Múmias são bastante importantes para o estudo de épocas passadas e revelam muito sobre como eram os costumes durante a vida e a morte de povos antigo. Mas, o que as pessoas raramente pensam, quando falam sobre ou estudam uma múmia é que ela um dia viveu, era uma pessoa com amigos, parentes, casa, responsabilidade e tinha um papel a desempenhar.
Pensando em devolver humanidade a uma múmia e em ajudar os estudiosos a conseguir mais informações úteis sobre séculos passados, o taxidermista suíço Marcel Nyffenegger trabalhou durante um mês para reconstituir o rosto que um dia pertenceu à princesa Ukok, da Sibéria; uma múmia encontrada em 1993, pela cientista Natalie Polosmak.
Santa ou curandeira
Conforme os historiadores, o corpo da princesa é uma das descobertas arqueológicas mais importantes dos últimos 30 anos e foi conservado pelo gelo por mais 2.500 anos. Atualmente, ele é conservado em um sarcófago de vidro permanente, no Museu Nacional Gorno-Altaisk, na República do Altai, na Rússia.
Durante a análise dos restos mortais, os pesquisadores descobriram informações valiosas sobre os costumes da época e sobre a representatividade da princesa em vida. Eles concluíram que ela usou cannabis para tratar um tumor no seio, que era uma curandeira ou, de algum modo, considerada santa em sua época e que, por isso, foi enterrada com dois guerreiros e seis cavalos, para ser protegida e ter a entrada facilitada na próxima vida.
O rosto da múmia
E, se a história da múmia é impressionante, o resultado final do trabalho de reconstituição de seu rosto é ainda mais surpreendente. O crânio da princesa foi feito em um modelo 3D e, depois disso, mais de 30 dias foram necessários para a recriação de todos seus músculos faciais, tecidos, estrutura da pele, olhos e expressão.
O modelo do rosto, aliás, foi feito de plasticina, coberto com silicone e uma mistura de borracha e resina, o que ajudou na definição dos detalhes, como as sobrancelhas e os cílios. Os cabelos também exigiram uma atenção especial do taxidermista, que implantou no crânio mais de 100 mil fios individuais de cabelos verdadeiros durante duas semanas.
Veja como tudo foi feito:
Interessante, não? Agora, aproveitando o assunto, você confere uma outra notícia surpreendente sobre múmias nessa outra matéria: Monge mumificado há mais de 200 anos não está morto, dizem budistas.
Fonte: Fatos Desconhecidos