra de Charles Manson
Manson foi “apenas” a cabeça por trás dos assassinatos e não se envolveu pessoalmente nas mortes. Um de seus planos mais assustadores aconteceram em duas noites consecutivas de agosto de 1969 e, como já mencionamos, ficaram conhecidos como Tate-LaBianca.
No total, 9 pessoas foram mortas brutalmente, incluindo a atriz Sharon Tate, que estava grávida (como também já detalhamos no início da matéria). Depois disso, Charles Manson foi condenado à morte, mas a pena foi convertida mais tarde em 9 sentenças consecutivas de prisão perpétua por orquestrar assassinatos.
Durante os julgamentos, as autoridades descobriram que outras celebridades estavam na lista negra de Charles Manson, caso ele e sua seita não fossem parados. Artistas como Frank Sinatra, Elizabeth Taylor, Steve McQueen, Tom James e Richard Burton seriam os próximos a serem mortos.
6. Ícone do mal
Os seguidores da Família consideravam Manson uma espécie de messias e, ao longo de várias décadas, ele realmente foi considerado um ícone do mal.
Hoje em dia, ele ainda gera polêmica, já que criminologistas e especialistas em comportamento humano ainda não conseguem estabelecer um diagnóstico para ele: esquizofrênico paranoide, sociopata, psicopata ou vítima de traumas e negligência?
7. Fãs
Ainda na cadeia, Charles Manson mexia com a cabeça das pessoas. Não era incomum o criminoso receber cartas de fãs na prisão, especialmente de mulheres que se diziam apaixonadas por ele.
Em 2014, por exemplo, já de idade avançada, Charles Manson pediu autorização para se casar com uma mulher de 26 anos, chamada Afton Elaine Burton. Na última hora, no entanto, o próprio Manson desistiu da ideia abriu mão do casamento.
Tenso, não? Mas se você pensa que Charles Manson foi a única grande mente do mal que se tem notícia, espere até conferir essa outra matéria a seguir: Suicídio coletivo: ele foi responsável por 918 mortes.
Fontes: G1, Mega Curioso