Você já deve ter visto aqui, no Segredos do Mundo, que o mercado negro de órgãos humanos é um mercado aquecido e que gira quantidades astronômicas de dinheiro. Claro que a maioria dessas partes humanas são retiradas das piores formas possíveis de pessoas vivas e mortas, mas tem gente que ganha dinheiro com isso. Um bom exemplo disso é o chines, de 21 anos, que vendeu o rim e que você vai conhecer hoje.
O nome do chinês que vendeu o rim, claro, não foi revelado, mas ele concedeu uma entrevista para a BBC, contando como funcionou todo o processo de venda, pagamento e retirada. Segundo o chinês que vendeu o rim, seu órgão foi negociado por 4 mil libras, aproximadamente 22 mil reais.
O pior de tudo foi o motivo pelo qual o chinês vendeu o rim. Conforme contou à BBC, ele precisava pagar uma dívida de jogo e essa foi a maneira mais rápida de conseguir a grana que precisava.
O transplante
O chinês que vendeu o rim contou que toda a negociação aconteceu por meio de mercado paralelo, na internet. Quando tudo estava combinado, um carro foi buscá-lo em casa. Ele foi levado até um local onde fizeram seus exames.
Depois de esperar em um hotel por várias semanas, os traficantes de órgãos acharam uma pessoa compatível para receber seu rim. Então, a segunda vez que o carro voltou, foi para vedá-lo e levá-lo até o lugar onde o transplante seria realizado.
Segundo o chinês que vendeu o rim, tudo aconteceu em uma fazenda, que abrigava toda estrutura de uma clínica. “A mulher que recebeu o órgão também estava lá com sua família. Não nos falamos. A compradora queria vida e eu, dinheiro, contou o chinês que vendeu o rim.
A cirurgia, claro, não ficou com o acabamento tão bem feito quanto em um hospital corriqueiro, mas agora o chinês que vendeu o rim passa bem e está com a dívida quitada. Segundo os médicos, ele poderá ter uma vida praticamente normal, já que existem alguns órgãos sem os quais os seres humanos conseguem viver, como você também já viu aqui, no site Segredos do Mundo.
Mercado negro
De acordo com a BBC, esse é só mais um caso bizarro que ilustra as complicações dos transplantes de órgãos na China e em várias outras partes do mundo. Para os chineses, no entanto, essa questão é ainda mais complicada, já que a cultura da País diz que o corpo é sagrado e mantê-lo intacto, mesmo após à morte, é um sinal de respeito aos ancestrais.
Ainda conforme a BBC, a China, durante muito tempo, disponibilizou órgãos de prisioneiros mortos para atender à demanda do banco de órgãos. Hoje em dia, no entanto, depois da condenação internacional, a prática foi abolida, pelo menos essa foi a ordem do governo chinês, que agora conta apenas com as raras doações voluntárias.
E, embora estejam previstos 12 mil transplantes somente para esse ano, a demanda fez surgir um mercado negro bastante concorrido no País. Estima-se que, pelo menos, 300 mil chineses estejam na fila da doação.